O invejoso tem como seu fator de base ressentido dois dilacerantes propósitos. Um ficar “feliz” quando confirma que a pessoa que ele inveja sofre, e, outro, quando confirma a morte dessa pessoa que ele inveja. Enquanto esses dois propósitos não se realizam ele é total angústia desesperada. Angústia como uma ameaça constante que lhe impede de atuar mesmo de forma tíbia. Porém, para ele é melhor invejar do que se mostrar tibiamente em seus atos, visto serem atos desnecessários para a sociedade.
Como é fácil entender, mas impossível aceitar, o invejoso quer, oral-paranoicamente, o que o outro tem e que ele considera como valor, mas como é tíbio, não pode ter. Daí ele inveja e culpa o outro por seu sofrimento. O invejoso é totalmente destituído da potência como capacidade de suplantar obstáculos, como diz o filósofo Kant, por isso, mesmo que fosse possível – o que não é ainda bem – o invejado transferir sua riqueza ontológica para o invejoso, ele nada poderia fazer, porque sua natureza é tíbia, inerte. Em palavra mais realística: ele é o puro ressentimento.
Com essas enunciações que mostram o modo de ser invejoso, é possível entender porque as direitas invejosas alucinam e deliram o fim do Partido dos Trabalhadores (PT). O PT é o único partido político do Brasil que não foi organizado por uma família, um grupo econômico, por empresários, por fundamentalistas, ou seja, por entidades com objetivos particulares. Códigos estratificados pelo sistema capitalista que afasta a práxis das políticas públicas fundamentalmente distributivas.
O PT nasceu do encadeamento de potências coletivas, como forma de subjetivação, que se expressava em gradientes a-significante e a-sujeitado. Inteligência coletiva como rede de produção de desejos fundante de uma democracia-constitutiva. Em uma língua mais compreendida: produção de desejos socializantes. O agenciamento de enunciações coletivas PT carregou códigos dos trabalhadores, atrizes, atores, produtores cultural filósofos, professores, sociólogos, economistas, donas de casas, estudantes, médicos, psiquiatras, psicólogos, engenheiros, urbanistas, arquitetos, jogadores de futebol, locutores, jornalistas entre outras enunciações. Daí porque Política, Estética e Ética são seus corpos sociais que afirmam sua singularidade.
Com esse corpo produtivo composto pelas mais ativas existências que emanaram no fim da década de 70 e começo da década de 80, o PT pensou o Brasil presente e futuro se tornando a estrela, que não se queria guia, mas um corpo com luz própria sem precisar do sol da “política” dominante que iluminava e ilumina os partidos conservadores e reacionários. Em verdade, o sol-capitalista.
Com o passar dos anos o PT foi realizando sua atuação como partido político e ocupando cargos legislativos e executivos com administrações eminentemente populares o que permitiu, também, a eleição de Lula duas vezes presidente. Entretanto, durantes esses percurso o partido agregou em seu quadro indivíduos indigentes cognitivos, sensoriais e éticos, fortemente incapazes de compreender a essência do partido compostas pelas insignes personagens que lhe conceberam a existência. Essas indigências possibilitaram aos invejosos elementos para a externarem suas invejas arrolando todo o partido.
Essas invejas apanharam alguns membros do partido que saíram pousando de mais éticos que seus criadores. Na verdade, só mostraram suas indigências cognitiva, sensorial e ética, porque não entenderam que a essência do partido continua. Sua singularidade não mudou. Os princípios básicos do socialismo continuam como corpo do partido. Esses indigentes, moralmente burgueses, só confirmaram que nunca entenderam os pressupostos do partido como entenderam a filósofa Marilene Chauí e o professor e cientista político Emir Sader, entre outros superiores, que permaneceram no partido.
Pois bem, a inveja das direitas aumentou ainda mais, mas não move moinhos. Aliás, não move nem a si. Durantes essas décadas passadas ele, compulsivamente, se deu ao inútil trabalho em querer acabar com o PT. Como mídia alucinada e delirante, ela, paranoicamente, teceu todos os tipos de trama sórdida para atingir o partido. Porém, como o inativo é um corpo morto e o ativo vivo, não há possibilidade de composição entre os dois. Resultado: o PT continua no gosto da maior parte da população brasileira, como partido político.
Demonstração cruel para os invejosos. Pesquisa realizada pelo instituto Vox Populi mostrou que somente 12% da população odeiam o PT. É fácil compreender quem são esses 12%. Os invejosos; é mais do que lógico. Até a lógica aristotélica confirma.
Com essa realidade grandemente democrática que mostra o PT como o partido mais respeitado pela população, obriga parafrasear o dito popular: Por muito tempo os invejosos vão ter que engolir o PT.
Leitores Intempestivos