Vinte casas, por vota das 20:00 h da noite de ontem, sábado, 23 de março de 2013, foram inundadas. Não bastasse a quantidade de água que caiu sobre a cidade nesse dia e que causou prejuízo para inúmeras pessoas, agora a água está saindo de buracos e crateras da terra.
De janeiro para cá, pelo menos três vezes, as adutoras da antiga COSAMA, depois Águas do Amazonas e agora Manaus Ambiental já romperam e deixaram rastros de prejuízos enormes para os moradores atingidos.
Só nessa área, em três dias, é o segundo rompimento. As pessoas que moram no raio itinerante por onde passam os enormes canos estão apreensivos. A qualquer hora temem morrer afogados. Crianças e idosos são os mais propensos a se afogarem nesses “tsunamis” urbanos, resquícios de políticas irresponsáveis criadas por governantes irresponsáveis.
A questão da água na cidade de Manaus é uma questão séria. Assim como os buracos nas ruas.
Com relação a água, não é de hoje que a população sofre com o desabastecimento.
O ex-prefeito cassado da não cidade de Manaus, Amazonino Mendes, durante o período que desgovernou nosso Estado, dentro da política neoliberal defendida por seus amigos paulistas Fernando Henrique Cardoso, José Serra, seu amigo mineiro Aécio Neves “vendeu” a COSAMA, antes conhecida como COLAMA, para empresários franceses que veem se apropriando de um bem precioso e que será motivo de tensões políticas e econômicas no século XXI que é a água, como diz Ignacio Ramonet, jornalista, filósofo e diretor do Le monde Diplomatique.
Quando os franceses pegaram o manancial de água potável, pra enganar caboclo, batizaram a empresa como ÁGUAS DO AMAZONAS. Assumiram compromissos de abastecer a cidade toda. Isso não aconteceu. Vereadores já constituíram CPIS para investigar a negociação e nada. Já assinaram acordos de repactuação e nada. A água que abastece a Zona Norte é o resultado da política social empreendida no governo do Presidente do povo brasileiro, Lula.
Pra mudar a imagem negativa depois de tanto alagamentos causados pelos seus dutos, seguindo orientações neoliberais, mudaram o nome da empresa para MANAUS AMBIENTAL assim como Fernando Henrique Cardoso queria mudar o nome da PETROBRAS para PETROBRAX.
A MANAUS AMBIENTAL vem causando verdadeiro prejuízo ao ambiente. Além de alagar as casas leva muita lama para as residências, fazendo com que a MANAUS AMBIENTAL volte a ser a verdadeira e reconhecida COLAMA.
O cassado, Amazonino Mendes vendeu ainda o Banco do Estado do Amazonas para o BRADESCO e tendo seu interesse voltado para o negócio aqüífero, entregou o porto de Manaus para a família Di Carli que enriqueceu explorando um serviço que é de responsabilidade do governo federal, mas que por aqui, pessoas como esse “político” entendem que se trata de um bem pessoal e fazem o que querem.
E Amazonino, o cassado, sempre entendeu assim, tanto é que ia construir um camelódromo numa área privativa do governo federal às margens do Rio Negro, tendo já toda a estrutura de ferro gusa montada para a obra. Só que se deu mal. O grupo Uai de Minas perdeu porque o governo federal através do Ministério Público Federal resolveu agir.
O governo federal também resolveu agir e está retomando o porto que é operado pelos Di Carli. O governo não só deve operar como deve resgatar o dinheiro que enriqueceu essa família e políticos incentivadores da trapaça. Com a desapropriação inúmeras pessoas serão prejudicadas, fruto de erros que não podiam ter sido produzidos.
Assim é Manaus, uma não cidade e seus “políticos”, seus buracos, água que caem em abundância das chuvas diárias, água que sai da terra, mas que falta nas torneiras das residências da população que paga caro e ainda tem que passar a noite tirando lama de suas casas.
Leitores Intempestivos