Não são as ferramentas cibernéticas responsáveis pela proliferação de ódio nazifascista no ciberespaço. No espaço virtual-internet. Elas apenas servem para veicular as taras psicopatológicas que aprisionam os personagens nazifascistas que como subjetividade a-histórica do terror, existem há muitos séculos. Os nazifascistas de hoje só reverberam taras que se encadearam nos transcursos cronológicos das sociedades opressoras.
Como são ferramentas que trabalham em um universo onde o espaço e o tempo, que proporcionam a experiência tridimensional, foram dissipados, desrealizado, criando a ilusão da existência de outro mundo, o mundo virtual, esses personagens psicopatológicos também fragmentaram suas experiências do real acreditando que são invisíveis e inatingíveis. Ou seja, embora atuem com seus atos odientos no real, imaginam que eles se volatizem fazendo com que fiquem ocultos e impunes. Acreditando, também, que a moral resultante da experiência direta com o outro, foi dissipada, permitindo qualquer tratamento ofensivo aos que lhe parecem como inimigos.
Miserável crença psicótica. Os nazifascistas-cibernéticos, em seu mundo dissipado, como diz o filósofo Baudrillard, não sabem que embora o universo virtual seja hoje o nicho das teletecnologias a realidade nascida da experiência direta entre os homens através de seus sentidos e razão que constroem suas representações mentais e suas linguagens, ainda prevalece. O real como meio das relações concretas entre as pessoas ainda predomina.
E como o real, meio das relações entre as pessoas predomina, consequentemente suas leias também regulam os comportamentos de todos que se encontram nesse meio. Até dos que acreditam que estão protegidos e impunes em suas acrópoles-virtuais. Sabedor dessa psicopatologia-cibernética, o Laboratório de Estudos de Imagem Cibercultura da Universidade Federal do Espírito Santo criou um aplicativo que pode ser usado na internet para monitorar os discursos psicopatológicos postados pelos nazifascistas na rede. O que significa na ordem do real que os emissores de discursos racistas, misógino, homofóbicos, todos os discursos que têm como suporte o ódio, serão rastreados para que seus responsáveis sejam descobertos e punidos.
O aplicativo que foi criado a pedido do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, tem o nome de Monitor de Diretos Humanos. Ele tem a função de rastrear conversas que carreguem mensagens de violência contra negros, índios, mulheres, imigrantes, gays, lésbicas, travestis e transexuais.
O Que Você deve fazer diante do Crime Cibernético.
- Guarde todas as provas e indícios possíveis.
- Tire fotos das denúncias “print screen” e imprima o material.
- Registre a denúncia com maior número de detalhes.
- Não compartilhe ou replique comentários ofensivos.
- Crie uma rede de proteção às crianças vítimas. Não permita que ela fique exposta aos comentários nas redes sociais.
- Onde Você pode Denunciar.
- Safernet.
- Canal do Cidadão do MPF.
- Disque 100.
Não esquecer que embora dissipados na aura-psicótica do universo-virtual, os nazifascistas-cibernéticos ainda não se desmaterializaram e continuam perambulando e entulhando o mundo real-perceptivo como sujeitos do Estado. Possuem documentos como Carteira de Identidade e CPF, o que lhes fazem sujeitos às leis da sociedade concreta.
Então, é acionar o aplicativo Monitor de Direitos Humanos neles!
Leitores Intempestivos