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PAPAI NELSON NOEL DIZ ÀS CRIANÇAS QUE 2016 SERÁ MUITO MELHOR

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Poucos se enganam: o mundo construído pelo delírio capitalista de alguns sujeitos-sujeitados não é para criança. É um mundo em que a força da irracionalidade pelo lucro máximo coloca os adultos estúpidos como personagens e intérpretes principais. É um mundo em que a criança só é necessária quando é transformada em mercadoria através da falsa ludicidade caricaturada em “brinquedos” que a torna, como mercadorias, oral consumista compulsiva. Como impõe o ideário do lucro infinito capitalista.

Os rituais consumistas, como o natalino, servem de exemplo didático para se compreender essa máquina enferrujada, mas que ainda não perdeu sua funcionalidade molar. A funcionalidade que imobiliza todos os desejos de vida. Mas essa prisão de desejos autênticos não funcionaria eficazmente se não tivesse o amparo e o estímulo de governos cujas parcerias prontificam esse constante ajuste de suas peças indesejante. Governos que fluidificam as engrenagens que esmagam os desejos-naturais transformando-os em espectros de desejos expressados em suas mercadorias narcisadas como formas multifacetadas do capital. O universo dos objetos que brilham hipnoticamente com seu psicodelismo inebriador. Onde não há qualquer rastro de Cristo. A não ser o Cristo capitalizado. O que não é o Cristo filhos Maria. O revolucionário que fez os judeus e o Império Romano tremerem temerosos de seu Amor.

Nelson Noel 2012 (41)Nelson Noel 2012 (40)Nelson Noel 2012 (39)Nelson Noel 2012 (36)Como Manaus é um território do mundo, não poderia ser diferente. Manaus é um lugar também para adultos onde as crianças não são cuidadas como devem ser. Aliás, muitas delas são tratadas como alguns adultos entendem: com violência. Certamente, adultos parceiros de Eduardo Cunha na aprovação da redução da maioridade penal. Adultos que refletem também a falta de infância.

Dessa forma, em Manaus, existem crianças que tem outro tratamento pelos adultos. Ganham presentes, viajam para Disney, moram em condomínios, estudam em escolas particulares, tem plano de saúde, mas, em verdade, não podem ser tidas como essencialmente crianças, visto serem nada mais do que objetos onde seus pais projetam suas inseguranças de adultos muito bem capitalizados. Ou melhor, infantilizados pela força dos vícios burgueses. Adultos que quando crianças não experimentaram a dimensão superior da infância como devir criativo e distributivo, como dizem os filósofos franceses Deleuze e Guattari, encadeados com o filósofo alemão Nietzsche.

Nelson Noel 2012 (26)Nelson Noel 2012 (17)Nelson Noel 2012 (19)Nelson Noel 2012 (14)Nelson Noel 2012 (8)Quem habita Manaus, e não tem apenas um endereço, sabe disso, já que habitar é se tornar potência-criadora do território habitado em forma de comunalidade. Sabe que a criança, apesar das políticas para infância e adolescência criadas pelo governo federal, não é cuidada como deve, posto que criança é para ser cuidada pelos que alcançaram o grau da responsabilidade histórica do mundo. Tomar a criança como seu cuidado, é tarefa de que se responsabiliza pelo mundo. Ser seu companheiro oblativo e não captativo como forma policial-judicativa como fazem os adultos infantilizados. Assim, cuidar é ser responsável pela história que a criança está entrando para se tornar um adulto também responsável pela história. E é brincando, se satisfazendo, que a criança produz, junto com esse adulto, seus percursos que lhe tornarão um ser históricizado.

img_5519 img_5680A criança de Manaus, essa que não vai para Disney (melhor para ela), que mora nos bairros abandonados pelas alcunhadas autoridades (autoridade é quem trabalha com a razão no plano do diálogo, como diz a filósofa Hannah Arendt) não tem qualquer opção de entretenimento público. Quando essa criança quer entretenimento ela mesma cria nas ruas onde habita. Algumas vezes reúne umas moedas e vai a um parquinho de diversão que se instalou no bairro. Prefeitura, estado não têm um projeto de diversão gratuita para criança. A própria escola que deveria ser um território do entretenimento infantil, não é usada.

Pois foi exatamente analisando a situação da criança em Manaus que o empresário democraticamente lúcido e engajado, Nelson Rocha criou o personagem Papai Nelson Noel. Há 13 anos Papai Nelson Noel, no dia 24 de dezembro, percorre alguns bairros abandonados de Manaus, onde milhares de crianças se encontram com seus direitos a diversão e entretenimento negados, e distribui com a fantasia de Papai Nelson Noel, sorvetes e picolés. É a festa criada e comandada por Papai Nelson Noel e as crianças, e muitas vezes com a participação de alguns adultos que cuidam dessas crianças. O carro com Papai Nelson Noel em cima, acenando, desejando boas-festas, às vezes descendo do carro para abraçar as crianças, e quem aparecer pela frente para receber um abraço natalino, compõe o fator dionisíaco de um Cristo que não se metamorfoseou na cobrança, castigo, condenação, credor, mas na festa libertária.

Nelson Noel 2012 (13)Nelson Noel 2012 (11)Nelson Noel 2012 (9)Nelson Noel 2012 (2)altahxbmwd1smfeipavrujkk7wwdzl9podrs3fseov2evhu img_5493 altag6itwqdkg_pu3uk_3yze0n2bfbs7ndbf8mp8arwg7ckEntretanto, nesse natal de 2015, o Papai Nelson Noel não pôde se mostrar materializado às crianças. O seu criador passa por um momento existencial que lhe deixou impotente para fazer passar o personagem-coletivo, Papai Nelson Noel. Mas, ele mandou sua mensagem positiva às crianças.

No dia 24 de dezembro do ano de 2016, se Papai Nelson Noel permitir, ele estará atuando como Papai Nelson Noel. Palavra de Nelson Rocha.

NELSON NOEL, 13 VEZES NATAL REFRESCANDO COM PICOLÉS E SORVETES CRIANÇAS DOS BAIRROS DE MANAUS

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No início era Papai Noelson, mas o verbo se fez necessidade então, para se autentificar, se fez Nelson Noel. Na intensidade de Papai Noelson e, agora, Nelson Noel, se movimentam 13 anos junto com as crianças no Natal. É a festa refrescante com picolés e sorvetes distribuídos para as crianças no encantamento da alegria no calor de Manaus.altAlc6eCPcJYrkBGzWTvZ6tYUv5WDjR4MgOd-gd2ztezwJ

altAg1GXqZC1BeiJLckM-vsYwApmVmWiJypTN0VzsuVAtnQ altAg1PfmyARTpgp1z7tnoNjb7FDkCx5kU8L3-ZFcR4TrZY altAg6ITwQdkG_Pu3uK_3YzE0n2BfBS7nDBF8Mp8arwg7ck altAg6rzHfTZk7DvzH0laNYzthMdUfMsxB9wNVSlfOTK85n altAhXBMwd1sMfeiPAVRujkK7wWDZl9pODRS3FsEov2EVHu altAiYivLwsESLJsNBKLdrD7b7WlgkZhQ-hyqQzkw4FbFo- altAj9FgRzvXb6taEgc5rthOkfgMrAUuzMa42-KH9yE9AIy altAk-AY9nCnofP6cUGq3SXVjRyaKnd6BIp9t1cslSopb3QA não-cidade de Manaus carrega um triste passado quando se trata de entretenimento público. Todos os prefeitos nada ofereceram de festividade pública para as crianças no Natal. E agora, o presente de Manaus, contínua triste nessa gestão pouco pública do prefeito Arthur Neto do PSDB, partido da burguesia-ignara. Daí a necessidade e a importância da atuação do Nelson Noel nesse período. Não é pela falta de administração pública, que as crianças dos bairros desassistidos de Manaus vão ficar sem uma alegria.

altAlTXCA7l1NDQRl2QbpId2Zidl6rMwqWkA1zFnJ0dVmSV altAlxJhDB-4BNYqFc-FZQ47efwQZq_0EyGxYo9A8rsToMr altAmqHT6PkpUQkz8G3mludr_bLsXhRc-Hver2YhzIXImoA altAndZ8TlI3x0mbSXnjxc-M9HbZhv-8kABSB0ZqBCtqUDU altAnQ3aaHPrWMyecbP2GoU5UJBgwf0YIEfqdZwJQ62BzkD altAo_goI24uQ5OeBp_MTGXSxXUsAdso8gQvB0lOIY8LQZG altAoDPCeWsq8Bri6YjXuKwYBq9TeYqkrfu6VrEp4z8PlUoO pós-cinquentão Nelson Noel, apesar das dificuldades que vem tendo financeiramente para realizar essa festa lúdica, não esmorece. Quando inicia o segundo semestre ele já começa a imaginar como vai ser a festa das crianças. Conforme o tempo vai passando e vai se aproximando dezembro, a imaginação começa a se materializar.

altAoGoa_iedtoEGFIlfvcnMksmbPENuQ8X6ooG8Z9EWK_P altAohBSi5ZMtkyRB8Ecig0heS_3IYaqRNElqx1GtOnYrFl altAoOoDkZS7KgykB6JH_yV36sW_uQVDB_HUO7E7Qg9lPZ2 altAp85IH32IQDIq-DjjjyETJWKLOvskK28KOBvpq4gupu2 altApEJoX5GXWpJ7Wa-Rfm_IU5RNw6q69vkXhgnYTHvnKTL altApFYU3EQ3khORVUOmKLSBFnoZ_qqxZy3NZetujkY4f91 altApGlsIpC2JjIDRVltd-1hkWmPMYOgR-ipAhX9K1xmDGn altAq0qOWygFVQ6y0y13tIkaKtgr2oZwm-YCOin4VxUq8ueEntão, chegou o Natal! E lá vai Nelson Noel com seus milhares de picolés e sorvetes para os bairros desassistidos pelo poder público. Nelson Noel acorda bem cedo e, junto com amigos colaboradores, inicia o ritual preparativo para a caminhada. Com sua barba branca de salão de beleza, visto ainda manter a barba preta e que deixou crescer durante todo o ano, se traveste de bom velhinho, como dizem alguns, e cai na estrada.

Ao contrário do alcunhado bom velhinho, que só se materializa nas famílias com dinheiro, Nelson Noel, democratiza o Natal com crianças de famílias desassistidas e só assistidas pelo Bolsa Família. Poderia até se afirmar que o Natal que Nelson Noel proporciona às crianças é o Bolsa Família picolé e sorvete do Natal. Bem que ele gostaria (gosta) que todo dia pudesse distribuir os refrescantes sabores nessa Manaus onde as crianças são cada vez mais empurradas para o isolamento. Mas, ele não é financeiramente um empresário com essas condições.

Não importa, ele vai à luta, como dizem os engajados socialmente que não se restringem a privacidade familiar que só persegue seu pirão primeiro. Então, nesse Natal, Nelson Noel, mandou ver. Quase 40 mil refrescantes distribuídos em vários bairros. Uma festa colorida de crianças e picolés e sorvetes. Crianças com panela, saco, copo, balde, bacia, entre outros objetos, para ganhar suas partes.

Vejam as fotos e confirmem a festividade. Vejam como se encadeou essa festa das crianças que quase sempre não têm dinheiro para comprar o mais simples picolé. Entretanto, essas crianças têm uma diferença abismal em relação às crianças cujos pais têm condições financeiras para comprar sorvete e picolé. Essas crianças saboreiam os refrescantes com os sentidos experimentadores. Saboreiam de forma inusitada, como se fosse pela primeira vez. Uma primeira vez que produz um afeto alegre inesquecível. E ainda mais porque é uma experiência coletiva. Uma experiência entre outras crianças, onde ninguém se encontra em uma posição superior à outra. São intensidades alegres.

altArKZgPEW-zvR3WHKm25e6F4gS5IVvmWfegrFjJgYPfYJ altArOlTInWjY02GwMuc4jZ46nN3BVii0PhJSO1m1ccxHOE altAsd3p7z9PU1n42L7wRBfwjqomLr_MfRMNsRpi2LA_7pD altAspFJyelmeh9xy6EV4CIbHQG_5kVFuMH7NQNtPGI3Fgd altAt5hW979_Eua4YrwlyIBvDcNk-y0uwna5bFoWzJozBFy altAtKKSBQJAKPdbhxagtXDfPlzLvClpdxSHlT7hDi_Q03e altAtLY8cdCmkx887BpxY9aiZtL-h6ohAkXeFCJSeOnm8BV altAtQOYiFfLKwrl_tArcaA5h5-RIKd4rtb8F32DzqoA5x_ altAvEmeJdwEpbMZ-_f8t1Gt4ukJBs9VLMpHobJETEKZemr altAvgsAzwESLqRXinlUaaBRJt-NAsxlw1X_GQF45aa94rNÉ provável que seja essa a fundamentação da atuação política de Nelson Noel como pedagogia-social. Possibilitar a experiência coletiva das crianças. Um ato que elimina a desigualdade unindo as crianças no afetivo e biológico. 

Valeu, Nelson Noel! Valeu, vale e valerá como forma democrática de produzir afetos alegres como expressão de autoestima das crianças! 

NELSON NOEL NÃO É PAPAI NOEL POR ISSO TODO ANO FAZ A FESTA DA CRIANÇADA

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O filósofo holandês Spinoza diz que “o estatuto de um Estado, seja ele qual for, chama-se civil, e o corpo inteiro cidade, os negócios comuns coisa pública”, e que cidadãos são os homens que gozam de todos os privilégios que a cidade concede em virtude do direito civil, e que esses homens são também súditos porque obedecem às regras instituídas pela cidade, ou seja, às suas leis.

O filósofo Spinoza em seu enunciado nos mostra claramente o que é um regime democrático. Um regime produzido pela composição das potências de todos os homens que faz com que todos sejam autores singulares da democracia. Um regime de igualdade que possibilita a existência de todos como cidadãos e súditos da cidade que se movimentam pelos afetos produzidos pelos negócios comuns como coisa pública. Em verdade, um Estado de igualdade.

Como é óbvio, o nosso Estado não é spinoziano. Não há igualdade. Há classes com maiores privilégios que outras. São as classes que detém o Poder Econômico e quase sempre são protegidas pelo Poder Judiciário. É um Estado em que a coisa pública não é tão pública, o que faz com que se diga que há classes sem direito civil, porque os negócios comuns não chegam até elas. Daí a impossibilidade de se afirmar que essa população existe em uma cidade, ela existe em uma não-cidade, porque lhe falta o estatuto civil. Embora se afirme que todo aquele que existe em um Estado é um identidade jurídica, visto se encontrar sob as leis desse Estado.

Como o Natal foi transformado em um rito capitalístico propagado pela indústria do consumo e fortalecido pelos sentidos capturados de consumidores vorazes – indivíduos-tristemente abandonados -, onde a alegria da essência da festa cristã foi substituída pela alegria-compensatória proporcionada pelo dinheiro, à igualdade desapareceu. O presépio, símbolo do nascimento do companheiro Jesus Cristo, foi escondido pelo Papai Noel da Coca-Cola – só escondido, porque jamais o substituirá -, representante máximo da força multifacetada do consumismo veiculado pela semiótica capiatalística natalina. Maria, José, Jesus Cristo, os Reis Magos, os Anjos, os animais, as estrelas, a natureza em si, tudo foi escondido. A Substância: Natureza-Naturante e o Homem não cantam no universo perverso do consumismo. 

Diante desse quadro desnatalizado, onde o Estado como estatuto civil está ausente, é ofensivo cantar, “como é que Papai Noel não esquece de ninguém, seja rico ou seja pobre o velhinho sempre vem”. Esse velhinho-sádico só vem para os que têm dinheiro para pagar seus serviços. Ele não vai aos lares cujas crianças não têm sequer sapatinho para colocar “na janela do quintal”. E muitas vezes, nem janela. Nisso a perversão desta desnatalidade: uma vez ao ano as crianças querem, pelo presente, se sentirem amadas juntas à Cristo. Ganhar um presente é irmanar-se com Cristo. Na criança, o Natal, faz do presente um nascimento com Cristo, porque Cristo teve a sublimidade de seu nascimento, também, pelo símbolo dos presentes que ganhou. Um símbolo de comunhão entre os homens e Ele.

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Sabe-se que proporcionar presentes às crianças pela via filantrópica-calculista é recurso desumano de alguns indivíduos degenerados que com seus presentes pretendem o reconhecimento pela afirmação: “Olha como ele é bonzinho. É um verdadeiro cristão. Ajuda o próximo”. Exploração da dor para alcançar um objetivo pragmático-capitalístico. Pura sordidez que é disseminada nessas datas de cunho religioso. Mas esse não é o caso do Nelson Noel (Noël = a Natal, em francês), a pessoa física, Nelson Rocha. O Nelson é conhecedor de todas as hipocrisias da sociedade capitalística de consumo com sua semiótica desumanamente dominante. Por isso, ele escapa do grupo dos filantrópicos-calculistas. Como é um empresário mediano, ele pode realizar uma parte dessa comunhão da criançada em Cristo. Como trabalha com picolé e sorvete, ele pode levar para elas um pequeno presente. Um presente gelado, próprio para o clima de Manaus. Sorvete e picolé. São crianças pobres. Algumas sem sapatinho e outras sem janela.

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Há 12 anos Nelson Noel realiza essa produção infantil. Que em verdade não é só uma produção individual. Muitas vezes alguns moradores da comunidade participam nessa produção. Esse ano foi penosamente diferente. Nelson Noel estava triste. Por razão financeira não iria poder se apresentar para as crianças. Seria um hiato-natalino para ele e as crianças. Como também para a comunidade. Desanimado ele não ficou à “espera do milagre”. Estava decidido: as crianças iam entender. Só que a potência criativa e o espírito da tradição o envolveram e o animaram na dimensão necessária para a produção da festa. Deram-lhe pneuma, impuseram-lhe alma. E ele realizou. Na verdade, como diriam os filósofos Deleuze e Guattari, tudo era possível. Só faltava realização.

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E lá foi o Nelson Noel firmando por alguns bairros e ruas de Manaus a tradição de 12 anos. Tradição que nem precisou convocar a imprensa, porque ela se apresentou crente de que a festa ia acontecer. E lá festejaram as crianças alegres com seus pequenos presentes de Natal: picolés e sorvetes. E lá ia a festa natalina no sol na chuva compondo o espírito cristão. Lá estava presente Cristo como potência criadora da vida comunalidade. E lá estava Cristo afirmando através do filósofo italiano Toni Negro que “o amor não pode ser algo que se fecha no casal ou na família, teve construir comunidades mais vasta, deve tornar-se construtor do outra”.

E lá estava Nelson Noel, comungado junto com as crianças em “Cristo, o mais amado (Nietzsche/Deleuze)” afirmando que “O amor é a chave essencial para transformar o próprio no comum (Toni Negri).  

A CULMINÂNCIA DA SOLIDARIEDADE E DO AMOR CONSTITUTIVO NO NATAL COM NELSON NOEL

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Não há nada demais no natal. Todo o discurso típico da época, envolvendo solidariedade, altruísmo, afetividade, igualdade social, amor ao próximo, religiosidade, abundância em alimentos e bebidas variadas, a família alegre reunida em torno da mesa, o carinho dos pais aos filhos; todo o simbolismo natalino, que alimenta as últimas esperanças de existências que resolveram esquecer-se de si mesmas durante boa parte do ano, na noite da véspera do natal, colore as pálidas alegrias. Então é festa! Mas festa no seu sentido pontual: após os comes e bebes, retorna-se ao ordinário estado de coisas constituído.
Mas no natal promovido pelo companheiro, pai, marido e empresário Nelson Rocha, o popular Nelson Noel – e por seus amigos – o personagem criado para alegrar, trata de arrematar toda a solidariedade e o amor constitutivo que vão sendo tecidos durante o ano, culminando no dia 24 de dezembro há onze anos. Nelson Noel não espera a noite chegar; inicia a festa da alegria cristiana já nos primeiros raios de sol que iluminam o núcleo 5 do bairro Cidade Nova, local onde os amigos e Nelson Noel se reúnem, fazem suas orações e iniciam a carreata que conta com vários carros e pessoas à pé, responsáveis por fazer a distribuição do delicioso sorvete para as crianças, que vão tornando a existência mais suave com seus longos e autênticos sorrisos iluminados.
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A alegria cristiana não envolve somente as crianças. Todos os moradores dos bairros da Cidade Nova, Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, Novo Aleixo, Águas Claras e Carlinhos da Carbrás (Parque São Pedro) saem às ruas e vão ao encontro de Nelson Noel para abraçá-lo, beijá-lo, para um simples aperto de mão, para compartilhar da festa.
Festa que não é em seu sentido pontual: a festa é durante o ano todo, sem hora ou data para terminar. Uma festa que se constrói à medida que é nutrida por tudo aquilo que faz o natal existir, mas de modo autêntico, verdadeiro e que não espera o sono chegar para que Papai Noel entre sorrateiramente e deixe os presentes enquanto crianças dormem, posto que Nelson Noel vai ao encontro das crianças na luz clara do dia, abertamente.
Junto com diversos voluntários que moram na Cidade Nova e outros bairros de Manaus, Nelson Noel foi construindo esta festa. Muitos ajudaram com a doação de fardos de açucar, outros com sua disposição e apoio técnico; outros, ainda, decidiram participar auxiliando a distribuir o sorvete enquanto vários motoristas forneceram seus carros para a carreata dos bairros da Zona Leste e Norte de Manaus.
Os bons encontros natalinos, entre a multidão nos bairros visitados e Nelson Noel, foram acontecendo durante a carreata. Esta se iniciou no núcleo 5 da Cidade Nova onde Noelson acordou ansioso pelo grande dia de sua produção solidária natalina.  Com sua alegria e disposição, o incansável Nelson superou, neste ano, diversas dificuldades e pôde fazer uma nova distribuição sorvetal natalina para as crianças de Manaus.
Logo cedo, Nelson se vestiu e transformou-se em Nelson Noel, e começou a divulgar nos arredores da Cidade Nova o grande encontro com as crianças de todas as idades (inclusive adultos e idosas). Os carros começaram, então, a serem carregados de sorvete e a carreata foi se formando em frente à lanchonete Degust’Gula, onde Nelson  promove encontros culinários todos os dias.
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Nelson Noel e a moçada da Afin

Nelson Noel e a moçada da Afin

Antes de iniciar as atividades, fez-se uma oração em agradecimento por mais um ano de encontro coletivo e solidário do Nelson Noel. Logo a carreata, com Nelson Noel em cima de um carro, seguiu pelas ruas do núcleo 5 do Cidade Nova.
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Neste bairrro, onde Nelson trabalha, a população conhece o trabalho do Nelson Noel desde o início e sempre incentivou a empreitada. Lá, Nelson viu crescer muitas crianças durante estes 11 anos de Natal Solidário, que hoje já são adolescentes e cujo o reencontro a cada ano emociona Nelson.
Ainda nos primeiros metros da Cidade Nova, Nelson desceu do carro e seguiu, a pé, o encontro com os comunitários. Todas crianças corriam para abraçar Nelson Noel e também traziam suas sacolas, panelas e vasilhames para enchê-los de sorvete e da alegria deste encontro natalino.
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O percurso seguiu. Depois entrou pelo Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, onde uma multidão de crianças, idosos, trabalhadores e transeuntes receberam Nelson Noel com muita alegria.
A carreata seguiu por diversas ruas no bairro até chegar na rua principal, onde várias pessoas sairam de seus cotidianos para, também, ter este encontro noelsonlino. Algumas estavam no salão de beleza, outras preparando a ceia, outros trabalhando em obras, pintura de letreiros, no comércio. Mas todos pararam suas atividades para dar um abraço festivo em Nelson Noel e em seus vizinhos. Afinal, a caravana da solidariedade acontece todo ano e cria uma subjetividade própria aos encontros comunitários que produzem afetos alegres e aumentem a potência de agir de cada pessoa.
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Nestes encontros, Nelson Noel sempre interage com pessoas que, devido à alguma deficiência, são excluidas pela sociedade capitalista e suas instituições, que só se interessam por aqueles que estão aptos a serem explorados. Estas pessoas recebem o carinho de Nelson Noel que, com seu coração sensível, emociona-se com estes encontros.
Depois da longa caminhada pelas ruas do Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, a carreata foi recarregar os isopores com sorvetes enquanto o resto da equipe do Natal Solitário preparava os detalhes da próxima parte da caminhada. Com as forças e os carros reabastecidos, a alegria de Nelson foi carregando as pessoas através dos núcleos 3, 4 e 16 da Cidade Nova, rumo aos próximos bairros.
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 O bairro do Novo Aleixo, onde a Afin desenvolve algumas de suas atividades, foi a nova parada da carreata. Pelas ladeiras e ruas, Nelson Noel e seus voluntários adentraram o bairro e o carregaram de muita aividade neste encontro comunitário.
No Novo Aleixo, a população sempre acolhe com muito afeto a presença da carreata e dos trabalhadores voluntários em sua solidariedade e, neste encontro, todos aparecem para prestigiar e compor novas formas de relações humanas durante o natal.
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Quando Nelson Noel chegou na rua Rio Jaú, dezenas de crianças  já esperavam a presença deste festejo para receberem e darem muitos abraços e ganharem sorvetes. Muitas das crianças e comunitários participam das atividades afinadas como o cinema, a bandinha do outro lado, os cursos e encontros que ocorrem durante o ano.
Neste ano, os afinados sugeriram um novo trajeto pelo caminho inverso do passeio dionisíaco da bandinha carnavalesca e, assim, foi possível Nelson Noel passar por novos territórios, ter novos encontros e presentear mais crianças.
Em todos os lugares por onde passava, a comunidade não deixava Noelson Noel sem abraços e trocas de afetos. E, nestes encontros,  além de distribuir sorvete, pode-se produzir o verdadeiro amor constitutivo do Natal.
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Dentre tantos amigos que já participam há vários anos do evento natalino, o menino Ezequias, participando pela primeira vez da caminhada natalina, tornou-se um destaque na festa como um ajudante de Nelson Noel. Isto, em razão de ele manifestar sua vontade de fazer parte da alegria, ajudando a entregar os sorvetes.
O menino Ezequias, de 11 anos, com seus pés descalços, levava sorvete e carinho a todos que encontrava. Longe de Nelson Noel estar praticando exploração do trabalho infantil. Ele compreende que o trabalho somente é uma exploração quando as energias mental e física do trabalhador são subtraídas, no intuito de favorecer o domínio de um sobre o outro.
Mas na carreata, a participação do menino Ezequias foi trabalho vivo, pois sua ação foi motivada pela afirmação da vida como produção solidária, criando laços afetivos sólidos com as comunidades por onde passava, demonstrando a compreensão que uma criança pode ter das distintas situações de outras crianças na mesma cidade. Ezequias fez, de sua ação, construção de bons encontros, divertindo-se com sua enorme disposição para a vida.
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Depois, carros e amigos de Nelson Noel, seguiram pelo Águas Claras até o Carlinhos da Carbrás. Durante a caminhada, Nelson Noel, emocionado pela energia transmitida por todos que o recebiam em suas casas, na rua e em todos os lugares, públicos e privados, por onde passava; desceu do carro de onde acenava a todos e se juntou às crianças na rua.
Assim, durante mais um ano, o Natal Solidário de Nelson Noel e dezenas de voluntários encheu de vida a não-cidade de Manaus. Ainda que, durante todos outros dias do ano, este local geográfico sofra com seus governantes , que manipulam os eleitores e a não-cidade, na véspera de natal, a cidade é contagiada com uma festa de encontros transformadores e comunitários. Desta forma, aqueles que não tem força nenhuma produzem a potência necessária para aproximarem-se da vida em uma cidade real.

NELSON NOEL EM OUTRO NATAL EM COMUNALIDADES

Nesta vespera de Natal, a festa natalina não foi a mesma em Manaus. Isto pois mais uma vez o empresário e sorveteiro Nelson Rocha fez mais um Natal Solidário, evento que começou há 10 anos, e que faz a alegria das crianças e adultos Zonas mais empobrecidas e esquecidas da cidade: a Norte e Leste. Com ajuda de doações da comunidade (como fardos de açucar ) , Nelson vem realizando o Nelson Noel distribuindo 30 mil sorvetes a cada ano.

Os afinados conversaram com Nelson Noel sobre a história deste encontro comunitário e sobre a alegria que tem em mais um ano realizar esta festa com as crianças, jovens e adultos.

“O Nelson Noel surgiu quando eu nem distribuía sorvetes. Um dia vendo uma mulher descolorindo os pelos dos braços, das pernas e eu aproveitei e passei na barba e uma  amiga fez um gorro de papai Noel. Eu sai pela rua sem sorvete nem nada e percebi que as crianças me viam como papai Noel. Isto tem quase 20 anos e eu passei quase 10 anos sem pensar em nada. Quando foi em 2002 eu comecei a distribuir sorvete aqui no núcleo 5 da Cidade Nova e não era nem copinho, era caixinha de sorvete. Aí no outro ano já tomei gosto, já fiz roupa de papai Noel, aí fizemos todo o núcleo 5 levando 1000 copinhos de sorvete. Aí sucessivamente 2, 4,5, 10, 15 mil sorvetes e nestes últimos três anos, quatro contando com este ano a gente consegue distribuir 30 mil sorvetes em 5 bairros: Núcleo 5 da Cidade Nova, Bairro Nossa Senhora Perpétuo Socorro, Novo Aleixo, Carlinhos da Carbrás (Parque São Pedro) e Riacho Doce. Este ano além dos 30 mil sorvetes fizemos a confecção feita por mim desde o início até o final desde a mesa até a forma estou fazendo o maior picolé, segundo as pesquisas que eu fiz na internet, estou fazendo o maior picolé do mundo, deve entrar pro livro do Guiness Book com quase 2 metros e 80 de comprimento, 70 centímetros de largura, por 25 centímetros de altura com aproximadamente 450 litros de sorvete dentro desta forma de picolé. As crianças de toda a redondeza foram convidadas para vir comer o sorvete. A medida que ele for medido, fotografado, filmado, ele irá para degustação. É o mesmo sorvete que entregamos todo o ano em forma de um picolé gigante. Fazer este picolé foi um pouco de desafio por que o funileiro que faria a forma falhou, então eu mesmo tive que fazer a forma, fiz e fiquei com receio tremendo de não dar certo, mas deu certo.

Nesta festa o meu eu empresário fica distante deste evento por que na verdade estas coisas que eu faço toda é o Nelson Noel que faz e não faz só. Temos ajuda de muita gente tanto do núcleo 5 quanto da cidade de Manaus quase toda, pessoas que conheço, eu ligo, peço auxílio, alguém doa um fardo de açúcar, leite, um produto básico mas nunca doa dinheiro. É um trabalho junto com todas as pessoas, até gente de fora de Brasília, de Goiânia e neste caso mandam dinheiro por que fica difícil mandar um fardo de açúcar e a gente transforma isto nesta alegria que a gente faz todo ano. A minha festa maior é o sorriso da criança, aquilo que me motiva a cada ano a fazer mais, mais e mais. É uma festa feita pelas comunidades e para as comunidades.”

Porém neste natal de 2011 o sorveteiro Nelson trouxe uma novidade que certamente marcou a data na história: o maior picolé do mundo….. amazônico pelo menos. Um picolé gigante com 2 metros e 80 centímetros de comprimento e mais de 70 de largura fez a criançada da Cidade Nova, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e dos arredores trazerem suas sacolas, vasilhames, panelas para levar para casa um pedaço desta iguaria feita nos sabores uva, chocolate e creme.

Segundo as pesquisas este é o maior picolé do Brasil e provavelmente do mundo. Depois da partilha do sorvete recordista para todos os presentes, a comunidade junto com o bom Nelson Noel sairam em carreata para distribuir os sorvetes para o núcleo 5, e a comunidade toda se encheu de alegria para receber o Noelson.

“ Este trabalho é importante, por que no núcleo 5 só tem ele ajudando e mais ninguém. Este trabalho é um ótimo começo por que se todos fizessem um pouquinho melhoraria. Graças a Deus este trabalho está evoluindo cada vez mais e que ele continue sempre assim. Antes era só aqueles sorvetinhos derretidos agora já é picolé e já melhorou sendo esta iniciativa muito boa.” Ana  Francisca, Núcleo 5 Cidade Nova.

A carreata de Nelson Noel saiu pelas ruas da Cidade Nova distribuindo sorvetes levando alegria e logo chegou na comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, onde foi recebido com festa por todos os moradores, inclusive adultos, os trabalhadores e os passageiros dentro dos ônibus.

Nesta caminhada afectante encontramos a costureira Carmen que contou um pouco sobre a importância do trabalho de Nelson Noel para toda a comunidade:

“Este trabalho é muito bom, alegra as crianças desta comunidade que é mais carente, as crianças gostam de sorvete. Todo ano ele faz isto, este rapaz, aí eu acho importante por que eu moro aqui há 10 anos e nestes dez anos eu vejo ele fazer isto aí. É algo muito legal tanto pra criança quanto pros adultos, pois doce alegra todo mundo, tanto faz a idade” Carmen Libório, Comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.”

E como não faltam crianças atrás dos deliciosos sorvetes de Nelson Noel, depois da Comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, a comitiva seguiu para um rápido reabastecimento na fabrica e já rumou para o Novo Aleixo, comunidade onde a Afin tem atividades fixas há 5 anos.

Dentre as diversas ruas onde Nelson Noel passou estava também a rua Rio Jaú, onde as crianças esperavam o encontro na casa da afinada Miriam, onde logo mais estarão no cinema nesta noite, e se deliciaram com a arte sorvelística natalina. Com os carros passando, toda a comunidade saiu para saldar o bom Noelson que trazia sua presença e um doce na vida da comunidade.

Todos deixaram seus afazeres para se juntar aos vizinhos para ver a comitiva da alegria passado pelo bairro. Nesta entrega sorvetal Nelson encontrou e se emocionou no caminhar ao lado de diversas crianças.

Do Novo Aleixo mais uma rápida passagem pela fábrica onde conversamos com Roberval Silva, morador do núcleo 5 que sempre auxilia o Nelson Noel e nos contou um pouco desta participação na construção de uma comunidade mais alegre:

Tenho acompanhado desde o começo este trabalho excelente que o Nelson faz e que dificilmente as pessoas fazem algo assim. E ele faz todo ano, deixa a barba crescer passa o ano todinho com a barba crescendo e depois todo dia 24 ele faz este trabalho legal e a gente acompanha a distribuição dos picolés com ele, fazendo voluntariamente também.  Eu ajudo também na fabricação dos sorvetes dando um fardo de açucar por que ele usa muito para fazer tanto picolé e a comunidade ajuda, muitos outros como o Chico, o pessoal da taberna  por que este trabalho é único. O benefício que traz para a comunidade é a alegria enorme para as crianças e até pros adultos que as vezes pegam mais que as crianças. A gente passa pelas invasões, como a Carbrás, que é uma coisa incrivel tanta criança, e para o Nelson é muito legal pois ele adora fazer isto. Ano passado fomos e em uma casa tinha um deficiente físico na cama, aí entramos na casa da senhora por que ele queria ver o papai Noel,e chamamos o Nelson que entrou na casa e começou a chorar e eu chorei assim como todo mundo que tava lá dentro por que é um negócio muito de coração que ele faz”

sobree logo a carreata seguiu rumo o Parque São Pedro, que também é conhecido como Carlinhos da Carbrás, onde a comunidade recepcionou com vários sorrisos e abraços Nelson Noel por mais um ano de encontro na comunidade.

No fim da tarde, Nelson Noel fez o último percurso rumo ao Bairro Riacho Doce onde foram soltados os rojões e comemorou-se mais um natal de comunalidades organizado comunitariamente junto com Nelson Rocha, ou melhor Nelson Noel.

E no fim desta andança nas comunidades Nelson Noel abençoou o pessoal da Afin desejando um ano de novas criações nas comunidades de Manaus, além de mandar um feliz natal a todos os leitores do bloguinho e os corpos de todo o mundo, para que possam deixar todas as privações e viver uma vida em feliz natal..

Nelson Noel dá benção para alguns membros da Afin

E ai vai um picolézinho?


OUTRA AFETIVIDADE DISTRIBUTIVA SORVETAL DO PAPAI NOELSON

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Clique nas imagens para vê-las de perto.

Em sua eticidade prática no mundo, indo além da redução comercial, o companheiro Nelson Rocha transmuda-se todos os anos, todos os dias do ano em Papai Noelson, ou Nelson Noel, que se plenifica sempre no dia 24 de dezembro, véspera do Natal, com a distribuição afetiva de sorvetes de sua fábrica, que transbordam na afetividade necessária para fazer a festa num encontro intenso de risos, abraços, sabores e conversas com humor e inteligência que apontam para novas práticas no mundo. Dessa vez, além dos bairros tradicionais – Núcleo 5 da Cidade Nova, Comunidade Maria do Perpétuo Socorro, Novo Aleixo e Carlinhos da Carbrás -, estava prevista também a distribuição no bairro Riacho Doce.

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Pela primeira vez presente na distribuição sorvetal, a bela Erêndira fez observações sobre sua experiência que vão além do sentido capitalístico de Natal – “Então é Natal…” -, percebendo ao mesmo tempo a alegria do encontro e a realidade objetiva massacrante que pode ser lucrativa para quem vive de explorar a miséria.

Eu achei engraçado que as pessoas que estavam comigo não sabiam às vezes como lidar com toda aquela criançada, mas acabava dando certo. Eu achei engraçado como as pessoas ficam felizes, não é só pelo sorvete que estão pegando. É como uma brincadeira. Eu achei interessante também, ao mesmo tempo que não é bom, ver o pessoal jogando de um lado para outro do igarapé. O que era aquilo? Igarapé é maneira de falar, só tem lama e imundície ali. É bom porque as pessoas que estão aqui ajudando não estão fazendo uma coisa porque tem que ser feito, elas estão fazendo porque gostam de fazer isso. Eu vi imagens que não gostaria de ver. Você ver uma criança sem roupas, próximo ou saltando num, entre aspas, igarapé, com uma água verde como aquele produto limpol de eucalipto, ali perto uma rua que não é asfaltada. É uma brincadeira, mas na verdade todas as crianças, e os adultos também, deveriam ter acesso a sorvete… quero dizer, muito mais, quero dizer de todas as suas necessidades básicas.

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E enquanto a garotada chega correndo, sentindo a presença do Natal como nascimento do Novo, Eri resolveu tornar-se uma repórter deste bloguinho intempestivo e tomou do gravador, envolvendo-se em uma outra natalização atuante de dizeres que vão por aí abaixo.

Eu faço isso não querendo favorecer ninguém, assim como não quero nada em troca, mas para me sentir bem de alma, de espírito. Eu me senti feliz porque eu já tinha isso mesmo de me doar para as pessoas, as pessoas mais carentes, mais próximas. Eu faço isso assim, para os meus semelhantes, igual como os ensinamentos de Jesus Cristo: ‘Amar o próximo como a si mesmo’.” (Cristian)

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Eu faço essa carreata porque eu me sinto alegre em ver as crianças alegres nesse projeto que o Nelson faz, junto com a gente e todo esse pessoal, tudo é muito maravilhoso. Eu me sinto feliz, parece cansativo, mas é prazeroso, sempre que eu puder eu estarei aqui participando.” (Antônio)

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Eu acho esse trabalho que o nosso Papai Noel faz maravilhoso, é um trabalho chique do Nelson Noel, é muito bom ter contato com as crianças, com as pessoas humildes. Eu ainda não tinha visto isso. Eu sou paraense, sou lá de Monte Alegre. Hoje eu estive aqui fazendo uma caridade de coração. É uma questão de carinho, de estar prestando um serviço, e hoje eu estou aqui abençoada por Deus, porque Jesus nasceu na Lapa. Já ouviu: ‘Noite feliz!…’” (Alijete do 5)

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Este bloguinho, que conhece em suas linhas o trabalho do Noelson há anos, aproveita para registrar a constatação do descaso do poder público com a cidade de Manaus. De ano a ano percebe-se que há aqui na verdade uma não-cidade. A diferença de um ano para outro no trajeto que o Noelson faz é que um buraco se tornou uma cratera, que uma rua, várias ruas se tornaram intransitáveis.

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O companheiro Garnizé, nos seus 80 anos, falou sobre o trabalho do Noelson em não se submeter às fantasias lucrativas, e passou para as compreensões do que ele está vendo, depois de todas essas décadas, acontecer no Brasil. De Noelson a Lula e Dilma. Canta, Garnizé:

Eu conheço o Nelson desde 1973. Eu acompanho todos os anos, e acho uma coisa fantástica. É gente assim que tem que existir mais no mundo. O Nelson é uma pessoa boa. Ele não tem interesse pra ele não. O interesse dele é fazer coisas boas para as pessoas. Ele vem fazendo isso desde quando o Lula entrou. O Lula é um pai deste país. Não teve outro igual a ele. E eu acho que a Dilma vai fazer um governo maravilhoso. Mulher é muito inteligente, tem o pensamento muito mais rápido e percebe muito melhor as coisas do que os homens.

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Vitória, conhecida como a Mamãe Noelson, relatou a forma como se deu, sob sua coordenação, a atividade distributiva da fábrica Sempre Frio de sorvetes e sorvelitos.

É muito bom fazer isso. É trabalhoso organizar. Mas depois de todos esses anos a gente já sabe bem o caminho para organizar da melhor forma possível. Foi satisfatório. Só houve mais criança – a gente sentiu -, mais gente para pegar sorvete. Nós resolvemos fazer também mais um bairro, o Riacho Doce. Há muito tempo, quando era uma coisa bem menor, nós fomos lá uma vez, e agora resolvemos fazer o trabalho lá também todos os anos.

Que o amor nasça no coração de cada pessoa, que só o amor transforma. Só o amor pode tirar a violência, pode tirar a miséria. Tá faltando amor nos nossos governantes. A transformação é de dentro pra fora. A gente leva nesse sorvete um pouco de esperança, de alegria, de comunhão.

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Finalmente, o Noelson revelou em seus dizeres os entendimentos afetivos e políticos-filosofantes da atividade da qual é centro propulsor, explicando a diferença entre sua atividade e as atividades assistencialistas, e como não poderia ser diferente, analisou o momento atual da política brasileira.

A expectativa maior minha é ver dois homens descendo, José Alencar descendo junto com Lula, e Dilma subindo é a continuação dessa luta que se concretizou desde 1989 com a primeira candidatura de Lula à Presidência. Perdeu para o Collor; aliás, perdeu para a Rede Globo.

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Nós fizemos esse ano esse evento sem nenhuma ‘banda’, sem grana. Desde o ano passado que eu estou em crise econômica. Vai acabar fechando. Mas a fábrica é a fábrica. A gente fecha uma, faz outra em outro lugar, e, de qualquer forma, sempre se dá um jeito de movimentar o Nelson Noel. Foi meio difícil fazer, mas eu sou persistente, e consegui tudo. Até aumentei o trajeto, fazendo também o Riacho Doce.

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Esse trabalho que a gente faz, tem que ficar claro isso, não é um trabalho assistencialista. A comunidade toda participa, e é uma festa imensa, enorme. Assistencialismo é uma outra coisa, que tem uma conotação política, ruim, feia, de quem utiliza a miséria. Por exemplo, nós temos um governo municipal aqui que fez, e que faz, e todo um grupo político que sempre agiu com assistencialismo. O trabalho que a gente faz é só reunir um monte de pessoas que querem fazer uma coisa. Aí nós vamos e fazemos.

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E é nesses percursos e engendramentos do Noelson, Vitória, Vitorinha, Erêndira, Nelsinho e toda a comunidade do Núcleo 5, assim como diversas pessoas nos outros bairros, todos atuantes numa afetividade que carrega o verdadeiro Natal, como Nascimento da alegria, do amor, do humor, da festa, da construção de uma cidade, de um mundo para além do estado de coisas constituído.

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NATAL EM DOIS CONTOS

UM CONTO

O menino estava sentado na frente de sua casa muito triste. Não por ser pobre e ser véspera de natal, mas porque sua mãe estava doente e, como eram pobres, não tinha dinheiro para comprar um remédio que ela necessitava.

Com o olhar perdido em sua dor, o menino de repente foi despertado por um papel enrolado no meio da rua. O menino, curioso, levantou-se e foi até o local onde se encontrava o papel enrolado.

Tal não foi o susto do menino quando ele viu que o papel enrolado era dinheiro. Ficou surpreso de alegre, e alegre correu para comprar o remédio que a mãe necessitava naquele momento.

Na volta da farmácia, o menino, muito contente, encontrou outro menino no meio da rua chorando, olhando para o chão como se procurasse alguma coisa. Ele então se aproximou do menino que estava chorando e perguntou por que ele estava chorando. O menino respondeu que foi comprar um presente de natal para sua mãe, mas perdeu o dinheiro.

Ele então contou que havia achado um dinheiro que poderia ser o que ele perdeu e comprou remédio para sua mãe. Os dois ficaram em silêncio. Depois começaram a caminhar tristes, chegando ao cruzamento de duas ruas. Na esquina à direita da rua em que estavam tinha um circo, e na frente o dono do circo muito preocupado. Quando viu os garotos, correu para junto deles dizendo que havia muita gente no circo e um dos seus artistas, um garoto que fazia acrobacia, piruetas como no hip-hop, estava doente e não podia fazer seu número. Então perguntou se algum deles sabia dançar o hip-hop para substituir o menino doente, que ele pagaria. O menino cuja mãe estava doente sorriu e disse que sabia.

Contente, o homem levou os dois para o circo, o menino fez sua apresentação, e foi muito aplaudido. Um sucesso para o público e o dono do circo, que retribuiu com um bom pagamento. Os dois meninos saíram felizes. Já na rua, o menino cuja mãe estava doente deu todo o dinheiro que ganhou com seu talento de artista para o menino que perdeu o dinheiro. Ele viu que era mais do que tinha perdido, e devolveu o resto para o menino artista, que não quis aceitar.

Como nenhum queria ficar com o resto do dinheiro, entraram num acordo: compraram uma bola para cada um, e o que sobrou compraram duas taças para os campeões dos torneios de pelada que cada um ia fazer na rua onde moravam no dia de natal.

OUTRO CONTO

O ambiente era o mais luxuoso possível para uma noite de natal. E as iguarias e bebidas as mais sofisticadas para acompanhar o ambiente luxuoso. Tudo parecia mais uma superprodução hollywoodiana do que uma comemoração cristã como pedia na antiguidade cristiana essa celebração. Não, ali tudo tinha que seguir os anseios cristãos dos personagens que lhe davam a função de ser.

Gargalhadas, ruídos de talheres, estouros de rolhas de champanhas, de vez em quando uma canção natalina cortando as vozes de Roberto Carlos, Simone e Fábio Júnior, entre outros. Um quadro digno da estética dos presentes.

Foi então que a meia-noite anunciou o nascimento do Homem amante da Vida. O Homem que não inventou a dívida, a culpa, o castigo, a vingança, o ressentimento, o rancor, a inveja, a ganância, a luxúria, a prepotência, a arrogância, a perseguição, a hipocrisia, o julgamento, mas somente o amor que constrói o viver como o próximo.

No repicar dos sinos e fogos, começaram os votos de boas festas e felicitações entre os presentes. “Então é Natal!” Um político eleito usando a miséria do povo, sem qualquer escrúpulo moral, abraçou seu filho e, chorando, desejou-lhe sucesso na vida. Um empresário, cuja riqueza foi construída com malversações auxiliadas por homens públicos, abraçou sua mulher, dizendo: “Cristo foi muito bondoso conosco, meu amor. Que tudo continue assim”. Ao que ela respondeu: “Na graça de Deus, meu amor”. Um médico para o qual a medicina serviu apenas para ocupar cargo no governo, ao ver sua mulher se dirigindo a ele para felicitá-lo, desviou a tempo e foi abraçar um senador.

Então é Natal!” Uma juíza que teve sua carreira erguida na submissão diante dos governadores, desejou, em nome da Justiça, um “feliz natal para todos!”. Um jovem advogado, que antes se encontrava em animado papo com um delegado de polícia, abraçou sua noiva, apertando seu braço esquerdo, admoestando-a que se ela se esquivasse de conversar com a mulher do delegado ele iria encher sua cara de porrada. A mãe de uma menina, levando-a para um dos cantos do salão, reprimiu-a severamente porque ela lhe confessara que naquele momento havia tido sua primeira menstruação. Um professor universitário ligou para sua mulher desejando “feliz natal”, lamentando não poder estar com ela por não ter conseguido voo, mas estava aproveitando para colocar em dias alguns documentos da universidade. “Então é Natal!” Um garoto bateu com uma garrafa de champanha em outro garoto porque este dissera que ia ganhar um presente do Papai Noel mais caro que o dele. Um banqueiro abraçou a mulher de seu sócio, desejando-lhe “feliz natal”, ao mesmo tempo que apertava sua bunda. Ao que ela, sorrindo, respondeu: “E próspero Ano Novo!”

E, nessa ordem moral, se desenrolaram as felicitações de “Feliz Natal!”. Até que um pastor de uma igreja ligada com os empresários e políticos lembrou que era momento de orar e agradecer a Deus por tudo que Ele havia proporcionado de bom para os presentes, ao que todos concordaram e oraram agradecendo a bondade de Deus para com eles.

Depois caíram de boca e estômago nas comilanças e bebidas, porque era Natal, momento de fartura e descontração em homenagem ao Filho de Deus Pai. Aquele que a quem protege nada de mau acontece.

A AFETIVIDADE DISTRIBUTIVA SORVETAL DO PAPAI NOELSON

Papai Noelson 2009 01 por você.

E outra vez o Papai Noelson saiu pelas ruas de Manô compartilhando com a criançada de todas as idades seus afetos alegres construtores de uma festa coletiva natalina no gosto do sorvelito como prenúncio de uma ludicidade democrática que tomou conta de toda a moçada que o acompanha.

Papai Noelson 2009 04 por você.


Durante o percurso, que compreende o Núcleo 5 da Cidade Nova, a Comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, o Novo Aleixo e o Parque São Pedro (conhecido como invasão Carlinhos da Carbrás), este bloguinho intempestivo conversou com pessoas que deixaram seus dizeres-entendimentos de vivências reais na cidade.

Isso animou o pessoal porque aqui é muito triste, não tem animação de nada e com isso aqui o pessoal se empolgou e foi no bolo. Eu moro aqui há 8 anos e nunca vi uma coisa dessas, até me assustei e disse minha filha tá cheio de papai noel aqui, aí meus filhos tudo correram atrás, aqui são 6 crianças.” (Helena, Novo Aleixo)

Papai Noelson 2009 05 por você.


A gente deseja a todos de manaus um feliz natal, um feliz ano novo e que essas festas aconteçam com paz e amor, que as pessoas possam brincar com respeito uns com os outros pra que todo mundo passe as festas em paz. Esse papai noel é novidade pra gente aqui na rua e as crianças gostam, todas as crianças acreditam, qualquer papai noel que vê eles gostam. É importante esse trabalho que foi feito pra que as crianças se animem e aprendam o verdadeiro significado do natal, é importante isso.” (Julineia, Novo Aleixo)

Papai Noelson 2009 11 por você.

Papai Noelson 2009 07 por você.

É muito bonito o que eles tão fazendo porque as crianças tavam precisando disso, pra eles tudo é bem vindo. Eu desejo toda a felicidade pras pessoas daqui do parque são pedro e um feliz natal pra todo mundo. Estamos aguardando que o ano que vem seja melhor, porque a maioria dos politicos não quer nem olhar pras pessoas, eles não tão nem aí. E nós desejamos que eles ajudem as pessoas porque as crianças merecem muito mais do que isso. Quem é o grande papai noel? Eu diria que é o Lula, ne? Ele é o grande papai noel daqui.” (Maria, Parque São Pedro)

Papai Noelson 2009 12 por você.


Eu acho isso importante pras crianças porque nem todas tem oportunidade de ganhar um presente. Eles fazem isso já há muito tempo e eu já espero todo ano. E eu espero que no ano que vem mude pra melhor.”

Papai Noelson 2009 21 por você.

Papai Noelson 2009 20 por você.

Ano que vem a gente precisa prestar mais atenção em quem vai vir, né? Aqui não tem nenhum papai noel, só quando eles precisam quem vem atrás dos pobres. Ninguém ajuda ninguém, nem os deputados. Alguém que esteja fazendo bem pro povo é só o Lula, né? Não tem mais ninguém não.”

Papai Noelson 2009 23 por você.


Eu acho isso muito importante pra comunidade porque tem muita criança aqui que não pode comprar nenhum sorvete e picolé. Acho muito bonito, ano passado ele teve aqui e hoje de novo. E pro ano que vem eu acho que a gente deve escolher muito bem em quem votar pra não ser enganado.”

Papai Noelson 2009 27 por você.


Eu acho isso uma maravilha porque aqui é um bairro carente, ainda mais nessa data, que ta difícil pra todo mundo. Inclusive eu acredito que se pudesse fazer isso todo ano os meninos iam ficar alegres e satisfeitos. Eu acho que as pessoas que se apresentam nessa data, a maioria é por interesse e pra se beneficiar. Não só nessa data mas em muitas outras. E eles querem só se beneficiar e quando tão no poder esquecem dos bairros carentes. Hoje praticamente poucos fazem alguma coisa e não são todos que merecem esse título de papai noel. Uma parte deles não merece de jeito nenhum porque se aproveitam das necessidades das pessoas carentes pra se beneficiar. Mas no momento a gente tem asfalto, energia, a rede d’água que não tá funcionando. A gente ainda precisa de muita coisa aqui no bairro e espera que os próximos governantes consigam obter essa graça pra nós. Porque rapaz é a corrupção que a gente vê pelo país, a gente vendo o dinheiro público descendo pelo ralo e a pobreza crescendo cada vez mais. Precisamos de segurança, apoio médico, no geral. A corrupção é grande e é uns encobrindo os outros. No brasil a corrupçao é muito grande envolvendo os políticos que a gente votou, botou a maior confiança e hoje são a maior decepção pra população. Olha, aqui no Brasil, apesar de todas as dificuldades, eu dou um voto pro presidente Lula pra tudo o que ele fez e continua fazendo. Apesar de ele não governar só e ter a equipe dele, mas eu não tenho nem o que lamentar porque eles estão no poder e aperar de tudo eu dou um voto pro presidente Lula. E eu acho que no momento a Dilma é a única pessoa que é capaz de dar continuidade no trabalho que ele tá fazendo.”

Papai Noelson 2009 28 por você.


E finalmente o Papai Noelson fez a sua avaliação do evento, dos percursos e engendramentos que levaram a mais um ano de realização do natal-nascimento de novas formas de relações no mundo. Então, Noelson:

Nós fizemos a mesma quantidade, nos mesmos bairros, com a diferença que este ano foi sorvelito. É muito importante que a gente não desembolsou um centavo do bolso porque a situação não tava muito boa e os amigos participaram, todos os amigos, até os amigos que não via há muitos anos que se organizaram pra fazer esse papai noelson de novo este ano. Foi mais importante e gratificante. Ocorreu que sobrou um pouco de sorvete esse ano e talvez ano que vem a gente consiga fazer, se tivermos condições físicas, a gente consiga fazer mais um bairro, não é mais um bairro, mas é a parte de baixo ali da Carbrás. Porque ano passado uma pessoa chegou com a gente e perguntou porque todo ano só acontece na parte de cima, quando a parte de baixo que é a mais carente, onde ninguém passa. Aí eu disse pra ele que o papai noel ia conversar com o proprietário e que com certeza ano que vem a gente ia passar lá em baixo também. No mais os meus agradecimentos à comunidade do Núcleo 5, é muito importante o apoio do Afinsophia e da Croma Produções, através do seu Leoni, dona Mônia e um feliz natal pra todos.

O papai noel gostaria que manaus fosse bem administrada, porque Manaus tá muito carente de administração municipal, o prefeito atual deixa muito a desejar e a gente percebe nesses bairros que vamos passando, até aqui próximo no núcleo 5, no Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, com o esgoto a céu aberto no barzinho que eu bebo ali, coisas possíveis de se fazer e nenhum administrador municipal tomou a iniciativa de fazer.

As eleições ano que vem quem vai levar é a Dilma Roussef. É a eleição certa para o Brasil continuar a crescer. A gente, por acaso, começou a fazer o Papai Noelson em 2002, que foi o primeiro ano de governo Lula, e agora faremos de tudo para a continuação democrática de seu governo. E, para isso, tem que dar Dilma Roussef.

Papai Noelson 2009 31 por você.

Papai Noelson 2009 35 por você.

Papai Noelson 2009 36 por você.

A ÉTICA DO PAPAI-NOELSON

A ÉTICA DO PAPAI-NOELSON

Papai-Noelson – o Nelson – é daqueles caras que um dia, como comerciante, diz: “Se não é para dividir, não há porque sorrir”. Sim, o Papai-Noelson sabe que a vida é uma festa e que a privação é produção do homem, como diz Marx, e que a privação não é uma condição da filosofia, como enuncia o filósofo Toni Negri. Papai-Noelson, com seu sorvete para as crianças pelos Natais, é filósofo como Marx e Toni Negri.

Papai-Noelson, filosofante, salta pelos sorvetes e picolés “natalizados”, escrevendo pelas ruas de Manaus que no capitalismo quanto mais se multiplica diminui o amor (Belchior), e impossibilita o homem de andar, com tanto peso do lucro para carregar. E não há infelicidade maior para um capitalista do que não poder carregar suas fantasias lucrativas.

Mas a questão é que há uma perversa condição dessa dor capitalista, é que ele interfere nos movimentos dos fluxos econômico e social de uma sociedade, causando sofrimento em grande parte dessa sociedade. Uma moral que não fica só no capitalista infelicitado por suas multiplicações, mas toca também no conjunto social.

O Papai-Noelson escapou duas vezes de ser capturado por essa infelicidade. Uma, porque não conseguiu multiplicar seu lucro. Pelo contrário, para sair esse ano com seus sorvetes e picolés distributivos, teve que contar com auxílio de alguns comunitários. Duas, porque sacou o que move a alegria do existir ontologicamente: a solidariedade sem compaixão e sem culpa. Uma espécie de descarga de consciência maldosa, como fazem muitos. Inclusive governos. E sua práxis é totalmente contrária a essa consciência maldosa.

O Papai-Noelson quer a festa! Mas a festa do comer filosofante! E nisso as crianças são filosofantes, e ele entende!

DUNGA, O TRIUNFO DA ESTUPIDEZ

dunga

A estupidez é produto da repressão”, afirmou Freud. Entretanto, mesmo fazendo alusão à máxima freudiana, não se faz necessário uma análise-hipotética sobre o passado/infância de qualquer personagem aqui referido, como intérprete da estupidez. O que interessa é considerar a estupidez como uma conduta maléfica à sociedade, já que ela comprova a supremacia da irracionalidade sobre a racionalidade. O que coloca em perigo a segurança do corpus social. Ainda mais quando esta estupidez é aureolada pelos elementos sedutores da mídia, que, em sua insensibilidade, pretende ser a mensageira do que é certo e necessário.

Sendo o Brasil um país alcunhado de “Pátria de chuteiras”, é notório que o futebol tenha seu status esportivo em primeira posição. Assim como os que estão nele envolvidos. E, tratando-se de seleção brasileira, sua atuação social se amplia. É aqui que as condutas de seu técnico e de seus jogadores passam a ser mais observadas e julgadas pelos torcedores, que emitem suas opiniões sobre elas. Muitas destas condutas até aplaudidas e imitadas.

A conduta do técnico da seleção brasileira, Dunga, depois do quarto gol da seleção brasileira contra a torcida baiana, que se opunha ao seu método de conduzir a partida contra a seleção do Chile – que perdeu de 4×2 -, gritando ensandecido aos berros, cheio de ódio: “Filho da puta!”, mostrado para todo Brasil, e outros países, nos joga para a evidência lógica da máxima freudiana. Trata-se de um comportamento de uma pessoa insegura, cheia de ódio, que, para não ser descoberta em sua fraqueza, usa um dos recursos mais velhos recorridos pelos covardes: a violência. Como diria o filósofo Nietzsche: a reação da “besta loura” que, acometida da impotência do niilismo, espreita na escuridão de seu medo, aquele que considera seu inimigo pronto para dar o bote da vingança. “Um homem perigoso”, diria o alemão teatrólogo Brecht. Uma reação nazi-fascista em pleno estádio de futebol, em um país vivendo uma racional democracia, que busca com todos esforços combater a violência.

Mas Dunga, como agente da brutalidade, não se encontra só. Além de seus auxiliares deprimentes, que compõem o quadro jornalístico que lhe ampara e incentiva, ele conta também com a companhia de alguns jogadores, seus sócios nesta confraria do ódio e da dor. Jogadores que expressam claramente suas inseguranças e frustrações quando se encontram em campo, fazendo uso da violência como se qualquer jogada adversa fosse uma ameaça às suas integridades psíquicas, capaz de revelar o quanto são inferiores e medrosos. Entre estes jogadores, encontram-se Lúcio, Daniel Alves, Luizão, Luiz Fabiano, Felipe Melo, jogadores perigosos para um esporte que é tido como uma esporte solidário de grande força de comunhão social. Mas, para eles, é como se fosse um território propício para sublimarem suas ansiedades angustiantes.

Como Dunga, estes seus comandados não têm alegria, pois lutam o tempo inteiro para não deixar vazar seus medos, por isso as partidas que disputam são sempre deprimentes. Não somente porque são inferiores técnica e taticamente, mas porque estão aprisionados em seus corpos vitimados pelo medo de se fazerem confiáveis e reflexivos. O que os tornaria solidários e amigos, tudo que lhes causa pavor.

OUTRO NATAL COMUNITÁRIO DO PAPAI NOELSON

.“Eu falei pra você que ele.

.existia; ele veio e ele está aqui.”.

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Clique nas imagens para vê-las de perto.

Natal é nascimento. Natal é surgimento do Novo. E é por isso que Nelson Rocha, sua companheira Vitória, seus filhos, vários amigos e várias famílias da comunidade do Núcleo 5 da Cidade Nova, zona Norte de Manaus, todos entrando num comprometimento comunitário, no dia 24 de dezembro, todo ano envolvem-se com a alegria de compartilhar uma farta distribuição de sorvete em alguns bairros de Manaus. Este ano de 2008, foram 30 mil copinhos, tudo produzido com materiais doados por comunitários na fábrica de sorvetes Sempre Frio, da qual Nelson é proprietário. Mas agora ele já vai Papai Noelson…

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Vitória, batizada comunitariamente de Mamãe Noelson, que auxilia em todos os preparativos para a caminhada e é a responsável direta pela barba do Papai Noelson, nos falou de suas emoções na organização do evento:

É muito importante o evento. Agora vai ficar igual o carnaval, todo ano, já faz parte do nosso calendário anual. Você é que ganha o presente vendo tanta gente feliz. Só quem participa pra ver tanta emoção. Eu ainda repito, eu digo pro Nelson quando ele falou: “Vamos vê, parece que não vai ter, porque esse ano tá difícil.” “Nelson como é que vai ser o nosso Natal? E o Papai Noel? O que a gente vai fazer?” Não gosto nem de pensar, se a gente vai ficar em casa eu não vou olhar nem lá fora. Porque é muito importante. A gente vê que a gente vai chegando nos cantos e eles já estão: “Olha, eles vieram de novo, eles vêm todo ano. É bem pouquinho, mas é uma gota no oceano o que a gente faz, mas é o que nós podemos fazer. E com certeza naquele copo de sorvete vai amor, porque só amor mesmo pra fazer o que a gente faz, só amor.

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Eu já nem acho mais difícil a organização. A única coisa difícil é a falta de grana. Pra mim já se tornou assim corriqueiro, só que às vezes falta mais é grana. Agente fica muito apertado. A gente sabe que precisa do vil metal pra fazer qualquer coisa. Mas a gente apertou de um lado, e apertou do outro, ajuntou, e deu, acabou dando. Fazer a barba do Papai Noel, que eu já tô ficando craque, o Papai Noel descoloriu três vezes a barba e o cabelo, foi descolorindo aos poucos, é um sacrifício. Pra mim a parte mais difícil é a barba do Nelson. Mas é bom o evento, é maravilhoso. A gente consegue tirar o pessoal de casa dia 24, uma data que o pessoal quer tá fazendo a ceia, quer tá no salão. Pergunta se eu quero faltar? A gente consegue mobilizar, é incrível, mas consegue. O pessoal liga, se preocupa: Vitória, e aí, tá certo? Vitória, eu tô indo, que horas eu vou? Em que eu posso ajudar? Então é muito bom, vale a pena.

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Durante o transcurso pelos quatro bairros — Núcleo 5 da Cidade Nova, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Novo Aleixo e Parque São Pedro (conhecido como invasão da Carbrás) — este bloguinho acompanhou a caravana Papai Noelson e registrou, além das imagens, também algumas falas do solidário encontro natalino:

É muito bom porque alegra as crianças, é uma grande coisa que eles estão fazendo, que deus abençoe eles.

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Meu nome é Loira e eu acho excelente a idéia deles porque as crianças ficam fascinadas, desde o início da manhã que nós estamos observando elas se preparando pro evento.

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Eu acho muito legal, porque tem muita criança, coitada, que quer tomar um sorvete e não pode. Não só aqui como lá em baixo. Lá em baixo é muito bom, aqui tem pouca criança, mas lá tem muita criança. Tá vendo essa menina aqui, a gente foi buscar no orfanato pra passar o final de semana, o natal e o ano novo. Então é um modo de ajudar. Todo mundo fazendo sua partezinha é igual como uma formiguinha, fazendo sua parte, graças a deus, todo mundo chega lá. (Dona Socorro)

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Ah! é muito importante sim, essa data é muito importante, todas as crianças gostam, ficam felizes, é só ver a quantidade de criança correndo atrás do carro. Tem criança que não tem nada mesmo e ganha sorvete, é muito bom. Acho muito bom pras crianças, e a gente que é adulto também não vai dispensar um sorvetinho. (Amélia)

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Conversamos também com algumas pessoas envolvidas nessa atividade, juntamente com Nelson e Vitória, algumas que entraram recentemente e outros que já estão há muitos e muitos anos nessa caminhada, como o casal Franciane e Mota.

Franciane: Participação nossa é que a gente ajuda a entregar os ofícios, agilizar, quando não tem nenhum policiamento a gente liga. Eu tô desde o primeiro ano. Eu conheci o Nelson na Beijo Frio, primeiro, no tempo que existia a sorveteria na Djalma Batista. Ele realmente foi o cupido e eu tô há tantos anos com o meu marido, 15 anos.

Noelson 2008 42 por você.

Mota: Ele foi o cupido na caminhada na caminhada de namoro. Conheço o Nelson há 22 anos. Há 20 anos atrás nós conhecemos o Nelson, na época era a Beijo Frio, que hoje passou a Sempre Frio. O sorvete foi tão bom que fez com que eu casasse com ela, e continua bom. Começamos a distribuir sorvete pras pessoas carentes em 2002 e até hoje, graças a Deus nós somos felizes, eu e minha esposa acompanhamos essa carreata com eles. E espero que deus abençoe ele sempre nessa caminhada. Estamos com ele nesse percurso. Abençoe ele a cada ano, eu, minha esposa e meu filho pra conquistar essa batalha.

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O companheiro Evilásio, que acompanha o Nelson desde criança, fala de sua relação com ele e de sua experiência em todos esses anos de Papai Noelson:

Quando eu tinha 12 anos eu fui morar com ele. A minha carteira foi assinada quando eu tinha 14 anos. Com 16 anos eu saí e montei meu próprio negócio e fiquei comprando sorvete dele… Essa caminhada eu faço com ele há vários anos, praticamente desde o início. Como voluntário, porque não tem mesmo nenhuma forma de pagamento, é por amor mesmo. É muito importante, muitas pessoas, as crianças correndo atrás de um sorvete. A felicidade no rosto de cada criança quando recebe o sorvete. É uma alegria tremenda.

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Enfim, para falar desse ato todo, que envolve toda a comunidade, crianças e jovens participando ativamente na distribuição, a criançada que corre e também os adultos que, como disse Amélia um pouco acima, não dispensa um bom sorvete, acompanhado da subjetividade de um encontro coletivo de amizade, de verdadeira solidariedade, de amor, afeto, comunhão, com a palavra Papai Noelson:

Nós fizemos, não gastamos nada, a comunidade toda participou, assim como no ano passado, esse ano muito mais forte ainda. Até o carro de som foi só a gasolina. A festa foi bem organizada, sem desperdício, deu para entregar sorvete pra todo mundo, não faltou sorvete na carreata toda.

Noelson 2008 52 por você.

Eu acho importante que a desqualificação, a desclassificação que a mídia nacional tem imposto ao cidadão, deveríamos ter um Lula morto, um Lula sem expressão, um país falido, uma situação econômica ruim do país, juntando com essa “crise”, e eu digo aspas porque essa crise não é mundial, ela é de lá. Então eu vejo o eleitor nosso, brasileiro, já não está ouvindo tanta ladainha, como diz o Paulo Henrique Amorim, do PIG – Partido da Imprensa Golpista. Crescemos muito, sabemos dar nosso valor agora à situação real que nós vivemos, independentemente de nós ouvirmos na televisão, no rádio, no jornal, na imprensa escrita, televisiva.

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É maravilhoso, não tem mais efeito, não tem mais nada, nós estamos aqui, o povo tá vendo, o povo tá consciente, o povo tá coerente, deixamos de ser miseráveis, de ser pobres demais, participamos de uma classe média ainda um pouco baixa, mas daqui pra frente com um acesso de poder evoluir, crescer mais, e que venha terceiro, quarto, quinto, décimo, até o Lula morrer, ou que venha a Dilma Roussef, que o cara vai elegê-la com certeza, e que depois venha Lula de novo…

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USAR O CONTROLE REMOTO É UM ATO DEMOCRÁTICO!

EXPERIMENTE CONTRA A TV GLOBO! Você sabe que um canal de televisão não é uma empresa privada. É uma concessão pública concedida pelo governo federal com tempo determinado de uso. Como meio de comunicação, em uma democracia, tem como compromisso estimular a educação, as artes e o entretenimento como seu conteúdo. O que o torna socialmente um serviço público e eticamente uma disciplina cívica. Sendo assim, é um forte instrumento de realização continua da democracia. Mas nem todo canal de televisão tem esse sentido democrático da comunicação. A TV Globo (TVG), por exemplo. Ela, além de manter um monopólio midiático no Brasil, e abocanhar a maior fatia da publicidade oficial, conspira perigosamente contra a democracia, principalmente, tentando atingir maleficamente os governos populares. Notadamente em seu JN. Isso tudo, amparada por uma grade de programação que é um verdadeiro atentado as faculdades sensorial e cognitiva dos telespectadores. Para quem duvida, basta apenas observar a sua maldição dos três Fs dominical: Futebol, Faustão e Fantástico. Um escravagismo-televisivo- depressivo que só é tratado com o controle remoto transfigurador. Se você conhece essa proposição-comunicacional desdobre-a com outros. Porque mudanças só ocorrem como potência coletiva, como disse o filósofo Spinoza.

Acesse esquizofia.wordpress.com

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CAMPANHA AFINADA CONTRA O

VIRTUALIZAÇÕES DESEJANTES DA AFIN

Este é um espaço virtual (virtus=potência) criado pela Associação Filosofia Itinerante, que atua desde 2001 na cidade de Manaus-Am, e, a partir da Inteligência Coletiva das pessoas e dos dizeres de filósofos como Epicuro, Lucrécio, Spinoza, Marx, Nietzsche, Bergson, Félix Guattari, Gilles Deleuze, Clément Rosset, Michael Hardt, Antônio Negri..., agencia trabalhos filosóficos-políticos- estéticos na tentativa de uma construção prática de cidadania e da realização da potência ativa dos corpos no mundo. Agora, com este blog, lança uma alternativa de encontro para discussões sociais, éticas, educacionais e outros temas que dizem respeito à comunidade de Manaus e outros espaços por onde passa em movimento intensivo o cometa errante da AFIN.

"Um filósofo: é um homem que experimenta, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente coisas extraordinárias; que é atingido pelos próprios pensamentos como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, como por uma espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele pode ser alvo; que é talvez, ele próprio, uma trovoada prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal, em torno do qual sempre ribomba e rola e rebenta e se passam coisas inquietantes” (Friedrich Nietzsche).

Daí que um filósofo não é necessariamente alguém que cursou uma faculdade de filosofia. Pode até ser. Mas um filósofo é alguém que em seus percursos carrega devires alegres que aumentam a potência democrática de agir.

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