Archive for the 'Preconceito' Category

DILMA: “A CEGUEIRA POLÍTICA DE TEMER NO PROGRAMA DO RATINHO”

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Poderíamos insinuar que o golpista Michel Temer delatado por vários executivos de empreiteiras e depois da estrondosa greve de mais de quarenta milhões de trabalhadores no Brasil no dia 28 de abril de 2017 esteja sentindo o soco que o levou a nocaute. Está zonzo.

Mas não é isso, Michel Temer, segundo a presidente Dilma Rousselff, é “ilegítimo, misógino e tacanho.”

A presidente Dilma Rousseff eleita com 54.501.118 nesta noite de domingo, véspera do dia do Trabalhador rebateu as palavras misóginas e tacanhas do ilegítimo Michel Temer pronunciadas no SBT numa entrevista para o apresentador Ratinho contratado para ser o garoto-propaganda das desformas rechaçadas por mais de 92% dos brasileiros. Na entrevista, o ilegítimo insinuou que o Brasil entrou em crise porque Dilma não tinha marido. “É estarrecedor que no século 21 um presidente, mesmo ilegítimo, tenha opiniões tão tacanhas, rebaixadas e subalternas sobre o papel da mulher na sociedade brasileira”, disse a presidente do povo brasileiro.

Dilma aproveitou para divulgar na noite deste domingo uma nota rechaçando as declarações do misógino, ilegítimo que também é autor da sentença machista, preconceituosa: “Bela, recatada e do lar.

Dilma: “A cegueira política de Temer no Programa do Ratinho”

A entrevista do senhor Michel Temer ao apresentador Ratinho é um primor de misoginia e patriarcalismo.

É estarrecedor que no século 21 um presidente, mesmo ilegítimo, tenha opiniões tão tacanhas, rebaixadas e subalternas sobre o papel da mulher na sociedade brasileira.

Sua fantástica cegueira política e seu imenso conservadorismo o impedem de ver a importância das lutas e a realidade das conquistas obtidas pelas mulheres brasileiras obtiveram ao longo das últimas décadas.

As mulheres brasileiras não merecem que um golpista, líder de um governo que está impondo o retrocesso social e econômico mais impiedoso sobre o nosso país, venha, mais uma vez, a público e manifeste suas opiniões machistas ultrapassadas.

O Brasil precisa de eleições diretas já!

Dilma Rousseff

 

EPITÁFIO PARA A TRABALHADORA MARISA LETÍCIA LULA DA SILVA SACADO DO EPITÁFIO PARA GORKI DE BERTOLT BRECHT

 

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Neste momento de dor, difícil, expressamos ao maior e melhor de todos os presidentes do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva e a toda  família brasileira que sente a passagem da trabalhadora, Dona Marisa Letícia, força para continuarmos na luta contra o medonho, as injustiças, os assassinos da democracia brasileira.

Aqui jaz

O enviado dos bairros da miséria

O que descreveu os atormentadores do povo

E aqueles que os combateram

O que foi educado nas ruas

O de baixa extração

Que ajudou a abolir o sistema de Alto e Baixo

O mestre do povo

Que aprendeu com o povo.

 

 

 

“MULHERES APANHAM PORQUE NÃO RESPEITAM MARIDOS”, AFIRMA MÉDICO DO DF. SIMONE DE BEAUVOIR DIZ ELAS NÃO FIZERAM ESCOLHA UNIVERSAL

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 O homem é livre para escolher. Sendo assim, ele é responsável por suas escolhas, por isso não há desculpas, visto que todas as escolhas são realizadas como ação em situação. O que confirma que a consciência que escolhe, escolhe comprometida. O que faz com que toda escolha seja um compromisso universal, já que a realidade humana é para todos. É o que nos mostra a filosofia existencialista.

  O médico cardiologista do Distrito Federal, de 63 anos, Luiz Antônio Rodrigues Águila, afirmou, em defesa de seu filho que agrediu sua mulher grávida de quatro meses, postou em seu Facebook a afirmação, (depois apagou) que “as mulheres apanham, porque desrespeitam seus maridos”.

   “Sabem porque (sic) tantas mulheres apanham? Porque desrespeitam seus companheiros. Respeitem e serão respeitadas. Nossas avós não apanhavam porque respeitavam. Respeitar é fundamental”, afirmou o médico falocrático, inimigo de Hipócrates.

     Não precisa discorrer sobre o sintoma apresentado pelo médico, já que esse tipo de discurso e prática se viu e ouviu sendo expressado pela parte reacionária, invejosa e odiosa da sociedade brasileira contra a presidenta Dilma. Trata-se de misoginia. O conflituoso ódio contra as mulheres. Sintoma resultante de experiências cruéis com a representação da mãe, sempre coadjuvada com o auxílio do símbolo falocrático: o pai. Para Lacan: a Lei. O menino, ou a menina, que não pôde construir uma imago oblativa da representação da mãe, em sua vida adulta, se apresenta em companheirismo às mulheres. O amor compromissado. Não compromisso reduzido à família, “o que se fecha no casal ou na família”, como diz o filósofo Toni Negri, mas o amor que “constrói comunidades mais vastas”.

    O misógino odeia as mulheres como reflexo da humilhação que sofreu da mãe. Daí que todas as mulheres surgem como investidas da mãe-cruel. Eles casam, têm filhas, porque coito e esperma não significa adoção filial, mas não são felizes com elas. Elas são mulheres. Entende-se que todo misógino tem conflitos fortíssimos em relação a sua sexualidade. O conflito com a mãe impediu o transcurso sexual que lhe levaria a sexualidade adulta. A vingança-sádica-erótica é perseguir as mulheres e espancá-las. Elas são frágeis fisicamente agora que eles a agridem, mas a mães era forte. Aí o nascedouro do ódio contra as mulheres. O que é diferente em relação a agressão a um homem. Aí a misoginia não tem função, posto que o homem, ameaça inimiga, é o prolongamento de seu desejo investido no Pai-Lei.

     O médico, denegação de Hipócrates, afirma que às “avós não apanhavam porque respeitavam”. Moralina falocrática-fálica. Essas mulheres que ele mostra como “respeitadoras”, apanhavam e calavam. Tinham medo. Ou não apanhavam porque era anuladamente submissas. Além de que havia toda uma subjetividade hominista – nada a ver com macho. Macho é gênero, assim como fêmea, mas com homem e mulher que é cultural – que respaldava a violência do alcunhado marido. Uma subjetividade de homens frustrados, recalcados, apavorados com a potência do sexo, sublimavam ou batendo nas mulheres ou acusando-as de responsáveis por suas impotências. Um verdadeiro desfilar da ordem que foram submetidos quando crianças ao agenciamento coletivo de enunciação que os tornaram eunucos ontológicos. E que ainda persiste ainda hoje. 

   O enunciado hominista do médico cardiologista, que é de travar o coração, explica porque seu filho espancou sua mulher grávida de quatro meses ( se não tivesse grávida, mesmo assim a psicopatologia misógina ficaria caracterizada). Mas tem um enunciado que também deve ser sentido como preocupante: a criança que vai nascer. Um avó e um pai misógino. Como perguntaria Marx: qual mundo social vai servir de elementos constitutivos para a criação dessa criança? Qual mundo social vai troná-lo herdeiro da Terra? Segundo a mãe-gravida, Luiz Antônio Rodrigues Águila também bate em sua sogra. Na sabedoria popular: tal pai ta filho. Ou segundo Freud: A criança é o pai do homem.

        “No dia 27 de novembro ocorreu a agressão. Ele me chutou, me agrediu na barriga e na nuca. Quase oerdi meu filho. Estou em cima de uma cama pelo menos 30 dias para salvar o meu bebê.

         O pai dele estava tentando justificar a agressão do filho. O pai dele batia na minha sogra. O filho reproduz o que aprendeu em casa”, afirmou a mãe-agredida, Luciana Chaves.

     A filósofa Hannah Arendt diz que só deve ter filhos e participar em sua educação, como professores, quem for responsável pela história do mundo. Caso contrário, procure outra ocupação. O misógino não tem qualquer preocupação com o mundo. A preocupação com o mundo significa comprometimento coma a vida. O misógino, que é um dos corpos básicos do nazifascismo, cultua, através de seu estado misógino-paranoico, a destruição do outro, a tanatosfilia. O amor pela morte. Ele não acredita em uma sociedade justa em que todos sejam sujeitos-criativos da história.

     O médico foi mais um tagarela que impulsionado pelo corpo misógino se projeta sobre a mulher. Não qualquer diferença do seu tagarelar do tagarelar “mulher é estuprada, porque provoca o homem com essas blusinhas, essas sainhas curtas”. Tagarelar que confirma a impotência sexual do estuprador virtual ou real.

      Já para a filósofa existencialista, amor necessário do filósofo da liberdade Sartre, Simone de Beauvoir, é questão é de escolha. Como toda escolha compromete a totalidade da realidade humana, uma mulher quando escolhe um homem escolhe por todas as mulheres. Assim, como todo homem que escolhe uma mulher escolhe todas as mulheres. Toda escolha é universal. Esse o comprometimento da escolhe em liberdade.

     Se uma mulher escolhe um canalha, um golpista, um trapaceiro, um um cafageste, um corrupto, um, um vaidoso, um ambicioso, um exibicionista, etc., ela, como é um ser universal, escolhe para as outras mulheres esses tipos de cúmplices. Porque é assim que ela ver e entende sua realidade particular que é transferida para as outras mulheres. É por tal comprometimento que essa história de amor compensatório, eu vi nele um “quê” que não vi em outros, é pura sublimação fantasiosa. O amor, como diz Spinoza/Marx/Sartre, é produção. E produção é práxis e poises racionais.

     Se não houver razão comprometida com a realidade humana, o mundo-historicizado, mas impulso pessoal, não há amor. Aí se mostram Hannah Arendt e Beauvoir, não há compromisso histórico e nem engajamento otológico. 

     Enquanto o engajamento histórico-ontológico não se faz realidade necessário, a justiça, através da Delegacia de Atendimento à mulher (Deam) da Polícia Civil investiga o caso. Que já encontrou duas ocorrências contra o médico cardiologista que dissipou o coração como símbolo da amizade.

BOLSONARO CONTINUA CONDENADO POR OFENSA MISÓGINA A DEPUTADA MARIA DO ROSÁRIO

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Em dezembro de 2014, o deputado racista, homofóbico, misógino Jair Bolsonaro (PP/RJ) ao discutir com a deputada Maria do Rosário (PT/RG) em sessão no Congresso Nacional, afirmou que não estupraria porque ela é feia e não fazia seu tipo. O que se pode inferir da misoginia do racista deputado é que se ela fosse bonita, nos padrões dele, ele não dispensaria o estupro. Logo, sua índole é de estuprador.

 “Ela é muito ruim e muito feia. Não faz meu gênero, jamais a estupraria”, afirmou o misógino.

A deputada entrou com processo contra o deputado homofóbico no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Território (TJDFT) e ele foi condenado. Porém ele recorreu afirmando que o que havia ocorrido eram divergência de cunho político.

Agora, o TJDFT se reuniu para analisar sua defesa e por unanimidade resolveu manter a primeira decisão. O amigo do “impoluto” Eduardo Cunha vai ter que pagar indenização por ofensa e ainda escrever uma carta de retratação e publicá-la.

Em sua decisão a juíza Tatiana Dias da Silva afirmou que não foram divergência de cunho político que levaram Bolsonaro, para ela as ofensas têm teor ofensivo e ataque ofensivo à autora na sua condição de mulher. O taque visa “diminuir e abalar intencionalmente sua honra”.

A deputada também entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação criminal pedindo a condenação do misógino-deputado por crime de injúria e calúnia. O relator da ação é o ministro Luiz Fux.

 

APLICATIVO NA INTERNET VAI ACABAR COM OCULTAÇÃO E IMPUNIDADE DOS RACISTAS, MISÓGINOS, HOMOFÓBICOS, TODOS QUE DESTILAM SEUS ÓDIOS NA REDE

cca0616e-1f3e-462d-b67b-13767fcedd92Não são as ferramentas cibernéticas responsáveis pela proliferação de ódio nazifascista no ciberespaço. No espaço virtual-internet. Elas apenas servem para veicular as taras psicopatológicas que aprisionam os personagens nazifascistas que como subjetividade a-histórica do terror, existem há muitos séculos. Os nazifascistas de hoje só reverberam taras que se encadearam nos transcursos cronológicos das sociedades opressoras. 

Como são ferramentas que trabalham em um universo onde o espaço e o tempo, que proporcionam a experiência tridimensional, foram dissipados, desrealizado, criando a ilusão da existência de outro mundo, o mundo virtual, esses personagens psicopatológicos também fragmentaram suas experiências do real acreditando que são invisíveis e inatingíveis. Ou seja, embora atuem com seus atos odientos no real, imaginam que eles se volatizem fazendo com que fiquem ocultos e impunes. Acreditando, também, que a moral resultante da experiência direta com o outro, foi dissipada, permitindo qualquer tratamento ofensivo aos que lhe parecem como inimigos.

Miserável crença psicótica. Os nazifascistas-cibernéticos, em seu mundo dissipado, como diz o filósofo Baudrillard, não sabem que embora o universo virtual seja hoje o nicho das teletecnologias a realidade nascida da experiência direta entre os homens através de seus sentidos e razão que constroem suas representações mentais e suas linguagens, ainda prevalece. O real como meio das relações concretas entre as pessoas ainda predomina.

E como o real, meio das relações entre as pessoas predomina, consequentemente suas leias também regulam os comportamentos de todos que se encontram nesse meio. Até dos que acreditam que estão protegidos e impunes em suas acrópoles-virtuais. Sabedor dessa psicopatologia-cibernética, o Laboratório de Estudos de Imagem Cibercultura da Universidade Federal do Espírito Santo criou um aplicativo que pode ser usado na internet para monitorar os discursos psicopatológicos postados pelos nazifascistas na rede. O que significa na ordem do real que os emissores de discursos racistas, misógino, homofóbicos, todos os discursos que têm como suporte o ódio, serão rastreados para que seus responsáveis sejam descobertos e punidos.

O aplicativo que foi criado a pedido do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, tem o nome de Monitor de Diretos Humanos. Ele tem a função de rastrear conversas que carreguem mensagens de violência contra negros, índios, mulheres, imigrantes, gays, lésbicas, travestis e transexuais.

O Que Você deve fazer diante do Crime Cibernético.

  1. Guarde todas as provas e indícios possíveis.
  2. Tire fotos das denúncias “print screen” e imprima o material.
  3. Registre a denúncia com maior número de detalhes.
  4. Não compartilhe ou replique comentários ofensivos.
  5. Crie uma rede de proteção às crianças vítimas. Não permita que ela fique exposta aos comentários nas redes sociais.
  6. Onde Você pode Denunciar.
  • Safernet.
  • Canal do Cidadão do MPF.
  • Disque 100.

Não esquecer que embora dissipados na aura-psicótica do universo-virtual, os nazifascistas-cibernéticos ainda não se desmaterializaram e continuam perambulando e entulhando o mundo real-perceptivo como sujeitos do Estado. Possuem documentos como Carteira de Identidade e CPF, o que lhes fazem sujeitos às leis da sociedade concreta.

Então, é acionar o aplicativo Monitor de Direitos Humanos neles!

VAMOS FALAR SOBRE GÊNERO?

IMG-20150915-WA0013Por: Brenda Oliveira*

Existem muitas características que nos tornam diferentes um dos outros ao passo que somos muito parecidos em outros aspectos. Dependendo da localidade onde nascemos e nos desenvolvemos adquirimos características bem diferentes em relação a uma região bem próxima da nossa. A escolaridade, a religião e a cultura nos fazem tão diversos.

Desde criança somos ensinados se comportar de maneira a corresponder às expectativas que foram colocadas no momento da nossa concepção. Se nascermos com uma vagina nossos pais nos ensinam tudo o que uma menina deve fazer e nós devemos seguir a risca esse padrão, ou contrário, seremos confundida com outro gênero, e isso é inaceitável.  

Crescemos dentro de uma perspectiva, que meninos jogam bola e meninas brincam de boneca, e nenhum pode entrar na brincadeira do outro. É como se em duas caixas fossem colocados os papéis de menina e os papéis de meninos. Cada um só pode usar as características das caixas que correspondem ao seu gênero imposto no momento do nascimento. Se alguém ousar sair da regra pode sofrer várias consequências.

Observamos isso de forma muita clara na sociedade, onde os papéis de gênero são construídos socialmente. Ser mulher é uma construção social, assim com o ser homem também é uma construção e isso nada tem a ver com o genital.

Para a biologia, o sexo é definido pelo tamanho das suas células reprodutivas (pequenas: espermatozoides, logo, macho; grandes: óvulos, logo, fêmea), e só. Mas isso não define um comportamento feminino ou masculino a forma como vou me colocar no mundo, a forma como meu gênero será imposto e como será minha expressão de gênero.  Isso varia conforme nossa cultura.

O conceito de ser homem e ser mulher é diferente em cada cultura, assim o que é considerado papel de mulher na Islândia pode ser considerado papel de homem no Brasil. Ser masculino no Japão é bem diferente de ser masculino no Brasil, por exemplo.

O gênero é social, e isso nada tem a ver com seus cromossomos ou o formato da sua genitália, tem a ver com o autoconceito, sua autopercepção. O papel de gênero que vamos adotar ou não independe de nossos genitais, está mais ligado à expressão social.

Se observarmos o tempo e a história, em algum momento passamos por mudanças e inversão de papel. Comportamos-nos como é imposto ao gênero oposto, seja em uma brincadeira de criança, ou seja, em caso de sobrevivência como foi para Maria Quitéria que se vestiu de homem para lutar na guerra da independência.

Dentro dessas nuances que é o ser humano, nasce a transexualidade. Atualmente o DSM V aponta a transexualidade como Disforia de Gênero, patologizante. Só que a transexualidade não é uma doença, não é contagiosa e muito menos uma perversão sexual. É uma questão de identidade de gênero. Vamos deixar claro aqui que nada tem a ver com a orientação sexual. A orientação sexual está no campo da afetividade, por quem ou por qual eu direciono minha libido, meu desejo sexual ou não. Transexualidade está no campo do autoconceito, da forma como me vejo e me coloco no mundo. Logo uma pessoa transexual pode ser hétero, bissexual, homossexual, pansexual ou assexuada.  

A transexualidade não é um capricho, podemos inclusive observar ao longo da historia. Para ser bem claro, mulher transexual é qualquer pessoa que reinvidica o reconhecimento como mulher. E homem transexual é qualquer pessoa que reinvidica o reconhecimento como homem, como bem definiu Jaqueline Gomes de Jesus.

O reconhecimento da identidade trans* ocorre ainda na infância para algumas pessoas, mas para outros ocorre ao longo da vida, principalmente na adolescência. Em sua maioria, tardam esse reconhecimento por diversos motivos, os principais são o preconceito (aqui vamos usar o termo transfobia, que é o termo usado dentro da comunidade T para se referir a discriminação de pessoas travestis e transexuais), repressão e a falta de conhecimento sobre o assunto.

Muitas mulheres trans* no inicio de sua identificação são lidas e se leem como homens gays afeminados e com os homens trans* a mesma coisa, no inicio são lidos como mulheres lésbicas masculinizadas.

Depois que chegam ao entendimento sobre sua identidade essas pessoas passa pela transição, ou seja, a adequação do corpo ao gênero com o qual se identifica. E graças aos avanços da medicina homens e mulheres trans* podem se hormonizar e alcançar um corpo igual ao de homens e mulheres biológicos, ou seja, cisgêneros. Isso claro, se a pessoa tiver dinheiro para custear todo o tratamento.

Do contrário o que o senso comum diz a cirurgia de adequação genital não muda o gênero. Como sempre diz Daniela Andrade, mulher transexual e ativista do movimento T no Brasil, “ninguém deita em uma mesa de cirurgia homem e levanta de lá mulher, assim como ninguém deita mulher e levanta homem” existe todo um trabalho que antecede essa cirurgia, incluindo uma equipe multidisciplinar de pessoas cisgêneras que vai “julgar” se você pode ou não ir para uma fila de espera (aproximadamente 10 anos). Existe um protocolo transexualizador, além de uma hormonização compulsória que as pessoas transexuais passam para poder ter o aval da equipe multidisciplinar.

Assim cada pessoa adota uma expressão de gênero correspondente ao que se identificam, mulheres transexuais reivindicam o direito de serem tratadas como qualquer outra mulher, com os deveres e direitos que lhe são reservados, assim como os homens transexuais também adotam uma expressão de gênero masculino e reivindicam nome e tratamento conforme sua identidade de gênero.

Para essas pessoas, a necessidade de viver de forma completa como se sentem interiormente é prioritária. Por isso a necessidade de um novo nome, usar o banheiro adequado ao gênero, trabalho, aceitação social e a cirurgia de transgenitalização. Algumas pessoas optam por não fazer essa cirurgia.  

Outra nuance do ser humano é a travestilidade. Como bem definiu Jaqueline Gomes de Jesus, “entende-se, nesta perspectiva, que são travestis as pessoas que vivenciam papéis de gênero feminino, mas não se reconhecem como homens ou como mulheres, mas como membros de um terceiro gênero ou de um não-gênero.”

Para esse grupo, é imprescindível o tratamento no feminino. É considerado um insulto tratar uma travesti no masculino. Não se trata de homens travestidos, mas sim de uma figura feminina, que não é homem e nem mulher. Por isso enfrentam tanta dificuldade de adentrar no mercado de trabalho, muitas empresas são discriminatórias, preferem não associar sua imagem a esse ser, inusitado, uma incógnita, um terceiro sexo.

Dada a situação social de uma travesti, visto que muitas saem cedo da escola sem terminar os estudos por conta de sua condição, o abandono da família e dos amigos, muitas recorrem a prostituição como única fonte de sustento. Isso não quer dizer que toda travesti é uma profissional do sexo.

A grande dificuldade do homem é entender que a transexualidade e a travestilidade é mais uma forma de ser e de se manifestar do ser humano. Por isso ele marginaliza e o trata de forma tão excluída pessoas que pertençam a esse grupo. Para deixar o preconceito de lado é preciso humanizar-se.

*Brenda Oliveira estudante do curso de Psicologia e pesquisadora sobre sexualidade e transgêneros. 

A NEGAÇÃO DO RACISMO É IMPULSO PARA SUA PROPAGAÇÃO, DIZ MINISTRA NILMA GOMES

nilma_gomes_0O racismo é uma postura de negação do outro. O outro que embora não seja uma ameaça incomoda por ser um sujeito-histórico. O racismo tem suas causa não na sociedade, mas nos conflitos interiores do racista, mesmo que ele se manifeste no seio social. Daí porque é difícil combater o racismo se o racista não pretende um tratamento psicanalítico. Então, como o racismo é o sadismo em força prática, cabe a sociedade criar leis para combatê-lo.

O Brasil tem uma grande parcela de habitantes racistas, apesar de, eufemisticamente, alguns racistas negarem. Já que a negação é uma forma de impulso para sua prática. Uma prática nazifascista. Uma prática de exclusão do outro. Todavia, essa tentativa de exclusão do outro tem como causa o sentimento de inferioridade que o racista carrega e expressa no momento em que ele encontra o sujeito que ele projeta seu racismo. O racista tem medo do outro. O racista é um covarde.

“O racismo brasileiro tem uma peculiaridade: a ambiguidade. É um fenômeno que se afirma através de sua própria negação. Quanto mais se nega a existência do racismo no Brasil, mais esse racismo se propaga.

E essa é uma característica que nos desafia muito a superá-lo e desvelá-lo. Conhecer e reconhecer essa característica do racismo brasileiro já são avanços, porque antes compreendia-se muito mal o que era o racismo no Brasil”, observou a ministra Nilma Lino Gomes, da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir).

MINISTRA ELEONORA MENICUCCI PEDE QUE GOVERNO TORNE CRIME DE ÓDIO AS VIOLAÇÕES DE CUNHO RACISTA

0f20452a-80d4-4e72-863d-d1d7184f7746Todos os estudos sobre a criminalidade e a violência policial no Brasil mostram que os negros são as principais vítimas dessa violência. As estatísticas afirmam e reafirmam que entre os presos do sistema penitenciário brasileiro a maioria é negra. E a maioria dos assassinatos em que os policias são os suspeitos das autorias, é de negros. O que significa afirmara e reafirma que há um violento preconceito racial no Brasil. O negro é sempre visto como ameaça.

Por tal perversa realidade, Eleonora Menicucci, ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) da Presidência da República, ao participar da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) pediu que o governo federal torne crime de ódio as violações de cunho racista. Ela também pediu que os parlamentares criem propostas para proteção dos mais vulneráveis.

“A ruptura da vida por racismo desagrega toda a família. As sequelas daquela violência são irreparáveis. São necessárias aqui nessa CPI propostas a maneira da Lei Maria da Penha.

Não se pode falar da questão da segurança no Brasil sem mencionar a questão racial. Quem estão morrendo são nossos adolescentes negros e negras”, analisou a ministra.

Ela ainda afirmou que a redução da criminalidade e da violência de todas as formas no Brasil depende da educação. Para ela a educação é o fator básico para criação de uma sociedade mais igualitária e com tolerância.

FALSOS EVANGÉLICOS ESCONDIDOS ATRÁS DA BÍBLIA APEDREJAM CRIANÇA ADEPTA DO CANDOMBLÉ

tumblr_lxnulydl8U1qhwi0mo1_500O filósofo Nietzsche diz que só se deve falar daquilo que se ultrapassou, caso contrário só se tagarela. Ou seja, do que se conhece por experiência e inteligência. O conceito de evangelho nos remete ao entendimento de um discurso que pode ser laico ou religioso. Ser científico ou sagrado.

Para que alguém possa evangelizar se faz necessário que esse alguém examine todos os elementos que constituíram o discurso como corpos semióticos dominados pelos evangelistas, seus criadores. Corpos históricos, políticos, econômicos, sociais, religiosos, artísticos etc. O que necessita um grau de sabedoria além da mediana. Sem esses instrumentos epistemológicos não se pode ter o poder de evangelizar, visto não se ter o conhecimento.

Como diz Nietzsche: não se pode falar porque não se ultrapassou o corpo evangelista. Não se compreendeu. O resto é só superstição produzida por uma mistificação e mitificação dos elementos que constituem o discurso, que foram levados ao plano abstrato do psiquismo de quem se diz evangelizador e confunde com crença. A crença é produto incontestável como realidade que saiu da experiência e da inteligência. Ou pode também ser significada como crença, como afirma o filósofo Clèment Rosset, aquilo que não tem objeto real que possa ser atingido pelo exame crítico. É só um devaneio. Uma fantasmagoria saída de um ente imaginado. Essa a crença dos falsos evangélicos.

Como os evangelistas, autores do discurso evangélico, Marcos, João, Matheus e Lucas apresentam um texto que mostra a necessidade da tolerância, compreensão e amizade para que alguém se torne evangelizado e representante de Cristo, toda intolerância, discriminação e rivalidade que são usadas apara eliminar o outro, não podem ser tidas como evangelização. Trata-se nada mais do que projeções das frustrações desses praticantes em forma de sadismo-dominador. Perseguição aos homossexuais, aos travestis, a imposição de um modelo familiar restrito ao patriarcalismo castrador, etc., não testemunham evangelização. Testemunha o uso calculista e interesseiro da Bíblia em benefício próprio. Como fazem falsos pastores e parlamentares, também, falsos evangelistas.

Pois foi exatamente por esses falsos evangélicos, que escondidos atrás da Bíblia, à menina de 11 anos adepta do Candomblé, moradora do Bairro Vila da Penha, em Irajá, Rio de Janeiro, foi apedrejada. Caso registrado na 38ª Delegacia de Irajá. Diante da violência que constitucionalmente é caracterizado de intolerância religiosa, membros da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) destacaram um advogado para representar a criança.

“Ela estava com um grupo de pessoas e um grupo de evangélicos, que estava do outro lado da rua, começou a demonizá-los e a xingá-los. Não se contentando com isso, jogou uma pedra. Eles estavam arrumados tinham bíblias e acusavam os praticantes de Candomblé de serem demoníacos.

Isso é ruim para a religião. Eu sei que a grande maioria dos evangélicos não é assim e cabe a eles ajudarem a identificar esses agressores. Eram pessoas da igreja, pessoas que estavam com bíblia”, disse Ivanir Santos, babalawo e membro da comissão.

A violência, para Leniete Couto, coordenadora da Coordenadoria Especial de Políticas Raciais de Promoção da Igualdade Racial do Rio de Janeiro, trata-se de ignorância e racismo.

“Há uma distorção histórica de colocara a cultura negra no sentido global, tanto a pessoa física quanto seus costumes sempre em um lugar de não existência ou um lugar negativo.

Não se respeita as religiões de matriz africana porque se diz que são do mal, que são ruins e com isso vem a invisibilidade e a negação da existência dessas pessoas. A invisibilidade cria um desconhecimento da história que faz com que as pessoas sejam rejeitadas e apedrejadas por ignorância e também por racismo”, analisou Leniete Couto.

Em nota a Polícia Civil afirmou que o caso foi registrado como lesão corporal no Artigo 20 da Lei 7716 – praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

O que se constata no Brasil atual é que há uma virulenta propagação da ignorância dos sentidos do que seja evangelista, evangelizador, evangelizar e evangélico. O que significa que o conceito real foi descartado da palavra para que a palavra, em sua forma vazia de conceito, sirva para garantir formas variadas de poder. Como poder de pastor e poder de parlamentar. Uma sórdida trapaça com o sentido livre e feliz da religião.

LEMBRANÇAS DO FILÓSOFO SPINOZA AOS FALSOS EVANGÉLICOS

O filósofo holandês Spinoza (1632-1677), autor da obra Ética, o melhor livro sobre os afetos alegres, a potência da vida ativa, entre outras obras escreveu uma que revela os erros, equívocos e enganos dos falsos profetas que transformaram a religião, em uma fonte de lucros para si através da exploração da superstição do povo. Trata-se do Tratado Teológico-Político onde o filósofo afirma ser a Bíblia um tratado político da formação do Estado do povo hebreu. Somente.

Eis aqui um breve trecho do tratado que ao ser comparado com a atuação dos falsos profetas se mostra profundamente atual.

“Inúmeras vezes fiquei espantado por ver homens que se orgulham de professar a religião cristã, ou seja, o amor, a alegria, a paz, a continência e a lealdade para com todos, combaterem-se com tal ferocidade e manifestarem cotidianamente uns para com os outros um ódio tão exacerbado que se torna mais fácil reconhecer a sua fé por estes do que por aqueles sentimentos.

Procurando então a causa desse mal, concluí que ele se deve, sem sombra de dúvida a se considerarem os cargos da igreja como títulos de nobreza, os seus ofícios como benefícios, e consistir a religião, para o vulgo, em acumular de honras os pastores. Com efeito, assim que começou na igreja esse abuso, logo se apoderou dos piores homens um enorme desejo de exercerem os sagrados ofícios, logo o amor de propagar a divina religião se transformou em sórdida avareza e ambição; de tal maneira que o próprio templo degenerou em teatro em que não mais se veneravam doutores da igreja mas oradores que, em vez de quererem instruir o povo, queriam era fazer-se admirar e censurar publicamente os dissidentes (…). Daí surgirem grandes contendas, invejas e ódio que nem com o correr do tempo foi capaz de apagar.

Não admira, pois, que da antiga religião não ficasse nada a não ser o culto externo (com que o vulgo mais parece adular a Deus que adorá-lo) e a fé esteja reduzida a crendice e preconceitos. E que preconceitos, que de racionais transformam os homens em irracionais, que lhes tolhem por completo o livre exercício da razão e capacidade de distinguir o verdadeiro do falso, parecendo expressamente inventados para apagar definitivamente a luz do entendimento”.

E Spinoza nós mostra qual o corpo que mantém os exploradores do vulgo dominado pela superstição. O medo!

Diz Spinoza: “A que pontoo medo ensandece os homens. O medo é a causa que origina, conserva e alimenta a superstição”.

Os falsos evangélicos agridem os que eles elevam como inimigos por medo estimulado pela irracionalidade dos falsos pastores que ambicionam nada mais do que o lucro. Por isso esses templos não passam de empreendimentos capitalistas cuja mercadoria é a superstição do fiel consumida por estes pastores como passagem para o especulativo paraíso.

O HOMOFÓBICO BOLSONARO SAI DO PP PORQUE QUER REALIZAR SEUS “SONHOS POLÍTICOS”. ENQUANTO ISSO É CONDENADO A PAGAR 150 MIL POR DANOS MORAIS

940765-bolsonaroO racista, homofóbico e misógino deputado Jair Bolsonaro (PP/RJ), afirmou ontem, dia 14, que vai sair do Partido Progressista (PP) porque tem “sonhos políticos” e não pode realiza-los nesse partido.

Levando em consideração o quadro Parlamentar que se tem hoje no Brasil, onde predomina a maior força histórica reacionária, discriminadora, preconceituosa e desumana, a declaração do homofóbico leva ao entendimento de que ele tem um leque de partidos para se alojar. Entretanto, existem três em que ele seria muito bem aceito e elevado à condição de grande personagem. PSDB, DEM e PPS.

Os três partidos têm em si elementos conspiratórios iguais aos que misígino Bolsonaro carrega. Todos os três se mostraram presentes nos dois atos – inúteis e risíveis – conspiratórios contra o governo Dilma e a República Brasileira em Bolsonaro se exibiu com direito ao próprio filho se apresentar armado em uma manifestação. Todos eles abraçariam o racista com transbordante felicidade-cúmplice.

Mas enquanto o preconceituoso deputado revelava sua intenção, a Justiça do Rio de Janeiro condenava o discriminador a indenizar em R$ 150 mil, por danos morais, o Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDDD), do Ministério da Justiça. A Ação é resultado das afirmações homofóbicas e racistas que ele declarou no programa “CQC” da TV Bandeirantes, no mês de março de 2011.

Na ocasião, ela fora indagado sobre o que faria se tive se um filho gay e respondeu que seus “filhos tiveram boa educação” e isso não aconteceria. Já em outra ocasião, a cantora Preta Gil lhe perguntara o que ele faria se um de seus filhos se apaixonasse por uma negra. Racistamente ele respondeu: “Eu não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco. Meus filhos foram muito bem educados e não viveram em um ambiente como, lamentavelmente, é o seu”.

Agora, como recompensa ao seu racismo explícito e fanfarão, “lamentavelmente”, vai ter que pagar os R$ 150 mil. É a Justiça aplicada contra imoralidade e irracionalidade.

MINISTÉRIO DA SAÚDE LANÇA A CAMPANHA “RACISMO FAZ MAL À SAÚDE. DENUNCIE”

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“Os profissionais de saúde não acreditam na dor que a gente sente. Acham que é exagero. O que queremos é ser respeitados enquanto seres humanos que somos”, denunciou Maria Renó, paciente com a enfermidade falciforme que causa intensa dor. Marai Renó sempre enfrenta discriminação por parte de médicos quando procura uma unidade do Serviço Único de Saúde (SUS).

Essa é só mais uma denúncia contra a posição racista de muito médicos quando vão atender pacientes negros. Há um número grande desse tipo de profissional que alienado de sua profissão como representação social, atua como mero corpus-imóvel na relação de simpatia e empatia com os enfermos. O Brasil teve uma demonstração clara dessa realidade agora no período eleitoral quando alguns desses profissionais mostraram o quanto estão estupidizados ao projetarem suas frustrações na candidata Dilma. São bloqueados-políticos que não conseguem a realização desses afetos humanos, simpatia e empatia, fundamentais no trato médico-paciente.

Diante dessa cruel realidade, que deveria ter sido observada pela faculdade de medicina por onde passaram esses alienados-profissionais para impedi-los de fazerem uso do discurso médico, a autoridade-médica promulgada, o Ministério da Saúde decidiu lançar a campanha nacional Racismo Faz Mal à Saúde. Denuncie”. A campanha que começou ontem, dia 25, vai até o dia 30 de novembro quando serão distribuídos em todas as unidades de saúde aos profissionais e pacientes 260 mil cartazes e 260 mil folders. Para denunciar basta ligar o Disque Saúde 136.

O Ministério da Saúde vem mostrando através de estudos, que há uma gritante diferença de tratamento entre a paciente branca e a negra. Por exemplo, na questão do parto. Enquanto 46,2% mulheres brancas tiveram acompanhamento no parto, só 27% das mulheres negras tiveram esse acompanhamento. Sobre a importância do aleitamento materno, 77% das brancas tiveram orientação, 62,5% das mulheres negras tiveram essa orientação. Quanto a mortalidade maternal infantil, 60% das mortes maternas atingem as mulheres negras e 34% as mulheres brancas. O estudo mostra ainda, que as crianças que morrem na primeira semana de vida, 47% são crianças negras, enquanto 36% são brancas.

“Dados importantes mostram como a desigualdade e o preconceito produzem mais doenças, mais mortes, mais sofrimento. O que mais pode justificar essa diferença no atendimento a brancos e negros no SUS que não seja o preconceito e o racismo institucional.

Não podemos tolerar o preconceito ou nenhuma forma de racismo na saúde”, disse o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

MAPA DA VIOLÊNCIA NO BRASIL MOSTRA QUE EM CADA DUAS HORAS SETE JOVENS NEGROS SÃO ASSASSINADOS

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Um dos principais sintomas apresentados no corpus patológico das organizações sociais é o assassinato de jovens negros. A violência física, psicológica, moral e humana desfechada contra os negros historicamente no Brasil não terminou com a chamada libertação dos escravos.

Os corpos étnicos-antropológicos clivados pelos códigos de dominação do branco sobre o negro permanecem como chagas incuráveis tanto no espaço urbano como no espaço rural da alcunhada modernidade. Sua exclusão não é só uma questão de uma perspectiva, mas de várias. Política, econômica, social, estética e até moral. Moral, porque o negro é visto como alguém que não tem fundamentos de valores que lhe permitam uma confiança por parte do branco-dominador. O negro é sempre o outro, o estranho, ou seja, aquele que ameaça por sua estrutura primitiva.

Essa psicologia nazifascista cunhada na estupidez do desconhecimento genético-humano leva por parte dessa classe discriminadora, a perseguição de todas as formas contra os negros. Sejam perseguições explícitas como faz a polícia, ou de forma implícita como no caso da procura de um emprego. Esse racismo ostensivo comprova o grau de irracionalidade da patologia que domina o corpus das organizações sociais, que Marx diz que só se transforma quando tiver uma nova direção que escape do capitalismo.

O capitalismo promove o racismo principalmente porque ele representa o espírito condutor da maioria da população como elemento das posses. Como o negro é tido, pelas forças repressivas do capital, como uma alteração moral é também clivado como uma ameaça aos chamados bens pessoais. Diante de um assalto em que estejam por perto dois jovens, um branco e um negro, é do negro de quem a polícia, primeiro suspeita. Mesmo que o branco tenha cometido o delito, a suspeita sobre ele é posterior. É como se a polícia já estivesse robotizada em relação ao racismo. Tudo isso, porque ela faz parte do corpo repressivo do sistema capitalista a quem deve defender.  

Foi a partir desse quadro racistante, que o sociólogo Júlio Jacobo Weiselfisz, tomando os dados oficiais do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde, trabalhou o Mapa da Violência no Brasil que mostra a cruel realidade que em duas horas sete jovens negros são mortos no Brasil.

A pesquisa que 82 jovens que morrem por dia, 30 mil por ano, e todos entre as idades de 15 anos a 29 anos. Desses jovens assassinados, 77% são negros, 93,30% são do sexo masculino. São moradores dos espaços periféricos das regiões metropolitanas dos centros urbanos.

Uma parte que chama atenção de forma preocupante na pesquisa é quanto a diminuição dos homicídios entre os jovens. Enquanto homicídio de brancos diminuiu, o número de vítimas negras aumentou. Em 2002, havia um número de 19.846 vítimas brancas. Em 2012, caiu para 14.928. Um percentual de queda de 24,8%. No mesmo período, 2002 e 2012, o numero de vítimas negras passou de 26.656 para 41.127. Um percentual de crescimento de 38,7%.

Não precisa ser cristão ou pertencer a uma sociedade humanista para saber que essa cruel realidade tem que mudar. E os princípios mutantes capazes de efetuaram essa mudança são a educação, o direito ao respeito, a inclusão na sociedade, como sujeito de produção de novas formas de existir e a ética social que tenha o homem como um ser vocacionado para a vida.

DEPUTADOS DENUNCIAM O JORNALISTA RACISTA E AMESTRADO DA GLOBO, MAINARDI, À PROCURADORIA-GERAL DA REPÙBLICA POR DECLARAÇÃO CONTRA NORDESTINOS

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Frustrado em seu ódio contra o governo popular depois da reeleição da presidenta Dilma Vana Roussef, o jornalista amestrado, racista e invejoso da Rede Globo, Diogo Mainardi, vociferou no programa da Globo News, Manhattan Connection, a seguinte enunciação nazifascista contra os nordestino que votaram na democracia real.

“O Nordeste sempre foi retrógado, sempre foi governista, sempre foi bovino, sempre foi subalterno em relação ao poder durante a ditadura militar, depois com o reinado do PFL, e agora com o PT.

É uma região atrasada, pouco educada, pouco instruída, que tem uma grande dificuldade de se modernizar, de se modernizar na linguagem”.

Diante da declaração nazifascista, os parlamentares, que pensam a democracia como à racionalidade política da estrutura social, resolveram denunciar o indigente intelectivo e moral à Procuradoria-Geral da República. Embora o Parlamento tenha dezenas de nordestinos, mas que são reacionários, estes fizeram de conta que a enunciação nazifascista não era com eles. É claro que se sabe que não agiram, porque são uns covardes e, no caso em questão, cúmplices do racismo.

Os deputados que encaminharam a denúncia à procuradoria, foram Luciana Santos (PCdoB/PE), Henrique Fontana (PT/RS), Alice Portugal (PCdoB/NA), Érica Kokay (PT/DF), Pedro Eugênio (PT/PE) e Luiz Couto (PT/PB).

No texto que encaminharam à procuradoria, os deputados afirmam que as declarações racistas de Mainardi, incentivou posições semelhantes contra nordestinos na internet. De acordo coma Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), foram contadas mais de 90 denúncias contra o tema racista.

Mainardi como é declarado direitista reacionário, com sua posição explícita contra os nordestinos se igualou ao seu ídolo Fernando Henrique, que chamou os nordestinos de ignorantes.

E por tratar de discriminação racista, a Polícia Federal vai investigar os internautas que postaram mensagens desse teor contra os nordestinos. Que se preparem os médicos-burgueses do indigno grupo “Dignidade Médica” que postaram mensagens pedindo o holocausto dos nordestinos e a suas esterilizações. 

MÉDICO NAZIFASCISTA, MILTON PIRES, QUE JÁ AGREDIU UMA MÉDICA, EXPRESSA SUA TARA CHAMANDO DILMA DE “FILHA DA PUTA”

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O que caracteriza o comportamento nazifascista é um ódio compulsivo contra a humanidade. Esse ódio é a revelação do seu fracasso em vivenciar os princípios de alteridade e solidariedade de existir com o outro que constituem o corpus humanidade. Corpus este que só é vivenciado pela pessoa que saiu de seu Em-Si (Freud chamava de narcisismo primário) para chegar ao Para-Si e voltar como humano em si mesmo. Do contrário ninguém pode ser chamado de humano. A humanidade é a criação que todo homem e mulher devem produzir em si para se tornar humano, porque ninguém nasce humano. Nós nos fazemos humanos, mas nem todos têm essa condição singular.

O nazifascista é esse tipo malogrado humanamente. Não saiu do Em-Si. Ficou paralisado em si mesmo sem conhecer o fora. Aí seu ódio por se sentir vazio. Ódio contra tudo que expressa vida. Vazio, paralisado não carrega princípios éticos que o possa encadear afetos alegres com os outros. Por essa tara o nazifascista só se aproxima de quem apresentar o mesmo sintoma psicopatológico.

Mas é preciso entender, que o nazifascista, embora seja uma anomalia mental, não está incluído nas psicoses como esquizofrenia, esquizo-paranoide, maníaco-depressivo, conhecida como bipolaridade. Esses tipos de comportamentos afetivos não carregam ódio contra a humanidade. As causas de seus comportamentos são outras muito diferentes do nazifascista. O nazifascista é produto de uma cruel realidade imposta em sua infância que abstraiu de si qualquer código humano à afeição.

O mundo sempre lhe foi apresentado como ameaçador e destrutivo. Pode-se afirmar que ele vivenciou mais a ameaça de tânatos, a morte, do que o convite de eros, o amor. Sua infância foi profundamente perturbada por imagens deletérias, como são seus sonhos. Tudo para ele é destruição. Quer conhecer um nazifascista? Peça que ele lhe conte um sonho. Quer dizer, se você conseguir se aproximar dele.

Eles casam, tem filhos, beijam os pais, falam com os vizinhos, mas tudo como fatores muito distantes sem contato ontológicos. Embora odeiem e sejam atraídos pelo terror, pela morte, eles são covardes. E só se mostram forte em bandos. Ou, quando constroem no próprio corpo algum sinal que lhes enfeitiça como poder. Exemplo, armas, instrumentos para prática de violência. Mas também pode ser um símbolo-fálico promovido pela sociedade capitalista, como ‘carrão’, dinheiro, posição social.

Sempre há no nazifascista algo que desvia o signo racional. Por isso que sua linguagem é miseravelmente feita por estereótipos com significante-patológico. Observem as enunciações nazifascistas dos que tentam ofender Dilma. Nenhuma enunciação saída de uma analise racional dos meios políticos, sociais, antropológicos, econômicos, estéticos que constituem a linguagem como corpo de ligação entre os homens. Mas tão somente projeções de suas aberrações. Linguagem estereotipada de grupo pervertido.

É nesse quadro que se tem que entender a violência promovida pelo médico gaúcho Milton Simon Pires, do Hospital Conceição, contra a presidenta Dilma que teve uma queda de hipoglicemia depois de mostrar superioridade contra o limitado candidato das direitas, Aécio Cunha, no debate do SBT. O alcunhado médico, que está afastado de suas funções por agredir uma médica, com direito a Boletim de Ocorrência Policial e Corpo de Delito, escreveu: “Tá se sentindo mal? A pressão baixou? Chama um médico cubano, sua grande filha da puta!”

Seu comportamento aberrante é próprio dos que têm dificuldade de se relacionar com as mulheres de forma solidária, porque não conseguiu, quando criança, criar a imago da mulher através de sua vivência com sua mãe. Por isso, todas as mulheres são para eles uma ameaça. Ainda mais, quando é uma mulher como Dilma. Inteligente, corajosa, ética, e comprometida historicamente com a liberdade e felicidade de todos. Para esses nazifascistas, é desesperador não ter a imago-mulher em si. Como aberrações, porque a vida pede associação com o outro e eles não conseguem realizar, eles são misóginos. Odeiam as mulheres, porque às temem. Pobres miseráveis aberrações da espécie humana. 

Outra agressão nazifascista foi sofrida pelo blogueiro e militante do Partido dos Trabalhadores, Enio Barroso, que faz uso de cadeira de rodas para se locomover por causa de uma doença degenerativa da qual é acometido. Enio Barroso passava por uma rua, de São Paulo quando parou perto dele um ‘carrão’ ocupado por três sujeitos-sujeitados tatuados e bombados. Enio, na dele, e os nazifascistas começaram a agredi-lo com os enunciados próprios deles. “Petista filho da puta!”. Enio deu mole, sem qualquer medo, porque em sua biografia, no tempo da ditadura já havia sido preso várias vezes. Os nazifascistas desceram do veículo, se aproximaram dele e continuaram com a agressão, com um dos malogrados atingindo-o com um murro na cabeça. Foi quando uma senhora, do outro lado da rua, gritou pela polícia. E como não podia ser diferente, covardemente, eles entraram no carro e partiram.

São muitos os exemplos de violências nazifascistas que vêm ocorrendo no Brasil. E ficou mais acirrada nesse tempo de campanha presidencial quando eles aproveitam para projetar suas frustrações aberrantes na candidata dos governos populares, Dilma.

O grande perigo que eles trazem para a democracia é que eles não são racionais, existem sob o domínio do terror e querem propagá-lo de qualquer forma. E a democracia é um regime composto pelas potências racionais de todos os cidadãos. E eles não conseguem atingir o grau de cidadania racional.

Fiquemos atentos! Eles querem se apossar do poder de qualquer formar. Como nazifascistas não tem qualquer sinal de pudor.

O DEPUTADO HEINZE (PP/RS) DISCRIMINOU NEGROS, ÍNDIOS E HOMOSSEXUAIS, AGORA A FRENTE PARLAMENTAR QUER SUA PUNIÇÃO

O Discurso Racista e Homofóbico de Heinze.

“Hoje os invasores de terra têm os direitos e as pessoas de bem não têm direito nenhum. Em Sananduva, no Rio Grande do Sul, tem um pequeno produtor que foi expulso de sua terra e os índios estão certos? Essa gente presta?

Estão aninhados quilombolas, índios, gays, lésbicas, tudo que não presta está alinhado ali, e eles têm a direção e o comando do governo”, discursou o deputado  racista e homofóbico, Luiz Carlos Heinze.

O discurso do deputado ocorreu no mês de novembro do ano passado, passou a ter repercussão agora. Seu discurso, além de ter o objetivo de amealhar eleitores reacionários, procurava atingir o Gilberto Carvalho, ministro Secretário-Geral da Presidência da República. Também o deputado Alceu Moreira (PMDB/RG), entrou na roda de discriminação, e juntos, os deputados, estimularam os proprietários rurais a se rebelarem contra os índios e os quilombolas. Além de acusarem o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) de ser o “orquestrador” da posição que os índios tomam na defesa de suas terras, acusaram-no de estar a serviço de organismos internacionais contra o agronegócio.

Agora, que as posições discriminatórias de Heinze chegaram a público, ele iniciou um desmentido com significado hilário. Entretanto, a deputada Érica Kokay (PT/DF), presidenta da Frente Parlamentar dos Direitos Humanos, não riu da piada sem graça de Heinze e afirmou que suas declarações ferem o decoro parlamentar. Por isso, ela vai entrara na Corregedoria com pedido contra o homofóbico racista por quebra de decoro parlamentar.

“Ele incitou a violência e desqualificou gays, quilombolas e indígenas. É inadmissível que nós possamos encarar que isso é natural”, disse a deputada.

“OS NEGROS NO TRABALHO”, BOLETIM DIVULGADO PELO DIEESE, MOSTRA QUE ELES CONTINUAM INFERIORES NO SALÁRIO E POSIÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO

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Pesquisa feita pelo Dieese junto com a Fundação Seade e o Ministério do Trabalho que foi divulgada mostra dados que já são do conhecimento público: os negros são muito discriminados na questão do trabalho, como por exemplo, salário. Sua maior participação no mercado do trabalho não lhe garante igualdade com os que não são negros, assim como o fator escolaridade não influi para que eles ocupem postos hierárquicos melhores. Nas regiões metropolitanas eles representam 48,2%, mas seu salário é 36,1% inferior aos que não são negros.

A pesquisa estudou as regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Fortaleza, São Pulo e Salvador.

“De fato, o acesso dos negros à universidade e à qualificação é menor. No entanto, quando aumentam o grau de escolaridade, individualmente tem uma melhora de renda, mas não suficiente para reduzir desigualdade, porque apesar de melhor remuneração ela continua menor se comparada com a dos não negros.

Os negros, em todas as estruturas produtivas, estão em ocupação de menos prestígio. E mesmo quando têm maior escolaridade, estão em níveis mais precarizados. Os dados são uma comprovação de que existe um papel grande da discriminação racial no mercado de trabalho. A despeito do aumento da escolaridade, o negro vai se manter na ocupação que exige menos escolaridade. Porque é aquele emprego que é oferecido a ele, que destinado a ele.

O mercado teve melhora como um todo, isso é fruto do desempenho econômico, do crescimento, da melhoria de condições gerais. A população negra em alguma medida se beneficiou, aumentou sua ocupação, mas a desigualdade de inserção se mantém.

A política de cotas teve impactos positivos, pois cria mais oportunidade e ela a escolaridade da população negra, mas não é único elemento para acabar com a desigualdade no mercado de trabalho.

O movimento sindical tem iniciado esse debate, tem aparecido bastante nas negociações coletivas, para que esse tema seja debatido no espaço da empresa. Preconceito racial é subjetivo às vezes, embora tenha um reflexo objetivo no mercado. É importante incluir todos no debate, para ir aos poucos saindo do esquecimento, dessa capa de que há igualdade no mercado”, analisou Adriana Marcolino, socióloga do Dieese.

GRITARAM-ME NEGRA

Da poetisa, teatróloga e muito mais Victoria Santa Cruz

BOLSONARO SERA INVESTIGADO PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL SOBRE CRIME DE RACISMO

Bolsonaro

O deputado federal da extrema-direita, notório nazifascista, Jair Bolsonaro (PP-RJ) será investigado em inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF), autorizado pelo ministro Luiz Roberto Barroso – o mais novo ministro -, sobre crime de racismo.

O inquérito ira investigar se o deputado homofóbico, Bolsonaro, praticou crime de racismo contra a cantora Preta Gil, filha do cantor, compositor, e ex-ministro da Cultura, Gilberto Gil, quando em entrevista no programa de TV CQC, da Bandeirantes, em 2011, foi inquerido pela cantora.

Preta Gil perguntou ao deputado nazifascista como ele se comportaria se descobrisse que seus filho estava namorando uma negra. O violento deputado respondeu claramente de forma racista.

“Eu não corro esse risco, e meus filhos foram muito bem-educados, e não viveram em um ambiente como, lamentavelmente, é o teu”, respondeu o racista Bolsonaro. Logo depois ele tentou se defender dizendo que não entendido a perguntar claramente.

A decisão do ministro Barroso, para a abertura do inquérito, se deu no começo do mês de agosto, depois da Procuradoria Geral da República, em julho, haver apresentado o pedido. Para o ministro “há elementos indiciários mínimos da ocorrência do fato e de eventual autoria por pessoa com foro por prerrogativa de função”.

Bolsonaro pode se tornar réu em ação penal, se a Corte concordar com os argumentos do Ministério Público.

VEREADOR BAHIANO QUER PROIBIR A MANIFESTAÇÃO AFRORELIGIOSA NA TRADIÇÃO DE SACRIFÍCIO DE ANIMAIS

Na Bahia, terra de São Salvador e do Nosso Senhor do Bonfim, o vereador Marcell Moraes, do PV soteropolitano criou um projeto de lei baseado em sua própria concepção de mundo onde deve ser proibido o  sacrifício de animais em rituais de candomblé e em outros culto afrobrasileiros. Ele chamou o sacrifício de animais no candomblé de “tortura” e afirma que ainda um dia pretende lançar um projeto de lei que proiba comer carne.

Aceitar um projeto deste é aceitar a irracionalidade. Com um discurso pautado  na imbecilidade o projeto preve uma escolha pessoal sobre o coletivo. Falar mal sobre sacrificar animais é algo que envolve uma discussão mais ampla sobre a própria presença humana como ser carnívoro na terra. Estudos históricos/antropológicos/fisiológicos como  “As condições da evolução sexual” de Robin Fox mostra que o cérebro humano só cresceu e deu a funcionalidade como conhecemos graças ao abate e consumo de carne cozida pelo Homo Sapiens.

Este projeto enfoca no quesito religioso apenas, visto que o sacríficio de animais também ocorre (e neste caso violentamente e em grande quantidade) em criadouros, granjas, frigoríficos e outros locais que levam a carne ao prato da população.Por este motivo uma série de antropólogos e estudiosos se posicionaram contra o projeto, já que a carne do animal oferecida aos orixás é sacrificada sem maltratar e também serve de alimento para a comunidade que frequenta os terreiros.

Ao comentar seu projeto Marcell ainda mostrou um desconhecimento de sua função como vereador e da legislação brasileira que defende os cultos, querendo ele próprio propor mudanças nas práticas afro: Não tenho nada contra terreiros de candomblé. Eu apoio as religiões afro, mas essa oferenda precisa mudar. A própria religião prega que os orixás são bons e puros. Então, elas (entidades religiosas) vão compreender se trocar a oferenda e oferecermos folhas ou plantas no lugar dos bichos sacrificados”.

A legislação brasileira defende em vários lugares a prática e tradições religiosas. A Constituição Federal no Art. 5.º inciso VI afirma “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;”. Já o Códico penal no Artigo 208 diz que “Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso: Pena – detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano, ou multa.”.

Este projeto de lei além de não permitir o “livre exercício” desta tradição, não pretende discutir estes valores, já que se impõe como única verdade impedindo com que a sociedade bahiana e das religiões afro possam analisar suas formas culturais provenientes do povo negro que veio da África. De qualquer modo a mudança deve ocorre se os praticantes sentirem necessidade dela para sua manutenção.

Assim a opinião individual deste vereador não pode deixar o fluxo livre das matrizes africanas em se expressar, não por ser garantido por lei, mas pelo respeito as diferenças humanísticas dos negros que são brasileiros como nos fazemos a cada dia.

DIA INTERNACIONAL DE LUTA PELA ELIMINAÇÃO DA DISCRIMINAÇÃO RACIAL É COMEMORADO COM A IMPLEMENTAÇÃO DO DISK RACISMO

Hoje se comemora em todo o mundo o Dia de luta pela eliminação da desigualdade racial, e o Brasil começou as atividades deste dia ontem, com o lançamento do serviço Disk Racismo que será uma ferramenta social pela proteção dos direitos das populações negra, indígena, quilombola, cigana e ribeirinha, e de zelo e manutenção das religiões de matrizes africanas.

Concebido pela Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial do Distrito Federal (Sepir/DF) o serviço além de fazer todo processo de acompanhamento da denúnicia oferecerá assitência gratuita de psicólogos e advogados. Para o secretário da Sepir, Viridiano Custódio Negrito, “os negros e pardos correspondem a 54% da população do DF. Com a iniciativa, o Distrito Federal se torna a primeira unidade da federação livre do racismo”.

A razão de se comemorar esta data se deve ao Massacre de Shaperville, onde 20 mil negros protestaram, na África do Sul, contra Lei do Passe, que os obrigava a portar cartões de identificação, além de especificar os locais permitidos para circulação. Essa manifestação terminou com a morte de 69 pessoas e 186 feridos pelo exército. Este marco na luta contra a discriminação mostrou a importância de políticas publicas que não permitam diversas manifestações racistas e compostas de microfacismos no cotidiano de qualquer cidadão.

Segundo a ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do governo federal, Luiza Bairros “a existência do Disque Racismo é uma afirmação do GDF para a população negra do DF de que nós temos direitos nessa sociedade e nós temos e podemos fazer valer esses direitos”.

Diversos orgãos públicos e movimentos sociais se manifestaram sobre o lançamento e este dia de luta como a conselheira do CFP responsável pelo tema, Marilda Castela que afirmou ser“ importante que a Psicologia admita o racismo e tome isso como tema transversal em suas ações, independente de onde as (os) psicólogas (os) estiverem atuando”.

O atendimento pelo telefone 156 opção 7, vai funcionar diariamente, das 7h às 19h. Em outros horários, a denúncia poderá ser feita pelo e-mail ouvidoriaracial.sepirdf@gmail.com. A vítima vai receber orientações para registrar um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia com uma testemunha.


USAR O CONTROLE REMOTO É UM ATO DEMOCRÁTICO!

EXPERIMENTE CONTRA A TV GLOBO! Você sabe que um canal de televisão não é uma empresa privada. É uma concessão pública concedida pelo governo federal com tempo determinado de uso. Como meio de comunicação, em uma democracia, tem como compromisso estimular a educação, as artes e o entretenimento como seu conteúdo. O que o torna socialmente um serviço público e eticamente uma disciplina cívica. Sendo assim, é um forte instrumento de realização continua da democracia. Mas nem todo canal de televisão tem esse sentido democrático da comunicação. A TV Globo (TVG), por exemplo. Ela, além de manter um monopólio midiático no Brasil, e abocanhar a maior fatia da publicidade oficial, conspira perigosamente contra a democracia, principalmente, tentando atingir maleficamente os governos populares. Notadamente em seu JN. Isso tudo, amparada por uma grade de programação que é um verdadeiro atentado as faculdades sensorial e cognitiva dos telespectadores. Para quem duvida, basta apenas observar a sua maldição dos três Fs dominical: Futebol, Faustão e Fantástico. Um escravagismo-televisivo- depressivo que só é tratado com o controle remoto transfigurador. Se você conhece essa proposição-comunicacional desdobre-a com outros. Porque mudanças só ocorrem como potência coletiva, como disse o filósofo Spinoza.

Acesse esquizofia.wordpress.com

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CAMPANHA AFINADA CONTRA O

VIRTUALIZAÇÕES DESEJANTES DA AFIN

Este é um espaço virtual (virtus=potência) criado pela Associação Filosofia Itinerante, que atua desde 2001 na cidade de Manaus-Am, e, a partir da Inteligência Coletiva das pessoas e dos dizeres de filósofos como Epicuro, Lucrécio, Spinoza, Marx, Nietzsche, Bergson, Félix Guattari, Gilles Deleuze, Clément Rosset, Michael Hardt, Antônio Negri..., agencia trabalhos filosóficos-políticos- estéticos na tentativa de uma construção prática de cidadania e da realização da potência ativa dos corpos no mundo. Agora, com este blog, lança uma alternativa de encontro para discussões sociais, éticas, educacionais e outros temas que dizem respeito à comunidade de Manaus e outros espaços por onde passa em movimento intensivo o cometa errante da AFIN.

"Um filósofo: é um homem que experimenta, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente coisas extraordinárias; que é atingido pelos próprios pensamentos como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, como por uma espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele pode ser alvo; que é talvez, ele próprio, uma trovoada prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal, em torno do qual sempre ribomba e rola e rebenta e se passam coisas inquietantes” (Friedrich Nietzsche).

Daí que um filósofo não é necessariamente alguém que cursou uma faculdade de filosofia. Pode até ser. Mas um filósofo é alguém que em seus percursos carrega devires alegres que aumentam a potência democrática de agir.

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