A comunicação-virtual que tem, no momento, a espionagem e o a votação do Marco Civil da Internet como temas básicos têm despertado opiniões de vários especialistas, grupos, entidades e a sociedade civil. O caso próprio da espionagem executada pelos Estados Unidos no interior de vários governos, órgãos federais e cidadãos, tem colocado a internet, como realidade tecnológica, como a principal responsável. Há uma quase unanimidade afirmando que a espionagem desencadeada por Obama é resultados dos poderes que a internet dispõe aos seus usuários que fazem dele o que lhes aprouver. Principalmente os serviços de segurança dos Estados. No caso específico, os Estados Unidos.
No Brasil, o tema espionagem, tocou mais profundamente no tema proposto pelo Marco Civil da Internet que exige sua votação no Congresso Nacional. Um tema que propõe a defesa da liberdade do uso da internet sem a ingerência das grandes corporações midiáticas. Entre os debatedores da comunicação-virtual, seus efeitos e propósitos, encontra-se Demi Getschko, do Comitê Gestor da Internet no Brasil, para quem a internet não é responsável sozinha pela espionagem, assim, como o Marco Civil “não é para consertar o que estar errado, mas para prevenir doenças e infecções”, na internet.
“Na verdade, o vazamento é de cabo submarino e de infraestrutura. Aonde os cabos chegam são monitorados. O vazamento em telefonia é um vazamento em telecomunicações. Tem outras coisas envolvidas, como o vazamento de e-mails. Bom, aí estamos em outra área, e não queria que a internet fosse pagar o pato aí.
Quando a web nasceu, veio para o Brasil. Quando o Facebook nasceu, veio para o Brasil e, quando o Orkut surgiu, o país foi um dos que adotaram pesadamente. Então, o Brasil não tem perdido em nada o pé nesta evolução da internet.
O Marco Civil não é para consertar o que está errado, mas para prevenir doenças e infecções que a internet possa ter.
No começo era preciso apenas, a licença para ser provedor de internet. Mandic, UOL e BOL criaram seus provedores, simplesmente, porque tiveram a iniciativa e resolveram ariscar naquilo”, observou Getschko.
Para Getschko, “um ponto do Marco Civil” é a camada de valor adicionado, de conteúdo, de neutralidade sem controle de ninguém. Deve ser livre e neutra, com privacidade e proteção dos cidadãos.
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