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SOBRE OCUPAÇÕES, CRONOS, ZEUS, ÉDIPO, FREUD, SARTRE, FILICÍDIO E SUICÍDIO

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Para todos os criadores das mutações existenciais coletivas.

SOBRE PAI-FILHO E FILHO-PAI

Em Goiânia, engenheiro de 60 anos, depois de discutir com o filho, por não aceitar  suas posições e ideias libertárias, lhe desfere um tiro. O rapaz, de 20, estudante do Curso de Matemática, da Universidade Federal de Goiás, baleado, corre para a rua tentando se proteger.

O pai entra no carro e lhe persegue pela rua. Ao alcançar o filho desce do carro e dispara quatro vezes. O jovem morre. O pai se debruça sobre o corpo do filho e se suicida.

Segundo o que foi divulgado na imprensa, o jovem era participante dos movimentos sociais, contra a cultura do estupro, aceitava o aborto como direito da mulher e apoiava as ocupações realizadas por estudantes contra as opressões promovidas pelo governo federal que agride a educação. O pai, por sua vez, era contrário às ideias e práticas democráticas do filho, motivo de suas agressões e que redundou no filicídio e suicídio.

SOBRE CRONO E ZEUS

Cronos, na mitologia grega, era um titã, filho de Urano, Céu, e Gaia, a Terra, e simbolizava a agricultura e o tempo. Tornou-se rei dos deuses depois que castrou seu pai a pedido de sua mãe. Casou com sua irmã, Réia, uma titânide, conhecida como mãe dos deuses. Dessa união foram gerados os deuses olímpicos Héstia, Deméter, Hera, Hades, Poseidon e Zeus.

Sob o governo de Cronos a Civilização teve grande desenvolvimento, porém com o passar do tempo ele se tornou um perverso ditador, e foi se esconder no Tártaro com medo de vir a morrer pelas mãos dos inimigos, os ciclopes e os hecatônquiros. Como Urano e Gaia haviam profetizado que ele seria assassinado por um de seus filhos, passou a devorá-los.

Zeus escapou, porque sua mãe, Réia, embrulhou uma pedra em um pano e deu a Cronos que comeu acreditando ser um filho. Depois, Réia, escondeu Zeus em uma gruta.

Quando cresceu, Zeus resolveu se vingar do pai. Foi quando pediu ajuda a Métis, deusa da Prudência, filha do titã Oceano. Ela fez uma bebida mágica e ofereceu a Cronos que em seguida vomitou todos os filhos que havia devorado. Zeus, junto com os irmãos, expulsou o pai do Olimpo e se tornou o deus dos deuses.

SOBRE ÉDIPO

Édipo, na mitologia grega vinda da Ásia, era filho do rei Laio e da rainha Jocasta que governavam a cidade de Tebas. Um dia, os dois, cogitando um herdeiro para o trono, foram falar com o Oráculo de Delfos sobre a possibilidade de gerarem um filho. O Oráculo aconselhou-os que se tivessem o filho poderiam ter vários problemas, inclusive com o governo da cidade de Tebas. E profetizou: o filho matará o pai e casará com a mãe.

Inicialmente eles acataram as advertências do Oráculo. Porém, com o passar do tempo, e incomodados com o herdeiro, resolveram ter o filho. A cidade teve um impulso de desenvolvimento, entretanto como se sucederam fortes crises, a população passou a protestar. Diante dos fatos, Laio e Jocasta recordaram das palavras do Oráculo e consultaram o cego Tirésias que apresentou graves informações sobre o ocorrido.

Então, ordenaram um soldado a levar o filho para a floresta e matá-lo. Na floresta, soldado penalizado com a criança, não a matou e a amarrou-a pelos pés em uma árvore. E como consequência a criança ficou com os pés tortos. Daí o nome Édipo, o que tem os pés tortos. Um pastor encontrou a criança e passou a criá-la. Políbio, rei de Corinto, amigo do pastor, vendo a criança, pediu a criança para criá-la como filho e fazê-la seu herdeiro, já que sua mulher, Mérope, não podia ter filho.

Édipo foi, então, criado como príncipe. Um dia, em uma festa no palácio, um bêbado lhe disse que ele não era filho de Corinto. Ele se perturbou profundamente com a revelação. Indagou aos seus pais o sobre o que lhe fora afirmado, o que foi negado. Então, não satisfeito saiu à procura de sua identidade.

Em suas andanças, ao se encontrar em uma estrada, entrou em discussão com um senhor, passageiro de uma carruagem, brigou com ele e o matou. Seguiu caminho e chegou à cidade de Tebas onde a rainha se comprometia casar com aquele que decifrasse o enigma da esfinge. Ele decifrou o enigma e casou com a rainha que era Jocasta, sua mãe. O homem que matara na estrada era seu pai, Laio, A profecia se concretizara.

SOBRE FREUD

As narrativas dos mitos nesse texto não tem qualquer pretensão de servir como corpus para uma reflexão profundamente filosófica e antropológica, mas encadear elementos que nos possam entender condutas e expressividades na subjetividade dominante no Brasil.

Como é sabido até pelos minerais, como afirma o jornalista-filósofo Mino Carta, Freud fez do mito do Édipo Rei, a medula da psicanálise chamada de Complexo de Édipo. Uma subjetividade eminentemente familiar onde os laços familiares comandados principalmente pelo pai, estabelce a orientação de seus membros.

Em uma exposição simples, para o nosso propósito, o quadro familiar se configura desta forma. O menino, desde os seus primeiros momentos encontra-se em composição com a mãe, mas será por volta dos três anos que ele investira sua libido na mãe como objeto de seu desejo e passará a odiar o pai, seu rival. Tendo o pai como seu rival, deseja sua morte para ficar com a mãe. Fantasia mata-lo para ter o caminho livre. Entretanto, o pai, como representa a Lei/Falo, como dia Lacan, surge como ameaça de castração ao menino que passa a temer o pai, porque fantasiou que um dia a mãe tivera pênis, mas fora castrada, estado que apavora o menino.

Em função da falocracia paterna, a castração, o menino tenta se identificar com o pai investindo sua libido nele. O seu incesto homossexual. O que também é uma forma de contorno usada por ele para, ao se identificar com o pai, chegar à mãe que pertence ao seu pai. Freud diz que o menino se faz mãe pelo princípio da castração.

Muitas crianças conseguem em uma família oblativa, democrática, como afirma a psicanalista François Dolto, passar pelo Complexo de Édipo de forma saudável, enquanto outras, em função da estrutura familiar capturadora, dominadora, não. Os meninos ficam presos nos desejos alienados/alienantes de seus pais e quando crescem sublimam sintomaticamente os traumas produzidos nestas relações conflituosas em que o pai consegue matar o desejo de vida autônoma dos filhos de onde decorrem situações ambivalentes, de amor e ódio. São adultos que recorrem fortemente aos mecanismos de defesa para que não aflore, no consciente, resíduos do inconsciente que alterariam todas as defesas e, consequentemente, a desvelação dos traumas como surto. Para a psicanálise é o triunfo do pai psicótico sobre o filho.

Freud afirma que a criança é o pai do homem. Ou seja, o que alguém é hoje tem relação direta com suas experiências passadas. Embora o consciente seja tido como o oposto do inconsciente, todavia o consciente manifesta corpus do inconsciente mesmo sob a intensa vigília do super-ego. E não se trata apenas através dos sonhos e atos falhos. O inconsciente se revela cotidianamente nas fantasias do estado de vigília.

Na perspectiva da psicanálise é possível ser perscrutado dois entendimentos sobre o caso do pai que matou o filho.

CASO I

O pai reflete suas experiências com seu pai em forma de conduta moral. Lei. Patriarcalismo-hebreu-cristão-moral-burguês. Para o pai ele estava certo em seus ensinamentos e predicações ao filho. O pai, como reprodutor dos enunciados dominantes da sociedade-burguesa, projetou no filho seus valores como verdades que deveriam ser cultivados e seguidos, como a maioria faz. O filho, assassinado, desobedeceu. Uma desobediência que atingia também o seu avô que seu pai preservava como defesa-egoíca, já que ele jamais tentou transgredir os seus ensinamentos. Para ele, seu pai era justo e infalível como Deus. E ninguém deve duvidar ou contrariar Deus. Deus, como juiz, é cruel.

O pai se sentiu, diante da desobediência do filho, como o sujeito-sujeitado que fracassou na condução da herança psíquica-familiar, e passou a odiar o filho. A posição do filho não estremeceu apenas a geração do pai, mas, também, a geração de seu avô. Uma dor cruel para o pai: duas famílias desconstruídas pelo filho.

CASO II

O pai, na relação com seu filho, surge como seu próprio pai. Ou seja, seu filho é ele. E não o neto de seu pai. O pai concorda com as ideias democráticas de seu filho que é ele. Ao concordar com essas ideias libertárias, expõe seu pai-tirano. O que ele não podia fazer sendo ele mesmo. Assim, ele mata o pai através do filho. Lembrar que Freud afirma que um filho se liberta do pai quando o mata simbolicamente. Quando o filho passa a ser seu próprio pai. 

Não é o pai do filho que é adversário dele, filho, mas o avô interpretado pelo pai. O filho luta contra o pai, porque não sabe que quem lhe persegue é seu avô interpretado pelo pai que procura se vingar do pai através do filho-filho. O filicídio só ocorreu, porque o pai-filho não teve uma fissura para saber que o filho dele realizava, em si, a democracia que ele quando criança tentava iniciar junto à mãe e o pai, mas foi reprimido.

Em síntese. Nas enunciações simbólicas, não é o engenheiro quem mata. É o pai do engenheiro. E não é o estudante que é assassinado, mas o engenheiro. Essa era a única forma do engenheiro matar o pai-paranoico forma simbólica. Os atos revolucionários do estudante real resgatam para o engenheiro sua existência destruída, já que ele, na realidade, não conseguiu se libertar. Não conseguiu dissipar a névoa que impedia que ele visse o filho como aquele que lhe permitia existir fora da força opressiva do pai.  

SOBRE SARTRE

Sartre é o oposto de Freud com seus enunciados psicanalítico. Para ele o presente não é a cópia fiel do passado. O homem não se encontra aprisionado em uma arqueologia infantil como inconsciente. O homem é o produtor de sua realidade humana.

Sartre jamais faria essa análise demonstrada nos quadros acima, porque para ele na existência não há culpas, desculpas, subterfúgios, atalhos. Existir é criar modos de ser humano ontologicamente. O homem é suas escolhas. Se eu sou covarde eu sou essa escolha de ser covarde. Ninguém pode ser responsável por essa escolha de ser covarde que fiz. Sou oque sou como covarde.

Nesse caso do pai que assassinou o filho Sartre, significaria o estudante como aquele que se negou a escolher uma existência malograda. Ficar aprisionado na solidão da serialidade. Nascido em uma família burguesa, com os dados familiares todos lançados, onde o futuro era uma opacidade, uma cristalização, o jovem se rebelou: não aceitou a subserviência à existência inativa que caracteriza o burguês como sujeito-sujeitado que só defende seus valores farisaicos capitalistas na força cruel do solipsismo.

O estudante nos mostra o quanto sua existência era rica em perspectivas, práxis e poises. Ele realizou a máxima do existencialismo sartreano: Não importa o que fizeram com você, mas o que você faz com o que lhe fizeram. Seria muito fácil seguir os ensinamentos burgueses estabelecidos, mas ele queria ser o autor de seus próprios projetos. Realizar os seus possíveis para não ficar viscoso no insuportável Em-si onde se encontra confinada a burguesia. 

Ativista dos movimentos sociais, ocupações das universidades e escolas, luta pelos direitos das minorias, tudo que burguesia odeia. “A Existência precede a Essência”, afirma Sartre, foi o que o estudante entende junto com outros jovens. Livre ele realiza seus projetos ontológicos como ser que se desloca pelo Para-si como futuração existencial contínua.

Não há como prender um homem para quem a liberdade não é uma determinação de uma classe, um adjetivo, um sentido social estabelecido como valor qualificador. A liberdade é a condenação ontológica de se estar livre para escolher por si e pelo mundo. Foi isso que o estudante fez como compromisso existencial de Estar-no-Mundo.

Ao contrário da existência autêntica produzida para si pelo estudante, o Brasil de hoje encontra-se infestado de personagens privados de existências autênticas e que ainda querem fazer prevalecer sobre a população o malogro de suas existências. Personagens que ocupam cargos públicos onde se percebe com nitidez a continuação das determinações estabelecidas em suas famílias. O que faz com que o espaço-fenomenológico público seja ocultado pelo espaço-fenomenológico privado. Esses são inimigos da democracia, mas se tomam como seus protetores e propagadores.

Com esses comportamentos mostram que estão mais para Freud do que para Sartre. São Édipos aprisionados nas correntes dos fantasmas familiares protegidos por instituições também edipianizadas. Neles a essência precede a existência. Uma clara lógica determinista do filósofo Hegel.

Assim, nunca são princípios, mas tão somente insuportáveis consequências. Entretanto, é aí que salta a ironia de Sartre: todo edipianizado escolheu sua edipianização. Logo, não há como ninguém escapar de suas escolhas. Até os freudianos. Na existência não há desculpas.  

DILMA, QUE JUNTO COM O POVO TRANSCENDEU EM DILMOCRACIA, NÃO É PSICANALISTA, MAS FEZ O DIAGNÓSTICO PRECISO DE TEMER: ”É PEQUENO E MESQUINHO”

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A psicanálise diagnostica uma pessoa mesquinha como alguém que na infância sofreu fortes frustrações por força de atos repressores desencadeados pelos pais. Esses atos aos reprimirem o desejo de prazer investido pela criança no pai ou na mãe produziram nela rastros profundos de medos reprimidos por suas censuras ao imaginar ter cometido algo errado que merece castigo. Aí a culpa que na vida adulta se apresenta como inveja, ódio e necessidade de vingança compulsiva. Muitas vezes como necessidade compulsiva de ser punido.

Tudo que é ilegítimo tem em sua constituição elementos claros de frustrações projetadas em sociedade como busca sublimada do desejo reprimido. Uma espécie de prótese, ou máscara, fantasiosa gratificante para o medroso-invejoso. No sujeito-sujeitado, frustrado, a mesquinhez se torna o leitmotiv das projeções do invejoso sobre aqueles que ele tem em conta como seus inimigos. Porém, todas estas projeções invejosas, traduzidas como atos mesquinhos, não passam de exaltação e confirmação de que a pessoa invejada é na verdade grandiosa e superior. Por isso, o ódio-invejoso contra sua superioridade.

A presidenta Dilma Vana Rousseff afastada do governo popular eleita com mais de 54 milhões de votos por golpistas invejosos e medrosos, como afirmou o senador, Romero Jucá, em gravação de Sérgio Machado, em função de sua vontade de potência que lhe faz combativa tenaz na busca de seus direitos junto com a maioria do povo brasileiro de todas as instâncias da sociedade, é hoje um conceito que despontou nacional e internacionalmente: Dilmocracia. Dilma composta com o povo-democracia.

Transcendida em sua atuação junto com povo em busca do resgate da democracia no Brasil usurpada pelos golpistas, a dilmocracia exacerbou nos invejosos mais ódios. Aí um dos fortes corpos que levaram Temer, a recorrer à força para extrair da presidenta, direitos como alimentação e transporte. Atitude invejosamente-mesquinha que explicitou para a maioria do povo brasileiro quem é o golpista-mor, Temer.

Dilma penetrou nos subterrâneos da mente de Temer e, mesmo não sendo psicanalista, expôs para o Brasil o inconsciente tenebroso que nem ele sabe que lhe transporta. Não sabe, porque, como diz Freud, o “ouvido não é o vivido”.

“O governo interino é pequeno e mesquinho. O que explica nesse momento é que precisam de uma ruptura democrática para viabilizar outras, que não passam pelo processo eleitoral.  

Estão testando sistematicamente as características de um regime democrático. Tentam proibir meu direito de defesa nas instâncias da Câmara e do Senado. Tentam transformar o Palácio da Alvorada em uma “prisão dourada” colocando uma barreira. Criam obstáculos para o meu direito de ir e vir. Ainda apresentam todas as sortes de armadilhas. Me obrigam a responder se foi golpe ou não.

A lei que rege o impeachment é absolutamente arcaica. É estarrecedor que, sem nenhum voto, um governo provisório e interino assuma a condução do país e desmantele o seu aparato institucional.

Ninguém é ingênuo para não saber que a grande briga é no Senado. Temos que ter 28 votos no Senado, mas a briga é ganha porque os senhores senadores fazem parte da sociedade, mas é ganha por todos que acreditamos na democracia”, afirmou a presidenta Dilmocracia.

Escute e veja o vídeo com a fala de Dilmocracia na íntegra.

NO DIA DAS MÃES, GENITORAS DOS DEPRAVADOS DEPUTADOS GOLPISTAS RECEBERÃO PRESENTES. ACEITARÃO? TAL FILHO, TAL MÃE?

caixa-de-presente-quadrada-Freud, em sua psicanálise familiar, afirma “que a criança é o pai do homem”. Das vivências da criança em família resultarão sua formação adulta. Ele atribuía às interferências dos pais na existência da criança como fatores preponderantes em sua formação educacional. Assim, como também as formações simbólicas criadas pela criança em suas relações com seus pais. Sintetizadas principalmente nos dois complexos: castração e Édipo.

Para Freud tudo se resumia no quadro familiar com a participação dominante do pai. Seria a confirmação do patriarcalismo, com sua moral burguesa- paulínea. Para alguns, moral-burguesa-hebraica-cristã. Essa posição imperiosamente familiar foi e é frontalmente contestada.

Os filósofos Deleuze e Guattari em seus estudos o Anti-Édipo, explodem esse famialismo freudiano mostrando que o que ocorre verdadeiramente nas vivências familiares não passa de um agenciamento coletivo de enunciação constituído por corpos histórico, econômico, político, sociológico, antropológico, estético, etc., em forma sintética de delírio histórico propagado pelo sistema-dogmático do capitalismo paranoico. Desta forma, quando um homem e uma mulher se aliançam, já foram, há muito tempo, capturados por esse agenciamento que transferem aos filhos, como também a escola, a vizinhança, e classe social.

Embora uma criança sofra essa forma de agenciamento coletivo de enunciação imposto pelo sistema dogmático capitalista paranoico em todos os territórios que ela possa realizar percursos, é possível que ela produza como devir, uma variável genética ou imaginária que a põe a salvo do processual que lhe pretendia sujeito-sujeitado a esse agenciamento psicotizante. Porém, na maioria das famílias essa variável não de manifesta na criança dada a força de repressão imposta por esses códigos capturadores.

De qualquer sorte, grande parte da sociedade brasileira, presenciou no dia 17 de abril a indicação dos votos dos parlamentares golpistas. Quase todos dedicaram aos seus pais suas decisões (?), e, em exclusividade, a suas mães. Dado o forte teor depravado desses golpistas, essa parte da sociedade brasileira, agora, com a comemoração do Dia das Mães, deve se perguntar: Essas mães aceitarão os presentes concedidos a elas por seus filhos depravados? Ou não aceitarão?

Não há saída. Se Freud estiver certo com sua máxima “a criança é o pai do homem”, elas aceitarão. Se Deleuze e Guattari estiverem certos, elas aceitarão. Porque nos dois casos os depravados são produtos das duas fontes. Entretanto, se elas não tiverem imposto aos seus filhos o processo de psicotização familiar freudiano, e nem processado o agenciamento coletivo de enunciação como forma de tornar seus filhos sujeitos-sujeitados ao delírio histórico paranoico, elas não aceitarão. Seus filhos tornaram-se depravados antidemocratas por livres e espontâneas escolhas suas.

Então, o caso agora em com o filósofo da liberdade Sartre. Eles são depravados antidemocratas por suas escolhas, porque um homem é sua própria escolha. O homem é ele e suas escolhas. Não adianta se recorrer ao subterfúgio “a criança é o pai do homem”, como desculpa. Sou depravado antidemocrata porque meus pais assim me fizeram. Não, sou depravado antidemocrata, porque assim me escolhi.

Mãe, não têm desculpas!  

 

TEMER E A EJACULAÇÃO PRECOCE

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Qualquer adolescente, em sua fase masturbatória, sabe o que é ejaculação precoce. Sabe que a ejaculação precoce á a negatividade do ato sexual completo. Envolvido por uma forte excitação física sem controle mental, o esperma é ejaculado precocemente antes do envolvimento com o objeto de sua finalidade. Ou seja, trata-se apenas de uma descarga da excitação. Em alguns casos, o objeto é sequer imaginado como réplica de sua existência material no exterior.

No alcunhado homem adulto, a ejaculação precoce pode ser causada por componentes fisiológicos e psicológicos. Para os psicanalistas existenciais, ela é causada por componentes ontológicos que demonstram o malogro da existência desse tipo de homem, posto que o sexo é uma das potências efetivas da existência que externam o comprometimento autêntico ou não dele com o mundo .

No primeiro caso, uma disfunção física relacionada com os corpos sexuais do homem pode causar a ejaculação precoce impedindo o gozo cujo fim só é possível no envolvimento afetivo e efetivo do homem com a mulher. Dependendo do caso, um tratamento pode solucionar a dificuldade orgástica. Como diz o psicanalista Lacan, o homem é o ser do gozo.

Já no segundo caso, os fatores causadores da ejaculação precoce encontram-se ligados diretamente às vivências do adulto quando criança em relação ao seu desejo libidinal-sexual investido em sua mãe e seu pai. Quando a criança vivencia fortemente a ameaça da castração promovida por um pai severo que dificulta sua relação oblativa com a mãe, ela, ao invés de ser tida pelo menino como sua amante, passa a ser representada como uma ameaça punitiva. A mãe antes desejada pelo menino torna-se sua imago de perseguição. Seu medo devorante. Tudo, como reflexo da ameaça punitivo representado pelo pai. O menino deseja a mãe, porém a ameaça paterna de castração faz com ele inverta esse desejo e a coloque como imago-castradora que vai se refletir em sua relação com as mulheres em sua existência adulta (?).

Certo que o processo não se desenvolve tão simples assim, mas o que se pode extrair daí é que a ejaculação precoce é na verdade o medo que o homem tem de ser castrado (devorado) pela genitália da mulher, que no momento do ato sexual representa para ele, simbolicamente, sua mãe. Medo e culpa, carregam a ejaculação precoce. Por isso, o ato sexual para ele não passa de uma encenação em que ele simula que deseja a mulher para realização erótica de sua libido sexual com ela. Ejacular antes do contato com a mulher ou mesmo na penetração antes que ela participe do ato sexual efetivamente, é sua salvação. Embora depois lamente.

Considerando a ejaculação precoce como a impossibilidade da realização afetiva e efetiva do ato do sexual, pode-se afirmar que se trata de uma forma de impotência. Uma forma porque há a excitação, há a ereção do pênis, só não há a complementaridade do ato sexual em função do medo castrador. Uma breve lembrança: muitos misóginos sofrem de ejaculação precoce. Outra breve lembrança: os estupradores também são ejaculadores precoces. A violência sexual praticada por eles, de forma veloz, é sintoma do pavor que eles têm da mulher. Eles buscam na violência do estupro somente a descarga fisiológica que lhes incomoda.

Em relação à ambição pelo poder, Temer é um caso insofismável de ejaculação precoce com característica duplicada. Ele se excita ao desejar o poder e fantasiar o que ele pode lhe auferir de benefícios glorificantes como respeitabilidade, comando, decisões, invejas, por isso não se preocupa se o ato de conspirar é um mal em si e uma ausência de valor, como afirma Machiavel, em seus Discursos.

Para ele, no atual momento, o que importa é experimentar a excitação e imaginar o que ela pode lhe presentear como fantasia. Como querer possuir aquela “mulher bonita e gostosa… A mulher-Maravilha”, como diz humoristicamente a banda Performática. O boom da excitação, já que ele tem a experiência precocemente ejaculatória da função de vice que lhe impede de chegar ao orgasmo com o poder ao possuir a presidência. O que seria em realidade ser eleito presidente através do voto de seus eleitores. O orgasmo político impossível. A tala carta à Dilma, agora a divulgação do áudio e as promessas aos seus pares, fazem parte dessa excitação-fantasiosa que terminará com a ejaculação precoce. Uma ejaculação precoce que não será só dele, mas de todos os golpistas.  

O pior para Temer, e logicamente para seus pares, é que se o golpe se concretizar – é lógico que não vai ter golpe! -, ele, em sua condição de sujeito-sujeitado à ejaculação precoce de poder, jamais poderá realizar qualquer política efetiva em benefício da população brasileira em função de sua impotência-política causada pelo medo da democracia. A Grande-Mãe que embala e protege todos os filhos contra os impotentes tiranos. Que em seu caso específico, com seu modus operandi personalista, conspira contra um governo eleito democraticamente e que não cometeu qualquer crime para ser golpeado.

Freudianamente, Temer, tem pavor da Grande-Mãe da democracia brasileira real: Dilma Vana Rousseff. Um caso psicanalítico explícito de vingança-edipiana que não se concretizará na objetividade brasileira.   

A democracia não tem qualquer relação com a ejaculação precoce. A democracia é virtù, multitudo, efetivada como sujeito coletivo produtor de comunalidade.

A SÍNDROME PSIQUIATRA DE BORDERLINE MOSTRA A MENTE DOS GOLPISTAS-FASCISTAS: BAIXA TOLERÂNCIA PARA SUPORTAR FRUSTRAÇÃO. SEM TOLERÂNCIA NÃO HÁ DEMOCRACIA

boderlineUm dos corpos-políticos constitutivos da democracia é o pletos que em seu étimo  significa pluralidade. Mas a pluralidade nela mesma não constitui democracia. São necessárias a homologia e a homonoia. A homologia é o discurso dos iguais. A homonoia o pensamento dos iguais. Dialogar e pensar em sociedade pelos mesmos interesses públicos. Fundamentação dos governos populares como afirmam os filósofos Machiavel e Spinoza.

São esses corpos políticos que vão constituir o conceito e a práxis da democracia como a multiplicidade dos iguais. Pluralidade em que todos mantém suas individuações, mas em composição com as potências de todos formando o Estado Democrático de Direito onde um representa todos e todos representam suas potências nesse um. Assim, no Estado de Direito Democrático o governante não é um tirano, visto que se encontra  ligado em compromisso e responsabilidade com todos através do bem comum. O que é público e fundamenta os direitos e deveres dos cidadãos.

A democracia é um regime que não pode se constituir sem alteridade. Sem a simpatia e a empatia política com o outro. Por isso o filósofo Spinoza mostra que não se nasce racional e nem social. Para ele o homem só se torna racional e social quando ele processa nele mesmo a alteridade com o outro que o leva a compreender sua responsabilidade e participação nas decisões da sociedade. Sem a faculdade racional e social não há democracia. Não basta ser um animal racional, como diz Aristóteles, se o ser racional não emergir na práxis social.

Outro princípio que funda a democracia e a mantém, é a tolerância. Sem tolerância não há alteridade e, consequentemente, não existe o outro. Mas tolerância não significa suportar qualquer determinação do outro. Principalmente determinação arbitrária e violenta. Também ninguém nasce um ser tolerante. Ela é resultante da práxis que começa na família, como as faculdades racional e social, e se estende pela escola e chegando aos mais longínquos territórios ontológicos humanos.

Porém, nem todos que nascem atingem essas faculdades racional e social e os princípios da alteridade e tolerância fundamentos da democracia que leva ao diálogo e ao pensamento comunitário. Esses, durante seus desenvolvimentos bio-psíquico-social sofreram algumas alterações genéticas que o impediram de experimentar, de forma benéfica, os acasos sócios-culturais. Como diz o filósofo Nietzsche, são os atrasados. Os que não vivem em nosso tempo e querem de todas as formas, fazer prevalecer o que sentem como realidade.   

A psiquiatria mostra a síndrome apresentada por eles. A síndrome de Borderline onde seu principal sintoma é a baixa tolerância para suportar frustrações. Esses pacientes psiquiátricos, como vivem em um estado fronteiriço entre as investidas de seus impulsos inconscientes e suas consciências, quando vivenciam uma situação contrária a que eles esperavam, eles reagem com ódio, violência e sentimento de vingança. Resultado dos resíduos psíquicos conflituosos de seus inconscientes que eles não puderam controlar. Um quadro psicótico caracterizado, como diz Freud, por suas perversas relações incestuosas-edipianas oriundas de um pai dominador e castrador. Por isso, toda vez que eles se frustram eles tentam, com seus ódios, escapar da imago perversa do pai agredindo outras representações simbólicas na sociedade que para eles representam o pai. Essa intolerância diante da frustração é também conhecida como hemorragia mental.

Tem sido assim com Lula, onde eles projetam suas síndromes como se Lula tivesse responsabilidade pelas suas existências malogradas. Assim, como também o ódio à decisão jurídica democrática do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF) fazendo prevalecer o Direito Constitucional.

Como a democracia tem como um dos seus princípios a tolerância, fica indubitável que eles, por não suportarem a tolerância, não são democratas. E suas reações não têm qualquer signo coletivo. O que significa que como golpistas-fascistas eles só expressam os sintomas de suas síndromes psiquiátricas de Borderline.

Como o que se passa no Brasil em termos de ódio, inveja e violência contra a democracia é mais uma caso de psiquiatria do que de política (apesar da psiquiatria ser política) vamos apresentar alguns sintomas desses pacientes decorrentes de alterações genéticas, abusos sexuais, violência traumática na infância, todo tipo de abandono, entre outras causas.

– Alteração do humor com euforia e tristeza.

– Sentimento de raiva.

– Desespero e pânico.

– Irritabilidade.

– Pavor da solidão.

– Ansiedade como impulso a agressividade.

– Pavor de abandono.

– Impulsividade.

– Desrespeito as leis.

– Consumo compulsivo de drogas.

– Compulsão por jogos.

– Baixa autoestima.

A única terapia eficaz para esses pacientes é a democracia. Mas o difícil é fazê-los acreditar. Enquanto isso, a sociedade espera a aplicação das leis quando da prática de seus transtornos Borderlinianos.  

EMBAIXO DA MÁSCARA DO ÓDIO E INVEJA NAZIFASCISTA HÁ UMA CRIANÇA MORTIFICADA

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O magnífico feito do homem foi à criação da linguagem. Inicialmente transitando pelo mundo sem referencias que pudessem sustentar sua jornada, tudo para o homem era obstáculo. Porém com seus desenvolvimentos genéticos-sensórios-epistemológicos suas acuidades sensorial e intelectiva foram descobrindo um mundo se dando em visibilidade. Aí, ele começou a significá-lo. O mundo se deu ao homem que o recebeu em compreensão. Era processada a linguagem. Tudo passou a ser signo. Significado sensório-material e significado cerebral-intelectivo.

De sua forma sensória-intelectiva-fonética, a linguagem se processou em formas gestuais, corporais e incorporais. O homem tornou-se todo linguagem. A linguagem atingiu territórios que antes escapavam ao homem. Assim, ele conseguiu realizar o processo de materialização da passagem do conteúdo à forma. A comunicação tornava-se possível entre a comunidade. O conteúdo e a forma se concretizaram na comunicação. O interior no exterior. Assim, tornou-se possível expressar o conteúdo-interior em forma-exterior.

Um olhar, um movimento de braço, um andar, um grito, um suspiro, uma inflexão vocal qualquer, tudo se mostra como linguagem. Como significado-significante. Imagem-mental e conceito. É a comunicação se apresentando entre os homens. Mas, essa comunicação sustentada em conteúdo e forma, não termina nela mesma. É preciso exame do que é comunicado. O senso-comum não é dado a esse exame, por isso, é uma doxa (opinião) vulgar, superficial. Muito bem usada pelos que não querem ser incomodados pelas revelações que possam saltar do interior-conteúdo submetido ao exame. É esse receio do resultado desse exame que faz com que o nazifascista não saiba quem ele é. Porém, os que observam o ódio e a inveja do nazifascista não podem temer esse exame.

O nazifascista sempre promove uma pergunta para os que não são nazifascistas. De onde vem tanto ódio? Esse ódio é uma máscara sobre outras máscaras saídas de uma cena profundamente traumática. O nazifascista quando criança, talvez quando tinha menos de um ano, há psiquiatras que afirmam que o trauma ocorreu entre um ano e dois, sofreu um trauma mortificador. Ele foi fortemente oprimido pelos pais – pode ser só o pai – de forma violenta através da linguagem fortemente castradora. Criança, indefesa, ele ficou paralisado pela fúria que foi submetido. Mortificado, porque paralisaram todas suas funções corporais, sensoriais, motrizes e cognitivas, ele por um momento observou em pânico a imagem de seu algoz. Que pode ser opressão física e psicológica. Uma surra, um olhar, um desprezo, uma palavra de acusação, julgamento e condenação.

Como sua natureza, apesar da dor, tinha que se movimentar, ele realizou uma fuga: se identificou com o agressor. Para Freud é um claro sintoma de homossexualismo: identificação com a imagem do pai. Essa é sua primeira máscara. O mundo ao seu redor passou então a ser sentido por ele em forma abstrata, porque ele havia perdido, com a interdição-opressiva, os corpos sensitivos e cognitivos a possibilidade de sentir o mundo concretamente. A partir, desse momento ele, visto que precisava existir no meio de pessoas além de seu grupo familiar, passou a criar outra máscara. O filósofo Nietzsche, embora vivendo próximo à Freud, mas sem qualquer influência do psicanalista, pelo contrário, este que foi influenciado pelo filósofo, diz que debaixo de uma máscara existem outras máscaras, e que é preciso ir além da superfície. O nazifascista é um sujeito-sujeitado de superfície. Nada nele tem profundidade.

Se nada nele tem profundidade, é necessário que os que não são nazifascistas não caiam nesse logro de tomá-lo apenas como superfície. E para não cair nesse logro, imprescindível se faz examinar sua concreta interioridade dissimulada na superfície pelos signos do ódio, inveja, estupidez, brutalidade, irracionalidade, que quer ser tida como coragem, quando essa interioridade muito abaixo de todas as suas máscaras, mostra uma criança mortificada pela opressão sofrida. Uma criança medrosa, acuada, desesperada, desamparada, a procura de alguém que lhe proteja. Que lhe vivifique.

Com esse exame podemos observar que o nazifascista incrustou em si essa máscara de ódio para poder sobreviver ao seu modo como sublimação de sua dor de criança mortificado. Por tal, seu modo total de sentir o mundo é abstrato. Mas é preciso entender também, que nem sempre o nazifascista se explicita claramente. Por isso, o exame tem que ser amplo, já que ele encontra-se em todos os territórios existenciais. Em instituições, em cargos que representam o poder, como o Poder Judiciário, Legislativo, Executivo, na igreja, no mudo chamado de entretenimento, na escola, universidade, nos esportes, no jornalismo, nos gêneros heterossexuais, no casamento, em forma de homossexualismo uranista – relativo ao deus Uranos – tipos de homossexuais, homem ou mulher que mesmo praticando ou não o homossexualismo nutrem um ódio profundo pelos homossexuais, cuja expressão típica é a arrogância, a prepotência, o autoritarismo, sintoma paranoico produzido pela relação incestuosa com o pai, como nos mostrou o Terceiro Reich composto por esse tipo de homossexuais uranistas.

Diante desse quadro, podemos entender que um país governado por nazifascista corre dois graves perigos. Um é que o governo terá como suporte os instintos destrutivos produzidos pelas fantasias e delírios paranoicos de vingança que a criança construiu contra o pai quando se sentia oprimida e que serão simbolicamente projetadas na sociedade como forma sublimada de administração, burocracia e justiça. O que significa que o país será a grande clínica psiquiatra de tal governante. Exemplo cristalino: Hitler. Dois como se trata de sintoma, o nazifascista não tem os corpos afetivos e epistemológicos para produzir políticas públicas democraticamente necessárias ao povo. Porque ele é um sujeito-sujeitado, limitado sensorial e epistemologicamente. Por isso sua fala é basicamente construída por estereótipos, chavões, palavras de ordem, clichês, pornofonias, pornografias. Linguagem da superfície.

Outra observação sobre o perigo da ascensão do nazifascista em um país nos é bem mostrado pelo psiquiatra-marxista Wilhelm Reich. Ele analisando a ascensão do nazismo na Alemanha disse que não estava convencido de que o nazismo na Alemanha tivesse sido obra exclusiva de Hitler. Para ele o povo queria o nazismo. Como o nazismo é uma subjetividade da dor que cultua a morte, um povo sofrido sem esperança política, econômica e social qualquer prefere mais a morte do quê a vida. E o nazismo é a subjetividade exemplar nessa pedagogia de elogio à morte. Filósofos como Marx, Nietzsche, Sartre, entre outros, mostraram essa realidade.

No caso específico do Brasil atual, ter um governo nazifascista é impossível, porque o povo brasileiro não foi capturado pela subjetividade nazifascista do desejo de morte. Culto a tânatos, em grego o deus da morte. As políticas sociais e econômicas, as políticas de direitos humanos, das igualdades negras, indígenas, mulheres, géneros, criadas e estimuladas pelos governos populares de Lula e Dilma possibilitaram ao povo a segurança e a crença em sua potência criadora e transformadora como sujeitos ativos do processual histórico.  

E para o bem da democracia brasileira, o número de nazifascistas no Brasil é diminuto em relação aos que se movem pelo espírito democrático. A potência-multitudo imperium, como nos mostram os filósofos Machiavel, Spinoza e Toni Negri, entre outros.

 

 

 

PREVISÕES DA MÃE TRANSVISÃO PARA O ANO DE 2016

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Embora conhecendo o adágio temporal-sacro de que “o futuro a Deus pertence”, membros dos vetores comunicacionais da Associação Filosofia Itinerante (Afin), Blog Esquizofia e Blog Afinsophia , fizeram uma vista a Casa da Mãe Transvisão com o intuito de pedir a ela que, em sua potência-transcendental, realizasse algumas previsões para o ano de 2016 que já se encontra adentrando no ano de 2015. Ano em que as direitas do Brasil contam minuciosamente os segundos para que encerre seu ciclo, visto que fora um ano em que elas não tiveram qualquer de suas intenções conspiradoras consumadas. Entre elas, depor Dilma e prender Lula, dois expressivos brasileiros por suas originalidades.

Mãe Transvisão, como sempre carinhosa, solícita, meiga e inteligente atendeu os consultantes. Em seu salão nobre, completamente colorido, de um psicodelismo envolvente, enlevado por aromas agradáveis, sonorização fluente, ela, em seu traje singular composto por traços cativantes, envolveu-se com a transcelestidade, transtemporalidade, transhistoricidade e trancedência e realizou seus contatos que nos foram comunicados como formas de previsões.

Como Mãe Transvisão é uma mulher eminentemente politizada, ela começou suas previsões pelo que há de pior no Brasil: as ignóbeis trapaças das direitas golpistas comandadas pelo seu persona non grata, Eduardo Cunha.

Então, leiamos as previsões da infalível Mãe Transvisão.

  • No começo do ano de 2016, Eduardo Cunha conquistará a tríplice coroa: será destituído da presidência da Câmara Federal será cassado e preso.

  • Aécio Cunha vai aumentar mais ainda seu tônus biliar: Dilma continuará seu objeto de desejo inatingível. Continuará tramando, mas vai aos pousos ficando mais isolado que já se encontra. Até os coxinhas lhe abandonarão. E para acabar de vez com sua simulação de honestidade, Janot vai pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) investigação sobre a Lista de Furnas. Esquema de corrupção comandado pelo PSDB sob a orientação do próprio ressentido-compulsivo.

  • Fernando Henrique vai sofrer um grande baque em seu narcisismo já tão anêmico: Dilma vai ter a popularidade de seu governo aumentada.

  • Serra sofrerá investigações e terá seus projeto entreguista do pré-sal totalmente combalido.

  • O senador Agripino Maia vai ser condenado pelos crimes de corrupção e perder o mandato.

  • O vice-presidente Michel Temer, continuará sendo apenas uma figura decorativa no governo Dilma. E sua fama de golpista vai aumentar e nem as mídias aberrantes, suas defensoras, vão conseguir protege-lo.

  • O deputado Jean Wyllys do PSOL vai conseguir maior aderência em suas ideias que serão compartilhadas por grande parte da sociedade brasileira.

  • A deputada Jandira Fegalli do PCdoB vai se tornar a representação-mor das mulheres combativas do mundo indicada por organismos internacionais.

  • Os institutos de pesquisa eleitoral vão sofrer o ano inteiro: terão que divulgar resultados de suas pesquisas para a eleição presidencial de 2018 com Lula disparado na liderança.

  • O deputado racista e homofóbico Bolsonaro será definitivamente condenado por ter ofendido a deputada Maria do Rosário (PT/RG).

  • Fernando Henrique terá um ano doloroso e tenso: as investigações sobre esquema de propina na Petrobrás em seus governos aumentarão de tal forma que nem as mídias, suas protetoras, poderão escamotear as notícias sobre esse esquema de onde se originaram Paulo Roberto Costas e Pedro Borusco, ambos presos pela Operação Lava Jato.

  • Dilma não vai sofrer impeachment, a economia vai voltar a crescer, a maioria dos brasileiros terão suas vidas melhoradas e parte das direitas vai morar na Argentina para apoiar o governo Macri.

  • Lula será indicado ao Prêmio Nobel da Paz e Fernando Henrique será acometido de forte crise de invejite-tremules.

  • Os movimentos sociais e os sindicatos serão mais fortalecidos e terão maiores participações em decisões importantes para a sociedade brasileira.

  • As artes como o cinema, teatro, música, literatura, dança, todas as formas de expressões populares terão maiores investimentos.

  • Os estudantes do ensino público do estado de São Paulo, que mudaram o conceito de educação no estado defendido pelo governador Geraldo Alckmin com seu plano de ‘reorganização’, vão constatar o fim desse plano.

  • O compositor, cantor, escritor, teatrólogo, poeta, articulista Chico Buarque receberá das mãos de um organismo internacional o título de representante-maior da sensibilidade e inteligência frente estupidez-arrogante da burguesia-desvairada.

  • A surpresa das eleições municipais de 2016 será o número de prefeitos eleitos de partidos progressistas, assim como vereadores.

  • Em Manaus, o prefeito que jurou aplicar uma surra em Lula, Arthur Neto, não será reeleito apesar do grande esquema de cooptação de funcionários como cabo eleitorais. Seu pior cabo eleitoral serão os buracos que ele produziu em Manaus como continuação das gestões de prefeitos anteriores como seu amigo Amazonino, ex-prefeitos Serafim e Alfredo. Professores, médicos e outros profissionais lambaios continuarão votando nele, mas não será um número insuficiente para reelegê-lo.

  • Muitos vereadores que usam as igrejas como catapulta para a vereança não serão reeleitos, assim como os chamados novos também.

  • Os principais candidatos que disputarão a prefeito de Manaus serão um de partido progressista e outro, como é comum no Brasil, de um partido reacionário. Mas não serão do PSDB, PPS, DEM, SD e REDE.

  • O governador do Amazonas, José Melo, será cassado, mas vai recorrer em outra instância. Porém, no final será cassado de vez.

  • No mesmo momento da derrota de Arthur e a cassação de Melo, jornalistas e empresas de comunicação submissas e calculistas a ambos cuspirão nos pratos que babaram.  

  • A TV Globo vai continuar perdendo audiência junto com sua emissora de rádio CBN, e será denunciada e investigada pelo FBI no esquema de corrupção da FIFA e ainda será, terminantemente, obrigada a pagar sua dívida com a Receita Federal.

  • As inúteis revistas lamê Veja, Época e IstoÉ diminuirão suas finanças, irão despedir funcionários e ficarão com os pés na cova do capitalismo.

  • Por sua vez, os blogs, sites, portais progressivos, também conhecidos como “sujos”, aumentarão seus acessos. E também terão aumentados seus anúncios de publicidades.

  • A Seleção Brasileira vai continuar sofrendo em busca de sua classificação para a Copa do Mundo. Porém, só no ano que vem é que se saberá ao certo se será classificada ou não.

No fim das previsões, os membros dos blogs pediram que Mãe Transvisão, fizesse algumas previsões para a Afin. Então, ela pousou nos membros dos blogs um olhar cândido e sorrindo suavemente disse que a Afin apenas processasse seus devires com confiança, engajamento e responsabilidade como vem fazendo há mais de 13 anos.

O que eles queriam mesmo era saber qual seria a conclusão do processo que a Afin vem respondendo no Paraná porque seu Blog Afinsophia publicou um artigo, em 2012, sobre um caso de racismo e foi acusada de prática de ofensa e ter que pagar R$ 30 mil de indenização.

Ao saírem da casa sagrada Mãe Transvisão abraçou todos os abençoando  proferindo louvor: “Axé, meus filhos e filhas!”. Ao que eles responderam: “Axé, Mãe Transvisão!”

O DEPUTADO ENGAJADO JEAN WYLLYS (PSOL) DISSE QUE CUNHA É SOCIOPATA. E OS OUTROS?

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O movimento da antipsiquiatria se manifestou na década de 60 como um devir-político contrário aos principais fundamentos da psiquiatria ortodoxa e a psicanálise que reduziam seus fundamentos aos diagnósticos classificadores que rotulavam os pacientes qualificados como loucos relegando-os a produtos do complexo de Édipo. Ou seja, as psicoses se fundamentam na cena triangular. Assim, como também, o fator narcísico. Diagnosticar, rotular, confinar afastando o louco como ameaça social.

Os dois grandes antipsiquiatras dessa década são o sul-africano David Cooper e o inglês David Laing que apresentaram seus trabalhos impulsionados pelos conceitos dos filósofos Marx e Sartre, sem deixar de lado as formas de expressões das artes como o teatro, a música, a pintura, a literatura, a poesia o cinema, entre outras que fundamentos para conhecer as relações interpessoais e suas manifestações. Como ocorre sempre quando um devir-político se manifesta os dois foram muito contestados. Mas não adiantaram as contestações. Seus novos conceitos antipsiquiátricos tocaram no dogma da psiquiatria ortodoxa e na psicanálise.

Paralelamente ocorria o movimento da desinstitucionalização dos hospitais psiquiátricos comandados por Franco Basaglia com sua Psiquiatria Democrática Italiana que se espalhou pelo mundo, chegando até ao Brasil com grande força de mudança. É um movimento que até hoje se encontra em ação. Livrar o paciente das garras perversas da institucionalização psiquiátrica para ele se tornar, também, sujeito responsável por sua cura. Se que ele é um doente, já que, como diz Marx, as instituições sociais no sistema capitalista são manifestações patológicas.

Também ainda na década de 60, mas se mostrando com maior clareza e textura na década de 70, os filósofos Deleuze e Guattari realizaram com a obra O Anti-Édipo a revolução que tocou fortemente nas raízes da psicanálise principalmente em seu dogma maior o Complexo de Édipo, a menina dos olhos de Freud que sem ela nem Freud e nem a psicanálise existiriam. Como eles mesmos mostraram no desdobramento do Anto-Édipo, com a obra Mil Platôs, trata- se da verdadeira filosofia política. Tudo é uma questão de política. Até a antipolítica praticada no Congresso Nacional brasileiro.

Como é possível entender, os três movimentos se assemelham em um enunciado: enfraquecer o poder de rotular para imprimir nas pessoas rotuladas o conceito-discriminador de louco ou anormal. Uma forma de alienar e excluir pessoas de suas condições existenciais. Um recurso não muito visível usado pelo capitalismo para tornar a sociedade um mundo das aparências, mas que Marx com sua perspicácia tornou visível. Daí porque todos os três movimentos têm relação direta com o pensamento do filósofo Mouro de Trier.

Entretanto, existem alguns sujeitos-sujeitos que têm comportamentos que obrigam a comunidade a recorrer a alguns conceitos da psiquiatria com o propósito de torná-los mais visíveis, no meio em eles se alocam para que essa comunidade se resguarde das ameaças que esses sujeitos-sujeitados representam contra ela. Foi nessa situação que o engajado, honrado e atuante deputado Jean Wyllys (PSOL/RJ), recorreu ao conceito psiquiátrico de sociopatia para revelar a sociedade brasileira a síndrome Eduardo Cunha.

“Eduardo Cunha é um homem vil, ordinário, um sociopata, que praticamente colocou o Brasil a beira por interesses pessoais. Ele saiu do controle, da medida, hoje ele virou um problema. Ele deve ser cassado e preso em decorrência dos crimes que vem praticando há muito tempo”, diagnosticou Wyllys o Cunha.

O conceito psiquiátrico de Jean Wyllys sobre Eduardo Cunha sai de alguns sintomas que o deputado investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e em processo de cassação no Conselho de Ética na Câmara Federal por quebra de decoro parlamentar, apresenta em seus comportamentos.

  • Ele mente compulsivamente.
  • Não respeita as normas sociais que estabelecem as formas de comportamentos das relações entre os homens em sociedade.
  • Não apresenta qualquer sinal de remorsos resultante de seus atos prejudiciais ao meio em que se encontra.
  • Tem impulsiva e compulsiva disposição para agir só em seu benefício.

Jean Wyllys diagnosticou Eduardo Cunha, mas não diagnosticou outros que lhe auxiliam em suas ações antidemocráticas, visto que ele sozinho não teria toda essa performance que apresenta. Esses outros também mentem compulsivamente e devem ter sido eleitos em seus estados através da mentira e a mentira partidária é mentira social. Mentira que atinge a sociedade. Ao mentir eles não apresentam qualquer remorso, já que seus comportamentos saem da disposição impulsiva e compulsiva para agirem em seus benefícios. E aí se encontram todos os golpistas, visto que esse golpe é anticonstitucional, mas eles não sentem qualquer remorso diante de seus interesses. Logo, no sentido político, o sociopata é o anormal da democracia. Conceito político que certamente Cooper, Laing, Basaglia, Deleuze e Guattari não negariam.  

Mas Jean Wyllys não deve se desesperar, assim como milhões de brasileiros que cogitam o mesmo, Eduardo Cunha, segundo informações correntes, a Procuradoria-Geral da República (PGR) tem em sua disposição documentos que podem tirar Eduardo Cunha da presidência da Câmara Federal, já no começo de janeiro.

Não precisa nem esperar “quando o carnaval chegar”, como diz o filósofo da música brasileira Chico Buarque.

AS FASES MANÍACAS-PARANOIDE DE FERNANDO HENRIQUE IMPULSIONADAS PELA INVEJA CONTRA LULA E DILMA DE QUEM ELE QUER A RENÚNCIA

nassif_e_fhc86111No conceito da psiquiatria sobre psicoses existem duas que são muito bem conhecidas até por quem não se interessa sobre os estudos da saúde mental. Uma é a maníaca-depressiva e a outra a esquizo-paranoide.

Na primeira, relativa ao fator maníaco, a pessoa tem comportamentos soltos, difusos, agitados, ricos em situações desencadeadas, alegres, sem barreiras. Na segunda, relativa à depressão, a pessoa muda o grau do humor, antes maníaco, para o humor depressivo. É como se a pessoa deixasse a relação com o mundo exterior para refugiar-se em seu interior, presa as suas vivências.

Na segunda psicose, referente ao fator esquizo ( que em grego significa, divisão), a pessoa corta a relação com o chamado mundo real ou objetivo e passa a se comportar com atitudes móveis e cheias de fantasias. Tudo que o mundo objetivo coloca como forma, unidade, coerência e normas desaparecem no comportamento esquizo. Esse conceito de esquizo da psiquiatria não se refere ao conceito de esquizo para os filósofos Deleuze e Guattari que tem o sentido de processual do novo. No paranoide, a riqueza de imagens e movimentos que há no esquizo é substituída por um comportamento paranoico onde a pessoa passa a se comportar como se tivesse sendo perseguida. O medo lhe domina. Muitas vezes ouve vozes.

Com esse indicador das duas psicoses fica fácil compreender as fases maníacas-paranoides de Fernando Henrique. Uma conjunção das palavras maníaca saída da maníaca-depressiva e da paranoide saída da esquizo-paranoide. Desde o momento que os governos populares foram eleitos para governar o Brasil, primeiramente com Lula e depois com Dilma, ambos, eleitos duas vezes, Fernando Henrique não cansa de emitir opiniões claras de quem sofre dessa síndrome maníaca-paranoide extraída da taxinomia psiquiatra.

Impulsionado pela inveja, não tanto por ser mais velho que Lula 14 anos e mais velho que Dilma 16 anos, mas sim por seu estar-no-mundo como vaidoso, ele não consegue ter um momento de escape dessa síndrome. E para piorar essa síndrome ele, desnarcisadamente – uma pessoa desnarcisada é alguém cujo grau de narcisismo encontra-se muito baixo fazendo com que ela tenha baixa autoestima e, consequentemente, necessite compulsivamente do reconhecimento dos outros – encontra continuamente seu reflexo-invejoso nas mídias, suas semelhantes, no sintoma aberração ontológica.

Com as alucinações e delírios das direitas projetadas no governo Dilma em forma de golpe, ele tem expressado comportamentos que oscilam entre o maníaco e o paranoide em relação ao governo Dilma e sua pessoa. Ora, maniacamente, ele afirma que Dilma é honesta, que seu partido, PSDB, não deve propor o impeachment, Dilma deve ter condição para governar, o impeachment é prejudicial ao país, entre outras expressões que não fossem de origem maníaca seriam coerentes. Mas não há coerência em Fernando Henrique quanto a Lula e Dilma.

Em seguida entra na fase paranoide com o aumento do humor destruidor. Passa a denegrir o governo Dilma. Ontem, dia 30, em entrevista, depois de tecer considerações absurdas sobre o governo, afirmou que Dilma deve renunciar. Paranoicamente não lembra que não tem condições politicamente-éticas para pedir a renúncia de Dilma visto que não renunciou no tempo em que desgovernou o Brasil deixando-o arrasado e que foi preciso Lula junto com seu auxiliares e o povo para soerguê-lo. Esse um elemento forte de sua fase paranoide.

Um dos argumentos usados pelos golpistas, como Fernando Henrique, para tirar Dilma do governo é a corrupção e que vem sendo profundamente exacerbada pelas mídias golpistas. Como se a corrupção tivesse começado nos governos do Partido dos Trabalhadores. Mas a corrupção não tem fundamento nenhum para ser usada contra Dilma, já que ela e Lula são honestíssimos. Agora, que Lula recebeu o país onde a corrupção, principalmente na Petrobrás, já mostrava sua ousadia, recebeu.

Foi o que Fernando Henrique afirmou semana passada, em um momento maníaco, que ele sabia que havia corrupção na Petrobrás, nos seus governos, mas não fez nada para contê-la. Claro que não disse nenhuma novidade. A maior parte da população brasileira já sabia. Agora, quando entra no momento paranoide acusar o governo de corrupção, ocultando seu passado, só seus semelhantes lhe dão ouvido, porque são seus semelhantes. O que piora seu estado maníaco-paranoide.

 

 

VAMOS FALAR SOBRE GÊNERO?

IMG-20150915-WA0013Por: Brenda Oliveira*

Existem muitas características que nos tornam diferentes um dos outros ao passo que somos muito parecidos em outros aspectos. Dependendo da localidade onde nascemos e nos desenvolvemos adquirimos características bem diferentes em relação a uma região bem próxima da nossa. A escolaridade, a religião e a cultura nos fazem tão diversos.

Desde criança somos ensinados se comportar de maneira a corresponder às expectativas que foram colocadas no momento da nossa concepção. Se nascermos com uma vagina nossos pais nos ensinam tudo o que uma menina deve fazer e nós devemos seguir a risca esse padrão, ou contrário, seremos confundida com outro gênero, e isso é inaceitável.  

Crescemos dentro de uma perspectiva, que meninos jogam bola e meninas brincam de boneca, e nenhum pode entrar na brincadeira do outro. É como se em duas caixas fossem colocados os papéis de menina e os papéis de meninos. Cada um só pode usar as características das caixas que correspondem ao seu gênero imposto no momento do nascimento. Se alguém ousar sair da regra pode sofrer várias consequências.

Observamos isso de forma muita clara na sociedade, onde os papéis de gênero são construídos socialmente. Ser mulher é uma construção social, assim com o ser homem também é uma construção e isso nada tem a ver com o genital.

Para a biologia, o sexo é definido pelo tamanho das suas células reprodutivas (pequenas: espermatozoides, logo, macho; grandes: óvulos, logo, fêmea), e só. Mas isso não define um comportamento feminino ou masculino a forma como vou me colocar no mundo, a forma como meu gênero será imposto e como será minha expressão de gênero.  Isso varia conforme nossa cultura.

O conceito de ser homem e ser mulher é diferente em cada cultura, assim o que é considerado papel de mulher na Islândia pode ser considerado papel de homem no Brasil. Ser masculino no Japão é bem diferente de ser masculino no Brasil, por exemplo.

O gênero é social, e isso nada tem a ver com seus cromossomos ou o formato da sua genitália, tem a ver com o autoconceito, sua autopercepção. O papel de gênero que vamos adotar ou não independe de nossos genitais, está mais ligado à expressão social.

Se observarmos o tempo e a história, em algum momento passamos por mudanças e inversão de papel. Comportamos-nos como é imposto ao gênero oposto, seja em uma brincadeira de criança, ou seja, em caso de sobrevivência como foi para Maria Quitéria que se vestiu de homem para lutar na guerra da independência.

Dentro dessas nuances que é o ser humano, nasce a transexualidade. Atualmente o DSM V aponta a transexualidade como Disforia de Gênero, patologizante. Só que a transexualidade não é uma doença, não é contagiosa e muito menos uma perversão sexual. É uma questão de identidade de gênero. Vamos deixar claro aqui que nada tem a ver com a orientação sexual. A orientação sexual está no campo da afetividade, por quem ou por qual eu direciono minha libido, meu desejo sexual ou não. Transexualidade está no campo do autoconceito, da forma como me vejo e me coloco no mundo. Logo uma pessoa transexual pode ser hétero, bissexual, homossexual, pansexual ou assexuada.  

A transexualidade não é um capricho, podemos inclusive observar ao longo da historia. Para ser bem claro, mulher transexual é qualquer pessoa que reinvidica o reconhecimento como mulher. E homem transexual é qualquer pessoa que reinvidica o reconhecimento como homem, como bem definiu Jaqueline Gomes de Jesus.

O reconhecimento da identidade trans* ocorre ainda na infância para algumas pessoas, mas para outros ocorre ao longo da vida, principalmente na adolescência. Em sua maioria, tardam esse reconhecimento por diversos motivos, os principais são o preconceito (aqui vamos usar o termo transfobia, que é o termo usado dentro da comunidade T para se referir a discriminação de pessoas travestis e transexuais), repressão e a falta de conhecimento sobre o assunto.

Muitas mulheres trans* no inicio de sua identificação são lidas e se leem como homens gays afeminados e com os homens trans* a mesma coisa, no inicio são lidos como mulheres lésbicas masculinizadas.

Depois que chegam ao entendimento sobre sua identidade essas pessoas passa pela transição, ou seja, a adequação do corpo ao gênero com o qual se identifica. E graças aos avanços da medicina homens e mulheres trans* podem se hormonizar e alcançar um corpo igual ao de homens e mulheres biológicos, ou seja, cisgêneros. Isso claro, se a pessoa tiver dinheiro para custear todo o tratamento.

Do contrário o que o senso comum diz a cirurgia de adequação genital não muda o gênero. Como sempre diz Daniela Andrade, mulher transexual e ativista do movimento T no Brasil, “ninguém deita em uma mesa de cirurgia homem e levanta de lá mulher, assim como ninguém deita mulher e levanta homem” existe todo um trabalho que antecede essa cirurgia, incluindo uma equipe multidisciplinar de pessoas cisgêneras que vai “julgar” se você pode ou não ir para uma fila de espera (aproximadamente 10 anos). Existe um protocolo transexualizador, além de uma hormonização compulsória que as pessoas transexuais passam para poder ter o aval da equipe multidisciplinar.

Assim cada pessoa adota uma expressão de gênero correspondente ao que se identificam, mulheres transexuais reivindicam o direito de serem tratadas como qualquer outra mulher, com os deveres e direitos que lhe são reservados, assim como os homens transexuais também adotam uma expressão de gênero masculino e reivindicam nome e tratamento conforme sua identidade de gênero.

Para essas pessoas, a necessidade de viver de forma completa como se sentem interiormente é prioritária. Por isso a necessidade de um novo nome, usar o banheiro adequado ao gênero, trabalho, aceitação social e a cirurgia de transgenitalização. Algumas pessoas optam por não fazer essa cirurgia.  

Outra nuance do ser humano é a travestilidade. Como bem definiu Jaqueline Gomes de Jesus, “entende-se, nesta perspectiva, que são travestis as pessoas que vivenciam papéis de gênero feminino, mas não se reconhecem como homens ou como mulheres, mas como membros de um terceiro gênero ou de um não-gênero.”

Para esse grupo, é imprescindível o tratamento no feminino. É considerado um insulto tratar uma travesti no masculino. Não se trata de homens travestidos, mas sim de uma figura feminina, que não é homem e nem mulher. Por isso enfrentam tanta dificuldade de adentrar no mercado de trabalho, muitas empresas são discriminatórias, preferem não associar sua imagem a esse ser, inusitado, uma incógnita, um terceiro sexo.

Dada a situação social de uma travesti, visto que muitas saem cedo da escola sem terminar os estudos por conta de sua condição, o abandono da família e dos amigos, muitas recorrem a prostituição como única fonte de sustento. Isso não quer dizer que toda travesti é uma profissional do sexo.

A grande dificuldade do homem é entender que a transexualidade e a travestilidade é mais uma forma de ser e de se manifestar do ser humano. Por isso ele marginaliza e o trata de forma tão excluída pessoas que pertençam a esse grupo. Para deixar o preconceito de lado é preciso humanizar-se.

*Brenda Oliveira estudante do curso de Psicologia e pesquisadora sobre sexualidade e transgêneros. 

CRIMINALISTA PAULO SÉRGIO LEITE FERNANDES, RECORRE À PSICANÁLISE E DIZ QUE “MORO É UM OBSESSIVO COMPULSIVO E LULA É O ALVO. E QUALQUER COISA É POSSÍVEL EM SE TRATANDO DE UM PERSONAGEM COMO ESTE”

lula-evangelicos-600x371Em entrevista ao site Diário do Centro do Mundo o decano dos criminalistas Paulo Sérgio Leite Fernandes, que é um dos mais contundentes opositores do recurso da delação premiada que ele classifica de cagüetagem, recorreu à psicanálise para explicar o caráter do juiz Sérgio Moro.

O criminalista, que para solidificar e ampliar os alcances de sua profissão tem que estudar psicanálise e psiquiatria para melhor conhecer seus constituintes e outros indivíduos que estão envolvidos nos corpus jurídicos, recorreu aos pressupostos da psicanálise desenvolvidos por Freud, criador do método de tratamento das neuroses e estudo preliminares sobre psicoses. Ele foi o primeiro que concebeu as atitudes do juiz Sérgio Moro na Operação Lava Jato como impulsos que vão além das percepções e concepções racionais das ocorrências.

Com esse entendimento ele afirmou que o juiz Sérgio “Moro é um obsessivo compulsivo e Lula é o alvo. E qualquer coisa é possível em se tratando de um personagem como este”.

Leia o texto da entrevista.

O Moro não é original na posição em que se põe. Na Antiguidade, você teve centenas de arautos desse estilo, que se colocam como heróis no conflito entre o bem e o mal.

É o chefe da tribo, o pajé, o rei viking que conduz os guerreiros pelos mares revoltos.

Nem sempre acaba bem. O bispo Savonarola, em Florença, fazia essa pregação da imaculabilidade. Quando perdeu o poder, foi-lhe perguntado se queria morrer pela espada ou pela forca. Morreu enforcado e depois seu corpo foi incinerado numa fogueira em praça pública.

Sergio Moro é necessário neste momento. Não digo que isso é bom ou mal. Ele é um personagem da hora. 

Aí temos outro elemento: o povo. O povo, ou parte dele, quer sangue, quer vítimas, como as harpias na Revolução Francesa.

Moro acha que tem de oferecer o sangue que esse povo quer.

A diferença dos tempos antigos é que, hoje, o negócio é mais sofisticado. A Lava Jato, por exemplo, faz algo inominável: algema as pessoas com as mãos para trás.

Qual a finalidade disso?

Para que elas não possam cobrir o rosto, o sinal mais instintivo da vergonha. Trata-se apenas de filhadaputice. 

O objetivo final dele é prender Lula. É o seu trofeu de caça. O juiz se tornou um ícone da política judiciária do Brasil. Foi transformado num símbolo da impecabilidade. Tem, ou acha que tem, esse papel a cumprir.

Ele vai medir os riscos da prisão, obviamente. Precisa das provas adequadas. Um problema, para Moro, seria a revogação da prisão preventiva por falhas processuais.

Se chegar a prender Lula, mesmo com estrutura probatória adequada, há a possibilidade de uma reação enorme da sociedade civil. 

Em sua motivação psicológica de vencer o mal, ou o que acredita ser o mal, ele vai levar tudo isso em consideração. Moro é um obsessivo compulsivo e Lula é o alvo. E qualquer coisa é possível em se tratando de um personagem como este.

FREUD MOSTRA O INCONSCIENTE DE AÉCIO EM SEUS DOIS ATOS FALHOS: UM MEGALOMANÍACO E OUTRO DE TRAIÇÃO AO BRASIL

Sigmund-Freud-006Freud, o criador da psicanálise, diz que existem, basicamente, dois caminhos para se chegar ao inconsciente do neurótico. O sujeito que mantém um sintoma que incomoda sua saúde mental. O sintoma, é o substituto de uma repressão em que a libido dirigida a um objeto, pode ser no próprio indivíduo ou em seus pais, sofreu um impedimento em sua meta. Ela foi impedida em sua meta, mas não desapareceu ficando no inconsciente protegida pelo sintoma. Entretanto, tende todo momento se manifestar, só que é rechaçada pelos mecanismos de defesa do Eu.

Os dois caminhos, mostrado por Freud, são a interpretação dos sonhos, que deu origem a psicanálise, e os atos falhos. Os sonhos apresentam dois conteúdos: o conteúdo manifesto, o que se apresenta materializado no sonho, sua objetividade, e o conteúdo latente, o pensamento do sonho, o que interessa verdadeiramente ao psicanalista. Quem detém as técnicas de interpretação de sonhos pode chegar ao inconsciente.

Já os atos falhos são comportamentos que o sujeito tem que, em função da ausência momentânea da censura do super-ego, ele realiza sem qualquer intensão. Mas realiza. Ou seja, ele diz o que não queria, faz o que não queria, escreve o que não queria, esquece o que não queria. O que não queria quando estava sob o efeito da censura. Exemplos: o sujeito conversa com alguém e, ao invés, de falar o nome dessa pessoa, fala o nome de outra pessoa, é muito comum em casais; escreve uma carta para um amigo, mas jamais envia, porque esquece; é convidado para um encontro, sabe do lugar, da data, mas no dia esquece; ouve o que não foi dito, mas o que queria ouvir.

Como se trata de Aécio, o caminho de seu inconsciente apresentado por, Freud, são seus atos falhos. Como os atos falhos são impulsos promovidos pelo inconsciente como forma de revelação de um desejo, o ato falho realiza o desejo, ele é a verdade da existência de seu autor. A maioria do povo brasileiro sabe que Aécio é um sujeito-sujeitado aos seus interesses que saem da concepção burguesa que ele tem do mundo. Por isso, ele não gosta de ser contrariado, e rejeita toda frustração. A psicanálise diz que ele tem baixa tolerância para a frustração. É o que ele vem acirrando em si depois que foi derrotado por Dilma ao cargo da Presidência da República.

A Presidência da República para Aécio é sua ideia fixa. Toda ideia fixa é substituta de uma repressão, diz Freud. Daí que ele nos brindou com seus dois atos falhos. Um quando foi entrevistado, após sua reeleição, a presidência do PSDB, por uma rádio gaúcha. Ele disse: “O que nós dissemos na convenção que me reelegeu, neste domingo, presidente da República, é que o PSDB…” Outro quando ele foi entrevistado pela Rádio Itatiaia e disse: “O PSDB é o maior partido de oposição ao Brasil”.

Nos dois casos Freud, apesar de nos ajudar com a psicanálise, ele pode ser dispensado pelos incontestáveis desejos de Aécio. Deseja a presidência a qualquer preço e seu partido é “a maior oposição ao Brasil”, dado os seus interesses antidemocráticos.

Aécio duas vezes presidente do PSDB, tudo a ver.  

QUANDO ALGUÉM É CAPTURADO POR UM AGENCIAMENTO COLETIVO DE ENUNCIADOS MOLARES, ELE ACREDITA QUE FALA, MAS NÃO FALA. ASSIM É A MÍDIA ACÉFALA E SEUS SEGUIDORES: TODOS MUDOS

bocaFECHADA_2(4)A linguagem em um sistema capitalista é uma voz de comando fincada em três estratos de defesa: organização, significante e subjetividade. Uma voz de comando para que aqueles que são seus sujeitos de enunciados conservem e alimentem os seus elementos sobrecodificadores que mantém esse sistema nos seguimentos de seleção, classificação e hierarquização.

Para que o sistema capitalista se sinta bem protegido ele necessita de uma forma de agenciamento coletivo de enunciações molares para ser reverberado pelo sujeito do enunciado. Aquele que foi capturado nesse agenciamento para ser seu defensor. Mero propagador de seus códigos dominantes. Como se trata de um agenciamento cuja atuação é simuladora o sujeito de enunciado não sabe por que tem esse comportamento que ele toma como seu, saído de sua vontade. Ele acredita que fala quando não fala. Ele apenas reverbera os códigos agenciados pelo sistema capitalista dominante.

Apanhado nesses enunciados sobrecodificadores ele jamais se desterritolizaliza em mutação para outro território como um novo modo de ser. Ele é sempre a ressonância do mesmo. Por mais que troque de mulher, de homem, de roupa, de endereço, de carro, de profissão, de colegas, até de pele, faça inúmeras viagens, ele é sempre agente ecolálico desse sistema. O teatrólogo Bertolt Brecht diz que um homem sente protegido em sua própria pele. Nesse caso ele se equivocou, porque um sujeito de enunciado não tem pele própria. Sua pele é nada mais do que o invólucro produzido pelo agenciamento coletivo de enunciados que é o sistema capitalista.

Capturado nessa sobrecodificação molar, o sujeito de enunciado sequer tagarela, visto que até no tagarelar é possível escapar um tique em forma de atos falhos revelando um além de tal mudez. O que levaria a exclamação: “Olha, ele pode falar!”. Mas ele não fala, porque, também, perdeu o sentido da suspeita. Se ele tivesse o sentido da suspeita ele descobriria que sua mudez não muda nada. Pelo contrário, conserva tudo da mesma forma, substância e expressão. Sem suspeita o mundo não existe, já que ele se mostra em uma harmonia, uma hegemonia e uma paz que perturba até Deus. Tudo o que ele propende: estar acima de Deus. Já que não consegue ser Deus, que seja superior a Ele.

O que ocorre no Brasil atual é essa dificuldade de se perceber e tentar mudar a ditadura da não-linguagem. Perceber que Fernando Henrique não fala, Aécio não fala, Caiado não fala, Eduardo Cunha não fala, Rena Calheiros não fala, todas a mídias acéfalas não falam, muitos empresários não falam, falsos intelectuais não falam, só reverberam os agrupamentos molares da subjetividade estratificada pelos códigos do sistema capitalista. Os ecos desses personagens são fantasmas que esvoaçam seus mantos com o intuito de manter o medo nos fantasmagorizados. Estão todos a serviço do castelo mal-assombrado que refletem os estratos capitalistas.

Daí, que quando alguém tenta responder ao eco de um desses fantasmas não só se ilude como também se paralisa, já que a mudez deles não é traspassada por movimento. A linguagem institui o homem como um ser em movimento que se desloca criando os mundos como conceitos mutantes. Responder a eco é eliminar a linguagem como conceito mutante e desterritorializante. Enquanto alguém se ilude comentando o eco, o eco jamais vai procurar saber de onde vem à voz de comando que ele ecoa. O comentário sobre o eco leva o eco acreditar que é amado, por isso deve continuar ecoando. Tudo que a voz de comando persegue.

Mas o Brasil não é só ecolalia que se quer dominante. Ele tem seus epistratos e paraestratos que se movimentam fora e dentro dos estratos bem organizados, significados e subjetivados. São potências que compõem um corpo social como máquina abstrata de mutação como singularidades periféricas que enfraquecem e deslocam as forças do centro nuclear, estratos-sedimentados, e emergem como políticas movimentos sociais que vão além do Partido dos Trabalhadores que, em verdade, também, em parte, encontra-se sedimentado por esses estratos molares que impedem a passagem das intensidades produtoras de novas formas de existências.  

São singularidades, multiplicidades, corpos moleculares, fluxos mutantes, quantas desterritorializantes que constituem a voz do dono e o dono da voz. A linguagem do corpo que fala por si mesmo. Uma voz inaudível e ininteligível aos sujeitos-sujeitados dos enunciados. 

O NARCISISMO DAS DIREITAS COMO MAGNIFICAÇÃO DO EU DESLOCADO DA OBJETIVIDADE

espelho-quebradoUma sociedade é vista pelo senso comum como uma realidade bem formada, bem acabada e imutável. Ou seja, uma representação de subjetivação que tende sempre ao mesmo fim com os mesmos personagens, apesar de serem outros os atores. Como o senso comum não faz uso dos corpos que compõem a crítica, embora ele carregue, ele não entende de produção desejante. Ele não sabe que há sempre corpos imateriais em processuais de mutação e desterritorialização cortando essa realidade bem formada, bem acabada e imutável. O que significa que ele não concebe as aparências como simulações de outras realidades que ele teme.

As direitas brasileiras – por que não todas as direitas do mundo? – tentam de todas as formas simplificadas, como é de seu organismo endurecido, levar o público a crer que ela é democrática e só pretende o bem do Brasil. Mas não passa de fabulação. Elas não têm qualquer ligação com o mundo objetivo que lhe possa servir de objeto à crítica-dialética. Aliás, a crítica dialética á um corpo epistemológico inatingível por elas. Alienadas da objetividade como corpo mutante, elas são somente seus próprios reflexos.

Nesse caso, para entender melhor e mais fácil a representação que são as direitas, se faz necessário recorrer a Freud com seu discurso sobre a primeira fase pré-genital: a fase oral. Como se sabe a criança nos seus primeiros momentos de existência tem no seio materno sua fonte de alimentação. Só que ela não o sente como fora dela. Ela a sente como em si mesma. O leite que a alimenta, é nela mesma. Daí que ela se concentra em si. Essa ligação em si chama-se narcisismo primário. A libido, o instinto, dela é investida nela mesma. Pode-se até a aventar a afirmativa: ela é o mundo.

Só que ela não vai permanecer investindo a libido em si mesma. Essa libido, de acordo com a evolução psicossexual dela, vai ser investida fora dela. No corpo da mãe. O que antes já ocorria só que a criança não sentia. Esse investimento chamado de libido objetal é base da sociabilidade do homem. Ir fora para construir seu Eu junto com os outros em forma de objetividade. Agora, o narcisismo, que era forma de investimento em si mesmo, foi transformado em libido objetal no mundo. A pessoa se encontra ligada ao outro como alguém que lhe proporciona realidade fraterna. Os amores. Investimento libidinal que quando é cortado, por formas de separação, causa o luto. Por exemplo, a morte de alguém que se gosta.

Pois bem, quando uma pessoa corta seu investimento com a realidade, essa libido vai ter que ser investida em outra parte, já que ela não pode ficar sem objeto. Sendo a realidade a causadora do corte, a pessoa faz a inversão ou introversão, como diz Jung: investe sua libido em si mesmo. Em psiquiatria é o sintoma da psicose. Mas em psicanálise é tido por Freud, como magnificação do Eu em forma de megalomania em que muitas vezes a pessoa fantasia ou delira ter poderes superiores. O conhecido narcisismo secundário. Uma regressão a fase oral onde a criança fantasiava se bastar. Sintoma básico das angústias e depressões que para Freud, sendo uma regressão muito profunda é difícil de cura. 

Apresentado esse quadro, sinteticamente, é possível entender porque as direitas do Brasil – por que não do mundo ? – são perigosas. A objetividade que elas defendem não passa de projeção narcísica. As chamadas neuroses narcísicas. Não existe para elas uma objetividade concreta. Como o capitalismo é um sistema anal com sintomas de retenção, poupança e avareza, para Freud e Karl Abraham, com forte componente narcísico em função de sua concentração em si mesmo, ele aparece como ilusão do fora para elas. Não esquecer que a ilusão é um desejo sem objeto. Mas esse fora não é realidade é nada mais do que o reflexo delas mesmas.

Com o Eu magnificado em forma de narcisismo secundário, elas não podem fazer nada mais do que delirar diante da realidade que se impõe a seu delírio e que lhe incomoda. Nesse estado, elas odeiam a realidade que hoje se expressa no Brasil em forma de política real movimentada pelos negros, LGBT, trabalhadores, mulheres, religiões afro, índios e outros devires-minorias que elas atribuem aos governos populares de Lula e Dilma e que condenam em seus narcisismos.  

Um bom exemplo para estudo nos mostraram os senadores que fantasiaram ir à Venezuela. Nenhum deles tem a concepção real do país de Chávez. Eles foram impulsionados pelas magnificações de seus EUs. Quando se defrontaram com a realidade, que para eles não existia, se angustiaram, pois não puderam investir suas libidos na objetividade, já que ela não existia para eles. Desesperam chegando a recorrer à fantasia como foi o caso do senador Caiado que afirmou ter um vídeo gravado quando não tinha.

É preciso ter em conta que quando se fala sobre direitas não são só as representações partidárias, mas também outros segmentos da sociedade como as mídias representadas pela Rede Globo que são impulsionados pelo mesma magnificação do EU. E também não confundir banalmente o conceito de narcisismo usado pelo senso comum para alguém que se preocupa em chamar atenção sobre si. Se fosse só isso o perigo seria menor, bastava bater palmas para essa pessoa, mesmo em tom de zombaria. O narcisismo como magnificação do Eu é um perigo para a democracia porque é um sintoma psicopatológico que exclui o mundo real. É uma forma de psicose. E não há democracia fabulada. Um EU magnificado só é atraído por miríades psicodélicas que ofuscam apercepção e concepção do real.

Daí a atenção que se deve ter no caso de escolha de candidatos como representantes da população no Legislativo e Executivo. Existem muitos narcisados e que o senso comum tem como comprometidos com a sociedade. Quem tem sua libido investida em si mesmo além de negar a objetividade imobiliza a si próprio em uma patológica rede de fantasmagorias. O que não é da democracia. Democracia não é um castelo assombrado ou uma Disney que se alimenta de resíduos narcísicos.

DIA NACIONAL ANTIMANICOMIAL MOSTRA AUSÊNCIA DE POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL

Luta-Antimanicomial-okNo entendimento antipsiquiátrico produzido por Fanon, Basaglia, Bateson, Cooper, Laing e filósofos como Nietzsche, Marx, Sartre, Foucault, Guattari e Deleuze entre poucos, a questão mental no sistema capitalista ainda não foi examinada e mostrada sem metáforas, visto que as psicoses não são ilustrações-imaginárias.

Quando alguém envolvido com essa questão entende o que Marx diz que no sistema capitalista as organizações sociais são patologias, sabe que o entendimento das psicoses não é uma questão meramente de clínica. Há loucos instituídos que não são levados às clínicas e continuam atuando com suas psicopatologias paranoicas para que outros sejam levados aos estados de loucura e aí serem jogados em instituições psiquiatras. Guetos instituídos, onde os internos só esperam o fim.  

Esses loucos que não são levados às clínicas fazem parte do ideário burguês. Compõem o quadro dos agentes de psicotização dos outros. São pais, patrões, economistas, pastores, políticos, professores, médicos, assistentes sociais, falsos filósofos, sociólogos, juristas, mídias, esportistas, jornalistas, etc., todos com a missão determinada para escolher e condenar aquele que será responsável pelas organizações sociais patológica, que diz Marx. O filósofo que contribuiu com suas ideias para psiquiatrização do mundo burguês.

Uma forma instituída de psicotização do outro é apresentado pela relação capital-trabalho no sistema capitalista através da representação do salário como objetividade da força de produção do trabalhador cristalizado na mercadria. Não há possibilidade de saúde mental e física em uma estrutura em que o homem é transformado é mero produtor de valor econômico que abastece a voracidade do mercado enquanto perde seus corpos físico, sensorial, sexual afetivo, volitivo e intelectivo. Ainda mais quando faz parte de uma divisão de trabalho em que seu corpo geral se transforma em um simples objeto parcial. O que levou Marx a afirmar: “O trabalhador se torna mais pobre quanto mais riqueza produz, quanto mais a sua produção aumenta em poder e extensão. O trabalhador se torna uma mercadoria tão mais barata quanto mais mercadoria cria. Com a valorização do mundo das coisas aumenta em proporção direta a desvalorização do mundo dos homens”.

Nessa estrutura que produz e, ao mesmo tempo, reflete as relações sociais o trabalho sente seu mundo se fechando em si. E, como é sabido, quando os sentidos e o corpo são limitados por forças opressivas, que são as formas de produção no sistema capitalista, o homem entra em processo de alienação que lhe conduz à loucura-clínica. Uma loucura por não suportar o mundo que lhe impuseram com suas forças-econômicas coercitivas. De forma cruel, é quando ele escapa da fábrica de enlouquecimento mantida pelo proprietário e os profissionais coadjuvantes citados acima. Os sentidos e mentes paranoicas.

Como se trata de saúde mental é necessário não deixar fora da análise psiquiátrica antimanicomial os parlamentares que votaram pela terceirização contribuindo para precarização do trabalho e a perda de direitos dos trabalhadores e, consequentemente, auxiliando diretamente na fabricação da loucura dos trabalhadores violentados em seus direitos, já que a saúde mental dos indivíduos depende do grau de violência que possa sofrer e suportar. Assim, a terceirização não é só um desmanche dos direitos dos trabalhadores, mas, também, um corpo de opressão que atua na psicotização do trabalhador. Daí, que como esses parlamentares estão capturados e imobilizados pelas linhas-molares do sistema eles, como todos reacionários e embrutecidos burgueses, nem sentem as suas violências. Mas, como diz Marx, não sentem, mas fazem.

Esses parlamentares são apenas um mostra de como as classes, os grupos e instituições contribuem com suas parcelas para o enlouquecimento do outro que lhe serve de objeto de sublimação de suas próprias psicopatologias. Há nesse quadro até gente de boa fé que embora trabalhe na política de saúde mental e luta antimanicomial,  mas como se encontra muito bem institucionalizada, sem saber, é um dos obstáculos internos na produção de uma nova forma de entendimento e terapia para os necessitados. Por tal, o quadro mostra por que ainda é quase nula a politica de saúde mental. 

27e31550-ba07-404a-a5a9-0bbd78648b59Todavia, associações, entidades, grupos de São Paulo aproveitaram o Dia Nacional Antimanicomial, para apresentar, no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) reivindicações e protestar contra essa violência institucionalizada que a maioria dos governos estaduais e municipais fazem descaso e possibilitam tipos de terapias por grupos que não conhecem as leis e muito menos os tratamentos necessários como são os casos de certas comunidades religiosas, segundo Fernanda Magano, presidenta da Federação Nacional dos Psicólogos.

“As comunidades não têm uma posição laica sobre o atendimento da saúde mental. Acabam se eximindo de todas as diretrizes do Ministério da Saúde e fazendo procedimento de encarceramento dessas pessoas. São novas formas de manicômio com outros nomes.

Com essa falácia de epidemia de crack, se abriu um espaço enorme para as chamadas comunidades terapêuticas.

A gente ainda tem uma concentração de leitos em Sorocaba: são sete grandes hospitais”, observou Fernanda.

DEPUTADA ÉRIKA KOKAY DISSE QUE “HÁ DEPUTADOS QUE ACHAM QUE EXISTEM CRIANÇAS QUE NASCEM PARA MATAR”

20140925170254_Lp_-_Projeto_amplia_a_lista_de_crimes_contra_a_mulherFreud, criador da psicanalise que interpreta e analisa os componentes instintuais da libido reprimida no inconsciente como forma de trauma e manifestado no consciente como sintoma, diz que existem adultos que de nada recordam de suas infâncias. O que significa que sofreram uma forte inibição por força da ameaça castradora paterna. O Super-ego cruel, perseguidor e castigador.

Daí que tudo que se relaciona com a infância para eles é motivo de dor. Por isso, se mantém distantes desse tema. Ou quando se defrontam com ele, sem condição de se esquivar, como é o caso da votação da maioridade penal, tratam o caso de forma sintomática: como seus pais lhe trataram quando de suas infâncias. Visto que suas infâncias frustradas e por isso se encontram congeladas no inconsciente.

Entretanto, os sintomas decorrentes desse trauma não se manifesta apenas como medo da infância, mas também em outras formas de fobias que representam a liberdade que, entretanto, para eles são ameaças, pois contém elementos contagiantes do viver. São os casos dos homofóbicos, racistas, misóginos e outras formas de medo da vida.

Com é do conhecimento da maioria da sociedade brasileira, o Congresso Nacional, hoje, tem a maior representação reacionária de sua história. O que não leva essa maioria da sociedade a não acreditar nele, como também estimula os nazifascistas membros das direitas que temem exacerbadamente as liberdades.

Pois bem, a deputada engajada e íntegra, Érica Kokay (PT/DF), em entrevista a Rádio Rede Brasil Atual – quem vem sendo atacada, por sua capacidade de fazer jornalismo ético, pela mídia-paranoica, fez uma análise da Comissão Especial que encaminhará para a Câmara a matéria da redução da maioridade penal. Ela afirmou que a ignorância sobre a maioridade encontra-se calcada em mitos.

“Nós não esperamos nada dessa comissão, pois tem uma composição fundamentalista e repressora. Nós consideramos uma causa cláusula pétrea, inclusive estamos nos preparando para entrar na justiça, para impedir que nós tenhamos a revisão de uma cláusula que só pode ser revista por uma nova constituinte.

Nós temos dados que de 1980 até 2010 houve um crescimento de 346% do homicídio de crianças e adolescentes, e nós temos clareza que apenas 0,03% cometeram atos contra a vida, então foi construída uma espetacularização para dizer que os adolescentes são os responsáveis pela violência que existe no país. Sabemos que menos de 1% dos adolescentes estão em conflito com a lei.

Outro mito é a impunidade. O adolescente responde pelos atos cometidos. Temos seis medidas socioeducativas, portanto a privação serve para que essa pessoa interrompa sua trajetória infracional e beneficie a sua vida, caso contrário, é vingança pura.

A prisão não reeduca o jovem a conviver na sociedade. A reincidência é de 70%, enquanto nos métodos socioeducativos são de 20%. Falam que é pouco tempo, porém o jovem pode ficar até nove anos em regime socioeducativo, mas índice de reintegração harmoniosa à sociedade mostra que o prazo não tem problema, porque a reincidência é grande. Temos dados que apontam que quando o Estado atua em parceria com a comunidade que o adolescente vive, temos casos que a integração é 98%.

Há deputados que acham que existem crianças que nascem para matar. Precisamos falar das políticas públicas, dando prioridade às políticas de creches, de educação integral e cultura. Nós entramos com um projeto para que os gestores apresentem planos de defesa de políticas públicas e prestem contas da sua execução e se não tiverem um nível de execução adequado serão responsabilizados.

Daqui a pouco será discutida a redução para 14, 12 ou 10 anos. É uma cortina de fumaça para dar uma resposta ao sentimento de insegurança da sociedade, que os sabe que não resolve, e os gestores defendem a redução para defenderem as suas incompetências”, analisou Kokay.

Os que acham que há crianças que nascem para matar estão falando se si mesmos. Em psicanálise se chama projeção ou deslocamento. Presos em suas infâncias cristalizadas esses deputados ao votarem pela redução da maioridade penal estão concretizando o que suas crianças-paranoica fazem: matam. Essa matéria da redução da maioridade penal é infanticídio.

FREUD EXPLICA O CARÁTER ANAL-RETENTIVO DAS DISTEITAS E JORNALISTA DO EL PAÍS, AFONSO BENITES, EXEMPLIFICA COM O FASCISTA MARCELLO REIS, QUE VENDE OBJETOS CONTRA DILMA E O PT

precatFreud se conhecesse as direitas do Brasil não teria dificuldade alguma em chegar aos inconscientes dessas pútridas aberrações. Afirmaria, em um átimo, que se trata do clássico caráter anal-retentivo em forma de ódio, inveja e obstinação-compulsiva em querer tudo explodir impulsionado por suas dificuldades em lidar com suas fezes retidas e transfiguradas em suas vidas posteriores como usura, ambição, trapaça, desonestidade, inveja, cobiça, medo, traição e outros corpos repressores anais.

Por isso, elas não se importam com qualquer consequência deletéria . Muito menos com a democracia que para elas é sua inimiga maior, porque impede a realização de seus anseios-pervertidos. Para isso, Freud, explica e resolve: a perversão é o desejo que se desviou de sua meta-objetal como libido e foi transmutado em sintoma. Razão porque é impossível tratar racionalmente com as direitas. As direitas não pensam, só repetem estereótipos-fantasmáticos. Ou seja, representações que não saíram da experiência direta com o mundo, mas como abstrações elaboradas pelas superstições.   

Freud como era um democrata pacifista, aí sua relação com Einstein, provavelmente analisando o caráter anal-retentivo das direitas, que estão com os desejos investidos de forma arcaica no ânus, posto que não conseguiram o desenvolvimento psicossexual normal para atingir a maturidade genital, daí suas formações reativas como sintomas de inveja destruidora contra os que amam, principalmente os que concretizam o amor solidário como os governos populares, gargalharia com seu humor ácido diante do espetáculo que elas exibem sem qualquer preocupação que os outros, através de suas cognições, as tenham como objetos desprezíveis.

E, consequentemente, as tendo como inúteis e desprovidas de qualquer ameaça ao país, já que se trata tão somente de tentativas de sublimações de suas frustrações sintomatizadas pelas repressões que lhes deixaram “impedidas na meta”, como afirma Freud, as tomariam como mero histrionismo – sem o verdadeiro histrião – divorciado de fluxo histórico. Paródia-paranoica fálica narcisista.

Como é sabido da maioria da população, Freud fez escola. E a prova é a matéria escrita pelo jornalista do jornal espanhol El País, Afonso Benites. Ele não usa os termos técnicos da psicanálise, mas interpreta facilmente o caráter do reativo de Marcello Reis, que foi chamado de fascista pelo deputado Paulo Pimenta.

Como um modelo de sujeito-sujeitado da extrema-direita, ele vem aproveitando a projeção-anal que eles mesmos colocaram como suas pautas para tentar atacar Dilma – tentar, porque não conseguem atingir Dilma, ela é superior às aberrações da gente miúda -, e fazer dessa tentativa um mercado lucrativo que fascina outros anais-desesperados. Lance próprio de capitalista em que tudo para ele vira mercadoria-lucro, como afirma o filósofo Marx, que também sabia que o dinheiro é o símbolo da merda. Por isso que todo burguês fede. Não adianta banho com os perfumes mais caros e considerados os mais fluentes. Uma prova? As dondocas das panelas.

Então, é entendível que como esse anais-retentivos projetam sua inveja em Dilma por ela ser mulher, o que caracteriza misoginia, homens e mulheres que não construíram a imago de uma mãe boa, como diria a psicanalista Meleine Klein,os objetos vendidos como camisetas, bonés, bandeiras, etc., são nada mais do representações fálicas dos conflitos edipianos como aliança materna-castradora. Esses objetos são fetiches. E como Freud afirmou, o fetiche é o símbolo substituto do pênis que a criança fantasiou na mãe.

Assim, agora estamos no mercado misógino anal-retentivo, edipiano-castrador-fetichista. Nada que possa atingir Dilma que não tem qualquer responsabilidade dessa culpa materna que as direitas projetam na sociedade como se a sociedade fosse um passeio uterino.

Vamos ao Freud do jornalista Afonso Benites.

O COMÉRCIO DO IMPEACHMENT

Afonso Benites, no El País

Um empresário de São Paulo que se diz falido pelo Governo do PT. Uma publicitária que mora no Mato Grosso e vive “de renda”. Esses são alguns dos comerciantes que se aproveitam do movimento quepede o impeachment de Dilma Rousseff (PT) para ganhar dinheiro ou para financiar os protestos. Vendendo camisetas a 99 reais e adesivos a 3,50, Marcello Reis, de 40 anos, e Letícia Balaroti, de 28, estão na linha de frente dos produtos anti-Dilma.

Reis é um dos líderes do projeto Revoltados On Line, um grupo formado nas redes sociais que se manifesta contra a corrupção. Nos últimos anos, ganhou notoriedade (e seguidores no Facebook) ao pedir o impeachment da presidenta petista e ao se apresentar ao lado de figuras públicas como o músico Lobão, um feroz crítico do petismo que pediu votos para Aécio Neves (PSDB) no pleito passado.

Para garantir o pagamento da estrutura usada nos protestos promovidos por ele, como um trio elétrico de 20.000 reais,  Reis vende camisetas, bonés e adesivos na internet. Um kit, com uma camiseta polo preta, um boné e cinco adesivos custa de 175 a 195 reais, de acordo com o tamanho. Se for levar só a camiseta com uma faixa presidencial pela metade e os dizeres “Deus, Família e Liberdade”, o cliente gastaria 99 reais. Isso sem contar o frete. “É um preço justo porque o material é importado. É de boa qualidade e não temos uma confecção própria”, explica Marcello Reis, que diz ter fechado uma empresa de segurança da informação porque não quis participar do “jogo sujo do serviço público”.

Descrevendo-se como apartidário, e demitido de uma agência de comunicação há dois meses, Reis agora se empenha exclusivamente no movimento que pede a saída de Rousseff do cargo. Ele alega que sua demissão do último emprego ocorrera porque o deputado petista Paulo Pimenta o acusou de fascista e de militante de extrema direita durante o protesto que motivou o fechamento do Congresso Nacional no ano passado. Desde então, Reis passa dia e noite vendendo os produtos anti-Dilma e coletando assinaturas na internet para ingressar com o pedido de impeachment.

“Ele (o deputado) me chamou de neonazista porque sou desprovido de cabelo. Mas estou longe de ser extremista, muito menos nazista. Sou só um cidadão politizado que é contra esta roubalheira toda”, justifica-se.

Outros empreendedores, à primeira vista menos militantes, também parecem ter farejado negócio na onda anti-PT. A camiseteria online NM vende uma camiseta com o mote do impeachment por 39,90 reais. Procurados, os representantes da loja não se manifestaram.

O SORRISO HISTÉRICO DE AÉCIO

Um dos signos que mais tem chamada a atenção das pessoas que assistem os ditos debates é o uso excessivo do sorriso pelo candidato das direitas, Aécio. Para alguns se trata de sorriso debochado, para outros, sorriso de desprezo pelo adversário e para outros, sorriso irônico. Claro que não é irônico, visto ser a ironia um dos métodos dialéticos do filósofo Sócrates. Conhecimento que, pela conduta que Aécio apresenta, ele não carrega. Aécio não tem nenhum signo filosofante.

Na verdade o sorriso de Aécio é muito mais comprometedor do que se acredita ser. O uso excessivo do sorriso, nessas ocasiões, é uma clara sublimação defensiva. Ele recorre a esse gestual, rostidade pétrea, como forma de defesa para não revelar seu interior. Para ele o sorriso é máscara que impede que o outro o encontre despido de qualquer defesa do ego. Por essa afecção, esse sorriso não é uma composição de alegria. Nem mesmo alegria compensatória, aquela que a pessoa ao perder algo se sente alegre ao receber outro em seu lugar.

Para a psicanálise, trata-se de um recurso para impedir que uma experiência dolorosa se manifeste. O sorriso é uma conversão do impulso interior. Uma forma de histeria. Revelar o fator psíquico em sinal somático. No caso o riso. O riso transformado em sinal histérico ele se encadeia com o que a medicina chama de riso sardônico. O riso sardônico é significado pela semiologia médica, nos pacientes com tétano. O paciente apresenta a boca endurecida. Por isso, sempre manifesta o mesmo sinal como se encontrasse pétreo.

Entretanto o riso histérico ele não é apenas um recurso consciente ligado ao trauma inconsciente. Ele é também uma forma do sujeito escapar no real da situação que lhe ameaça. Um exemplo que pode ser tirado do dito debate entre ele e Dilma. Toda vez que ele se sentia ameaçado, por não ter como confrontar intelectualmente com Dilma, ele sorrir por receio. Por isso, algumas pessoas dizem que ele é debochado. Mas não é isso, porque em estado de tensão nem debochar ele pode. O riso surge automaticamente como sublimação defensiva. Uma forma de desviar a ação e a intenção do adversário. Um subterfúgio. Leva o adversário para uma zona vazia que nem ele pode se movimentar, visto a inexistências de objetos e ideias.

Esse tipo de riso vem acompanhado por outro componente: o estereótipo. O estereótipo é um modelo, ou modo habitual, de alguém se comportar que foi fincado nesse alguém como imobilidade da existência. De tanto repetir esse gesto ele se torna um estereótipo. Um clichê. Mas ele não se encontra acabado. Ele é um sintoma que busca ocultar o elemento latente que o gerou.

Outro componente que se encadeia com esse tipo de riso histérico é o histrionismo. O histrionismo é a capacidade que se tem de fazer a empatia com alguém ou com coisas. Por exemplo, representar uma personagem ou contar uma situação usando além das palavras os signos gestuais. Todos nós temos essa capacidade histriônica. Mas, tem pessoas que acreditam que só quem tem mesmo são os atores. O que acontece é que os atores trabalham com interpretação, estudam métodos de interpretação. Stanislavsky, Brecht, Piscator, entre outros, para criar seus personagens. Estudam os personagens em todas suas formas de existências. Já as pessoas, que também fazem suas interpretações, que não são artistas, não.

Desta forma, o histrionismo é agregado ao sorriso como o estereótipo. Não há sorriso como sublimação defensiva sem o histrionismo. O sujeito também recorrer a gestos interpretativos no momento que sorrir. Mas tudo não passa de uma farsa. São recursos da fabulação, como disse Dilma.

Em síntese, o sorriso histérico é, para psicanálise, uma neurose de conversão. O sorriso é a conversão, no corpo, de um fator emocional latente que incomoda.

JOGADORES ALEMÃES IMITANDO MACACOS, RELACIONANDO-OS A BRASILEIROS, MOSTRAM SUAS REAIS CORTESIAS PARA AS CONSCIÊNCIAS COLONIZADAS GERMANÓFILAS. ELAS MERECEM

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Os jogadores alemães enquanto estiveram no Brasil simularam uma cortesia e uma educação que só os germanófilos obstruídos, ou escotomizados, não viam. Além de uma grande parte de brasileiros germanófilos tecerem-lhes abundantes elogios, muitos dos chamados grandes comentaristas de futebol do Brasil se rasgaram em exaltações aos conterrâneos de Hitler. Até a ESPN, do consciente Trajano, caiu na simulação e gastou inúmeras matérias elogiando a simulação. Uma verdadeira república de germanófilos.

 Pois bem, levaram a Copa e quando chegaram de volta à sua terra, mostraram o que esse blog já havia afirmado. A cortesia e a educação não passavam de pura simulação. “Os bons moços”, que os germanófilos brasileiros cobriram de referências notáveis, mostraram o quanto carregam de ódio e desprezo pelos brasileiros.

Os jogadores Klose, Schürrle, Mustafi, Götze, Weidenfeller e Kroos, amados pelos germanófilos brasileiros, desfilaram na passarela quase de cócoras imitando macacos, gritando: ”Assim andam os gaúchos!” Gaúchos para eles são os brasileiros. E lentavam, gritando, em pés: “Assim andam os alemães!” Numa prepotência que o mundo já conhece de miserável lembrança.

Tem mais. Neuer, Schweinsteiger, Höwedes, Grosskreuz, Draxler Matthias e Günter entraram em fila indiana imitando como os jogadores brasileiros entravam em campo. Mostrando um total desprezo por nossos jogadores. E com o apoio do público alemão. Isto é muito perigoso.

O psiquiatra alemão criador da Bioenergética, Wilhelm Reich, certa vez, comentado a ascensão do nazismo, afirmou que estava convencido que sua vitória não fora resultado da propaganda desencadeada por Hitler, mas, sim, porque o povo alemão a desejava. Ao observar o comportamento nazista dos jogadores alemães nos deixa uma preocupação em relação ao mundo atual onde grupos neonazistas estão proliferando.

Aqui mesmo no Brasil já se observa essa ameaça. Esse ano tem eleição para Presidência da República e há anos materializou-se uma campanha, como esta, para destruir os governos populares e impedir que Dilma seja reeleita. Uma campanha que tenta ofender Dilma de todas as formas. Um exemplo próximo, a burguesia-ralé usando a pornofonia, linguagem sui generis dessa classe, contra a presidenta no Estádio Itaquerão. Explícito comportamento nazifascista.

Como o nazismo é composto de corpos que carregam partículas sadomasoquistas, é possível que os germanófilos brasileiros tenham gostado das expressões dos jogadores alemães. É só constatar que eles estão excitados pela volta do patrão Fundo Monetário Internacional (FMI).

Veja o vídeo e confirme como se mantém vivo o nazismo.

AÉCIO, SEU SONHO, SEU AMIGO PSICÓLOGO E FREUD

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O senador Aécio Neves, depois de um dia puxado de conchavos com empresários da elite burguesa que lhe apoia, principalmente, depois que afirmou que ela não tem mais lucro por causa do salário mínimo estabelecido por Lula e continuado por Dilma, e realizar encontros com representantes do agronegócio e barões da mídia de mercado, sua catapulta marqueteira, chegou a sua residência, cansado como os deuses que se dedicam aos negócios dos humanos.

Exausto, tomou uma ducha para revitalizar e fez uma refeição noturna frugal, tal o seu cansaço. Bocejando mais do que burguês assistindo recital de Wagner, cambaleou, entrou no quarto e desabou na cama. Foi bater e ver: começou a roncar profundamente. E profundamente adormecido, nos braços de Morfeu, filho de Hipnos, entrou na zona REM, onde olhos se movimentam rápidos e se manifestam os sonhos de fortes vivências.

Como Morfeu se condensa em várias figuras oníricas, logo ele se condensou na figura que Aécio mais desejava: ser eleito presidente do Brasil. REM era domínio total de prazer em Aécio. Ele sorria dormindo com júbilo tamanho de prazer que se um cristão lhe observsse naquele momento, diria que ele chegara ao paraíso. Se um oriental também lhe observasse, diria que ele havia alcançado o Nirvana. E se um maluco também lhe observasse, afirmaria que havia atingido a aura transcendental do universo psicodélico. O rosto de Aécio era puro prazer. Não era para menos.

Nos primeiros clarões, ele despertou efusivo cantando músicas dos sertanejos universitários Chitãozinho e Chororó, Bruno e Marrone, Leandro e Leonardo, Zezé Camargo e Luciano entre outros, e, de quebra, Paula Fernandes. Sempre feliz, meteu uma salutar ducha, agasalhou um dejejum veloz como os movimentos de seus olhos, ligou a televisão na sua Vênus Globo, foi até o espelho para arrumar o nó da gravata, deu um sorriso triunfal, enquanto ouvia a voz de uma subordinada dos Marinhos narrar que ele havia crescido nas intenções de votos, segundo o instituto Sensus. Pegou o controle remoto da TV, afastou as pernas, mirou o rosto da narradora com o controle, e apertou o botão, gargalhando: ‘Eu não preciso mais disso!”

Entrou em sua máquina e se dirigiu ao Congresso Nacional, mais feliz do que torcedor do Mengão com o gol anulado do Vascão, ou vice-versa. Já no corredor do Senado viu um amigo, psicólogo da linha do psiquiatra Basaglia, vestido com a camisa da Seleção Brasileira se aproximando cortês.

– Olá, senador! Que cara é esta de tamanha felicidade?

   E ele dominado pelo prazer e a alegria, respondeu:

– Tudo bem, camarada? Meu, eu tô que é só satisfação!

   E o psicólogo, da linha de Basaglia, perguntou:

– E posso saber a razão?

– Claro que pode. Essa noite eu tive o melhor e o maior sonho de toda minha vida. Sonhei que era eleito presidente do Brasil.

O psicólogo, da linha de Basaglia, foi ao delírio, pulou de alegria condensada com felicidade-política, e afirmou convicto:

– Esse é um sonho puramente de realização!

   Diante da contagiante alegria do amigo, ele perguntou:

– Gostou do sonho?

   E o psicólogo, da linha de Basaglia, não se contendo de alegria respondeu quase gritando:

– Gostei demais! Eu também nunca ouvi um sonho tão importante e tão revelador em toda minha carreira de psicólogo.

   E ele orgulhoso, disse:

– Fico contente por teres gostado do sonho, já que tu és um psicólogo.

   E o psicólogo, da linha de Basaglia, completou:

– É um sonho revelador. Muito revelador e concludente politicamente. Freud diz que o sonho é a realização, no inconsciente, de um desejo. O que significa que tu realizaste teu desejo no sonho sonhado por te. Tu és presidente do Brasil.

Ele, em um misto de modesta e felicidade, agradeceu:

– Obrigado por tua interpretação política.

   Ao que o psicólogo, da linha de Basaglia, meio que concordou:

– Pois é. Agora posso comemorar!

   Ele:

– Não, deixa para depois das eleições ou quando eu for empossado.

   E o amigo:

– Pra mim as eleições já ocorreram e eu posso vibrar de felicidade. Depois que te tornaste presidente em sonho realizando prazerosamente teu desejo, tu não serás eleito no principio de realidade, porque na vida seja onírica ou em vigília, o mesmo fato não se repete. E mais os sonhos nunca são reais como parecem ser. Como diria o outro psicólogo de Sobral, Belchior: “Ao vivo é muito prior”. Sendo assim, eu já posso comemorar a reeleição de Dilma.

E ele, surpreso, gritou:

– O quê!? As eleições nem começaram!

   E o amigo gargalhando, afirmou:

– Já! Tu és presidente onírico! E como as direitas vivem de sonhos, tua candidatura já se consumou.

   E saiu dançando jogando os braços para alto, com sua camisa da Seleção Brasileira, gritando:

– Bradilma! Brasilma! Bradilma! Brasilma! Brasilsilsilsilsma!


USAR O CONTROLE REMOTO É UM ATO DEMOCRÁTICO!

EXPERIMENTE CONTRA A TV GLOBO! Você sabe que um canal de televisão não é uma empresa privada. É uma concessão pública concedida pelo governo federal com tempo determinado de uso. Como meio de comunicação, em uma democracia, tem como compromisso estimular a educação, as artes e o entretenimento como seu conteúdo. O que o torna socialmente um serviço público e eticamente uma disciplina cívica. Sendo assim, é um forte instrumento de realização continua da democracia. Mas nem todo canal de televisão tem esse sentido democrático da comunicação. A TV Globo (TVG), por exemplo. Ela, além de manter um monopólio midiático no Brasil, e abocanhar a maior fatia da publicidade oficial, conspira perigosamente contra a democracia, principalmente, tentando atingir maleficamente os governos populares. Notadamente em seu JN. Isso tudo, amparada por uma grade de programação que é um verdadeiro atentado as faculdades sensorial e cognitiva dos telespectadores. Para quem duvida, basta apenas observar a sua maldição dos três Fs dominical: Futebol, Faustão e Fantástico. Um escravagismo-televisivo- depressivo que só é tratado com o controle remoto transfigurador. Se você conhece essa proposição-comunicacional desdobre-a com outros. Porque mudanças só ocorrem como potência coletiva, como disse o filósofo Spinoza.

Acesse esquizofia.wordpress.com

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CAMPANHA AFINADA CONTRA O

VIRTUALIZAÇÕES DESEJANTES DA AFIN

Este é um espaço virtual (virtus=potência) criado pela Associação Filosofia Itinerante, que atua desde 2001 na cidade de Manaus-Am, e, a partir da Inteligência Coletiva das pessoas e dos dizeres de filósofos como Epicuro, Lucrécio, Spinoza, Marx, Nietzsche, Bergson, Félix Guattari, Gilles Deleuze, Clément Rosset, Michael Hardt, Antônio Negri..., agencia trabalhos filosóficos-políticos- estéticos na tentativa de uma construção prática de cidadania e da realização da potência ativa dos corpos no mundo. Agora, com este blog, lança uma alternativa de encontro para discussões sociais, éticas, educacionais e outros temas que dizem respeito à comunidade de Manaus e outros espaços por onde passa em movimento intensivo o cometa errante da AFIN.

"Um filósofo: é um homem que experimenta, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente coisas extraordinárias; que é atingido pelos próprios pensamentos como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, como por uma espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele pode ser alvo; que é talvez, ele próprio, uma trovoada prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal, em torno do qual sempre ribomba e rola e rebenta e se passam coisas inquietantes” (Friedrich Nietzsche).

Daí que um filósofo não é necessariamente alguém que cursou uma faculdade de filosofia. Pode até ser. Mas um filósofo é alguém que em seus percursos carrega devires alegres que aumentam a potência democrática de agir.

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