Stédile presidente do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) foi a um congresso sindical em Fortaleza, mas ao descer no aeroporto foi agredido, junto com sua esposa, por nazifascistas comandados pelo filiado do PSDB, empresário de imóveis, Paulo Angelim, que ainda postou o vídeo da agressão em seu Facebock com comentários próprios de delirante.
“Vejam a recepção que nós do IDE – Instituto Democracia e Ética preparamos para o terrorista Pedro Stédile, do MST”, delirou Angelim.
“A estupidez é produto da repressão”, diz Freud. Nada a acrescentar em relação aos nazifascistas e suas origens psiquiátricas. Só que a sociedade não pode apoiar atos de irracionalidade praticados pelo reprimidos nazifascistas, porque ela não pode ser responsabilizada por suas psicopatologias. Se há alguém que os nazifascistas podem dividir suas acusações psicopatológicas é com suas famílias. Ninho onde eles foram gerados. Principalmente com o calor das repressões, de várias matizes, impostas por seus pais.
Todo estúpido tem a força física por seu elemento de expressão, visto que não pode fazer uso de sua potência-racional por que se encontra obstruída pela repressão. Em sua estupidez, o nazifascista não tem o diálogo como o corpo que leva os indivíduos ao contrato com o outro. Para eles as palavras são tomadas como matéria-força. A curtida de Freud se mostra explicitamente no que propugna Paulo Angelim. Ele, além de filiado ao partido da burguesia-ignara, PSDB, é membro de um dito Instituto de Democracia e Ética.
É Freud claríssimo. Como um reprimido impossibilitado pelo recalque, produto da repressão, pode vivenciar a democracia? Como esse reprimido pode vivenciar a ética? Ele não sabe que todo estupido é um impotente eticamente, como diz o filósofo Spinoza. Por isso, em sua impotência, ele tem que tratar os conceitos democracia e ética como matéria-corpo. E não como vivência ontológica.
Veja o vídeo, analise e tome a sua posição. Leia, também, a nota de repúdio divulgada pelo MST.
A Direção Nacional do MST vem a público denunciar e repudiar o ato agressivo e constrangedor que o membro da coordenação nacional do MST, João Pedro Stedile, sofreu no aeroporto de Fortaleza na noite desta terça-feira (22).
Para o MST, este episódio não é um fato isolado, mas um reflexo do atual momento político pelo qual passa o país, em que se vê crescer a cada dia o ódio contra os movimentos populares, migrantes e a população negra e pobre, como os recentes acontecimentos no Rio de Janeiro em que a juventude das favelas está sendo impedida, com risco de sofrer agressão, de ir às praias da zona sul da capital fluminense.
Estes atos de violência e ódio propagado intensamente nas redes sociais, e que reverbera cada vez mais nas ruas, é mais uma demonstração da violência dos setores da elite brasileira dispostos a promover uma onda de violência e ódio contra os setores populares.
Porém, num outro recente episódio de ódio contra Stedile, quando circulou nas redes sociais um cartaz em que oferecia uma recompensa por ele “vivo ou morto”, já alertávamos que a dimensão destes acontecimentos advém, sobretudo, de uma mídia partidarizada, manipuladora e que distorce e esconde informações, ao mesmo tempo em que promove o ódio e o preconceito contra os que pensam diferente.
São estes meios de comunicação a serviço de uma direita raivosa e fascista os responsáveis por formarem estas mentalidades criminosas e odiosas que alimentam as ruas e as redes sociais com os valores mais anti-sociais e desumanos que possa existir.
Entretanto, estas atitudes não serão capazes de nos tirar da luta por Reforma Agrária e pelos direitos sociais historicamente negados ao povo brasileiro. Não aceitaremos que nenhum militante dos movimentos populares sofra qualquer tipo de agressão ou insulto por defender e lutar por justiça social. Nos comprometemos a permanecer em luta nas ruas pela defesa da democracia, dos direitos civis, da classe trabalhadora e o respeito aos valores humanitários.
“Ousar lutar, ousar vencer!”
Lutar, Construir Reforma Agrária Popular!
Leitores Intempestivos