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“A FARSA DA VERDADE GOLPISTA” CONTINUA SUAS APRESENTAÇÕES PELO TEATRO MAQUÍNICO DA ASSOCIAÇÃO FILOSOFIA ITINERANTE (AFIN)

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Vejam as fotos e assistam os vídeos com os depoimentos de estudantes e professores.

O Grupo de Teatro Maquínico, da Associação Filosofia Itinerante (AFIN), continua apresentando a peça A Farsa a Verdade Golpista escrita com o claro objetivo democrático de discutir com o público as tramas antidemocráticas elaboradas e executadas pelas forças-usurpadoras representadas pela mídia degenerada, empresários orais, parte do poder judiciário, e grande parte dos membros do Congresso Nacional.

Sempre tendo como corpo pedagógico-político o método do teatrólogo alemão Bertolt Brecht, o Teatro Maquínico encena A Farsa da Verdade Golpista com quadros divididos por legendas-títulos escritas em placas que são apresentadas pelo próprio público, possibilitando, desta forma, sua participação na trama da peça.

img-20161006-wa0041 img-20161006-wa0034 img-20161006-wa0030 A Procura da Verdade, O Trabalho, A Escola, O Político, Nas Ruas, O Buraco, No Senado são os títulos-placas dos quadros que constituem a encenação e que são apresentados pelo público. O golpista Temer, a golpista Rede Globo, a professora preconceituosa e alienada que tem Moro como seu ídolo e a Rede Globo como sua consciência intelectiva e moral, os deputados federais do Amazonas que votaram em massa pelo golpe, os candidatos ao cargo de prefeito de Manaus todos golpistas, a condição de abandono de Manaus, o voto do senador golpista, são corpos antidemocráticos que A Farsa da Verdade Golpista encena diante do público, e que ele toma como tema para debate após o espetáculo.

img-20161006-wa0032 img-20161006-wa0021 img-20161006-wa0038 img-20161006-wa0029 img-20161006-wa0018 img-20161006-wa0042Sempre foi essa a pedagogia-política-teatral que o Teatro Maquínico se engajou como forma de discutir com o público os temas que são necessários serem discutidos para que se processem novas formas de percepções e concepções que mudem as perspectivas já determinadas como dominantes para outras perspectivas fluentes como práxis e criação da democracia como potência constituinte.

Desta vez a apresentação foi realizada na Escola Estadual Arthur Amorim, situada no Núcleo 15, do Bairro Cidade Nova, na Zona Norte de Manaus. Uma plateia formada por estudantes, professores, merendeiras, trabalhadores de serviços gerais, entre outros participantes, possibilitaram uma encenação alegre e contagiante como deve ser o teatro popular que não se submete aos humores reativos da burguesia afeita à dramaturgia-gastronômico. O teatro para embalar vaidades e brutalidades de uma classe insensível à estética revolucionária, limitada intelectualmente e eticamente degenerada.

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“A JUSTIÇA É O PÃO DO POVO QUANDO É SAUDÁVEL”, DIZ BRECHT AOS QUE SE JULGAM JUSTOS SEM ENTENDER DE PÃO E NEM DE POVO

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O teatrólogo, poeta, escritor, crítico de cinema, músico, alemão Bertolt Brecht é um homem-político na mais pura expressão do conceito social. Sua formação marxista permitiu que ele se apropriasse da sociedade capitalista como matéria, examinasse sua forma de desenvolvimento e encontrasse seus elos internos para poder ter dela o profundo conhecimento que baseiam a crítica. Conhecer o objeto examinado, como dizem os gregos, para não se enganar sobre suas estruturas e simulações.

Os estudos de Brecht sobre o sistema capitalista lhe permitiu conhecer a coluna maior e mais forte de seu organismo depois de seu corpo político econômico que é o poder judiciário. As leis que sustentam suas determinações e que fazem com elas sejam tidas como verdadeiras e necessárias. E que para isso precisam de homens e mulheres como seus fiéis agentes para que elas sejam aplicadas, cumpridas e se mostrem sempre como corpo observador. Olhar paranoico do Estado.

Brecht extraiu daí a certeza de que esse poder é também sustentado pela moral social espalhada pela sociedade através das práticas das classes sociais sem as quais ele não resistiria. Para isso não importa se essa moral é na verdade imoralidade como se observa na sentença proferida por um de seus personagens burgueses: “Primeira a barriga depois a moral”. A barriga pode ser o lucro capitalista: primeiro o lucro, não importa como, depois a moral. Pode ser a vaidade: primeiro minha glória depois a moral. Pode ser o reconhecimento: primeiro a homenagem depois a moral.

A barriga para Brecht surge como uma realidade própria da indigência moral burguesa. Um mandar às favas aos direitos morais do povo em benefício da ‘moral’ burguesa. Em certos casos, quando necessário, a corrupção, um dos corpos eficazes do capitalismo, se combate com a corrupção em nome do “não roubarás” roubando. Um mandamento que sem ele o capitalismo com sua moral burguesa não se manteria, visto se encontrar teologicamente internalizado nas consciências mistificadas dos incautas que servem à justiça burguesa.

O poema O Pão do Povo, de Brecht, expõe de maneira cristalina a mentira da justiça burguesa que se quer ser tida como o modelo da honestidade e coerência social. É um poema que serve de instrumento de análise do que ocorre hoje no Brasil onde ‘honestíssimos’ de todos os tons e matizes se colocam ‘santificados’ contra o governo Dilma, o presidente Lula e a parte democrática do país. Personagens que nunca semearam o trigo, cozinharam a massa e fizeram o pão, para que ele fosse “bastante saudável” e lançassem fora “a justiça ruim”. Personagens que não sabem que a justiça, como o pão, para ser boa deve ser feita pelo povo. Por isso o povo brasileiro clama por justiça saúdável.

Leiamos o poema, examinemos e tomemos posição política-moral justamente.

                               O PÃO DO POVO

A justiça é o pão do povo.

Às vezes bastante, às vezes pouca.

Às vezes de gosto bom, às vezes de gosto ruim.

Quando o pão é pouco, há fome.

Quando o pão é ruim, há descontentamento.

 

Fora com a justiça ruim!

Cozida sem amor, amassada sem sabor!

A justiça sem sabor, cuja casca é cinzenta!

A justiça de ontem, que chega tarde demais!

Quando o pão é bom e bastante

O resto da refeição pode ser perdoado.

Não pode haver logo tudo em abundância.

Alimentado do pão da justiça

Pode ser feito o trabalho

De que resulta a abundância.

 

Como é necessário o pão diário

É necessária a justiça diária.

Sim, mesmo várias vezes ao dia.

 

De manhã, à noite, no trabalho, no prazer.

No trabalho que é prazer.

Nos tempos duros e felizes.

O povo necessita do pão diário

Da justiça, bastante e saudável.

 

Sendo o pão da justiça tão importante

Quem, amigos, deve prepará-lo?

 

Quem prepara o outro pão?

 

Assim como o outro pão

Deve o pão da justiça

Ser preparado pelo povo.

 

Bastante, saudável, diário.

TEATRO MAQUÍNICO MOSTRA “O ALEGRE FIM DE LOGRAD’OURO A CIDADE DOS SONHADELOS”

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A Associação Filosofia Itinerante (Afin) como corpus constitutivo da inteligência coletiva carrega como formas de produção poiética e práxis alguns vetores que tentam criar novas formas sensitivas e intelectivas de sentir, ver e pensar. Novas sensibilidades e cognições imprescindíveis para produção de outra subjetividade que escape da subjetividade dominante com seus agenciamentos de sujeitos coletivos laminados.

Entre os vetores kinemasófico, bibliosofia, ludos-sófico, esquizosom, e outros, a Afin também faz percursos-esquizos transformadores com o seu Teatro Maquínico quase sempre com composição textual do próprio grupo, mas sempre com apresentações nas ruas, praças, escolas, centros comunitário, hospitais, fábricas, igreas, onde for convidada. E já é praxe, durante período de eleições, o grupo encenar teatro com cunho relativo ao dito período. Apesar da encenação não se reduzir ao tema eleitoral.IMG_9138[1]IMG_9128[1] IMG_9130 IMG_9140 IMG_9142 IMG_9145 IMG_9163

Esse ano, o Teatro Maquínico encenou a o texto O Alegre Fim de Lograd’ouro A Cidade dos Sonhadelos. O tema trata de uma cidade em que o povo tem seus direitos assegurados. Saúde, escola, entretenimento, emprego, transporte coletivo, segurança, tudo que supre suas necessidades. O que significa que esse povo é feliz.

E a razão dessa felicidade é que todos só trabalham. Não brincam, porque já são felizes. Não sonham, porque são felizes. Por isso, é proibido sonhar. Quem sonha não é feliz e não é feliz porque não trabalha.IMG_9158 IMG_9152 IMG_9172 IMG_9174 IMG_9177IMG_9168

Todavia, tudo não passava de uma fantasmagoria produzida pelos governos e seus comparsas que dominados por uma força que eles não conheciam, acreditavam que o que faziam era na verdade um bom governo que o povo merecia, quando era o contrário. Eles apenas, inconscientemente, reproduziam ordens de invasores cruéis que no passado invadiram a terra, agora chamada de Lograd’ouro, expulsaram seus habitantes autóctones e passaram a mandar sob a força de uma ideologia-alienante.IMG_9104 IMG_9105 IMG_9106 IMG_9161

É então, que estando uma menina de castigo no porão de sua casa, depois de levar uma surra de seu pai por se encontrar lendo um livro em sua escola, cujo tema era sobre a necessidade de sonhar para ser feliz, encontra um menino descendente dos habitantes autóctones que lhe conta toda a história de como surgiram os Sonhadelos. A partir daí, só assistindo a peça.

Essa a letra do poema Canto Político que os dois cantam.

CANTO POLÍTICO

Aquele que não sonha, não luta

E aquele que não luta, não é político

E aquele que não é político, é escravo

E aquele que escravo

Não serve para viver em comunidade

Porque na escravidão não há democracia

E na democracia não há escravidão

A democracia

É um regime ético, sociedade dos amigos

Constitutiva potência da razão.

A apresentação ocorreu na noite de ontem, dia 14, na Escola Municipal Francisco Guedes de Queiroz, no Bairro Tancredo Neves, na Zona Leste, o território mais populacional de Manaus, e o mais desassistido pelos governos e só lembrado em tempo de eleição, como no momento.

A AFIN COM SEU “PROGRAMA BRECHT EDUCADOR”, EM SUA PRODUÇÃO DE DESEJOS AFETIVOS E COGNITIVOS, ESTEVE NO IFAM COM SEU TEATRO MAQUÍNICO COM A PEÇA A EXCEÇÃO E A REGRA DE BRECHT

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A Associação Filosofia Itinerante (Afin) vem produzindo já há alguns meses passados nas escolas, centros comunitários, igrejas, universidades e outros palcos inquietos de Manaus – a triste não-cidade -, o seu Programa Brecht Educador. O programa, em seu movimento deviriano, tenta criar junto com os participantes uma cartografia de desejos que possa auxiliar na descodificação da semiótica dominante que oprime o desejo como potência criadora para que a alegria de agir se torne o princípio humano de comunalidade.

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O Programa Brecht Educador, tem como partículas impulsionadoras as peças de teatro, os poemas, os artigos e a músicas do teatrólogo, poeta, músico, articulistas, ativista Bertolt Brecht. Sua práxis junto ao público é manifestada em entrelaçamentos de saberes e dizeres já constituídos pelo sistema dominante posto sob a crítica dos enunciados brechtianos. Por exemplo, o poema Soube Que Vocês Nada Querem Aprender. O poema é desdobrado e revela os vários agenciamentos de dominação em que o público – principalmente estudantil e operário – encontra os signos codificadores da dominação e a imobilidade dos sujeitos-sujeitados.

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Como potência de ‘deseducação’, os signos brechetianos aparecem como crítica à prática alienada na escola e na sociedade interpretada por seus agentes como diretores, pedagogos, professores que preocupados apenas com seus salários – o que é necessário, nisso eles tem razão  – se afastam do entendimento de que uma aula é um ato político, como dizem os filósofos Deleuze e Guattari. E que o amparo dessa alienação fortalece a violência de ser a escola e seus corpos hierarquizados, um marcador de poder. Aí, a importância do Programa Brecht Educador que auxiliado, em parte, pelos dizeres das teorias e práticas dos filósofos da Escola de Frankfurt, como Marcuse, Adorno, Habermas, Horkheimer, revela a força dominante do currículo oculto praticado nas escolas passivas. O programa trata também da força imperiosa das chamadas teletecnologias que dominam vários territórios onde se imobilizam muitos educandos. Mostra como os sentidos e a cognição desses sujeitos-sujeitados, são violentados com a impossibilidade da experiência direta sobre a objetividade. Surgindo em seu lugar uma subjetividade fragmentada, sempre em estado de desaparecimento, onde o virtual-teletecnológico surge como real. A virtualidade fantasmagórica.

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Assim, com esses códigos estético/político/educacional constituídos, o Teatro Maquínico da AFIN se apresentou na quarta-feira, dia 19, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam), no Bairro do Zumbi, Zona Leste, o território mais populoso e mais pobre de Manaus, com a peça A Exceção e a Regra. Apesar de um toró de causar inveja a Noé, os estudantes se fizeram presentes de forma participativa como pede uma encenação brechtiana.

Tendo a peça como vetor-enunciativo-estético, depois da apresentação os estudantes passaram a produzir entendimentos sobre o que poderia ser inferido do texto. Daí foi possível experimentar enunciados sobre a exploração do patrão sobre o trabalhador, a mais-valia ou mais valor – dependendo do tradutor -, a necessidade da sindicalização do trabalhador, a política nacional e internacional do petróleo, a força do poder econômico sobre o Poder Judiciário, a condição da mulher-mãe desamparada por uma lei que deveria ampará-la, a terceirização, e como não poderia ficar de fora, a atitude do ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) na decisão de como determinou a prisão dos condenados.

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Analisando um dos versos da pega, “estranhe o que não for estranho”, o estudante Gilmar disse que infelizmente para a maioria da sociedade tudo que acontece para ela é normal, até mesmo a violência. Já as estudantes Silva e Fernanda, do Curso de Paisagismo, afirmaram que fica óbvio, na peça, a força do Poder Econômico sobre as decisões do Poder Judiciário, porque o juiz  absolve o comerciante explorador e assassino do carregador. Outra estudante do Curso de Ecologia observou que a ambição pelo petróleo como fonte de lucro mostrada na peça, é muito presente nos tempos atuais. Para estudante Elton, o que mais lhe chamou atenção foi a modernidade da peça. Escrita em 1925, ela apresenta a questão da sindicalização e a necessidade do trabalhador ser sindicalizado para poder lutar contra as imposições patronais. Pelo corpo docente, além do professor de Educação Artística, Aurélio, responsável pelo acontecimento estético/educacional/político, considerar o texto, a encenação e a interpretação dos atores com cunho profissional, embora todos sejam amadores – percebeu-se uma massageada de ego nos chamados artistas da Afin -, o professor Dênis aproveitou situações do tema sindicalização para analisar os malefícios da terceirização. E mostrou, como exemplo, os trabalhadores de serviços gerias terceirizados no próprio IFAM. E comparou suas situações com as situações dos professores concursados.

Em síntese, a composição estética/educacional/política do Programa Brecht Educador, foi possível em razão da disposição dos estudantes e dos organizadores, e educadores da instituição.

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ESCRITOR E TEATRÓLOGO ARIANO SUASSUNA PASSA BEM APÓS INFARTO

Ariano Suassuna literatura armorial auto da compadecida a porca preguiça do reinoApós sofrer um infarto na última quarta-feira o precursor do Movimento Armorial do Recife, o pernambucano Ariano Suassuna, conhecido por obras literárias e teatrais como A pedra do Reino, O santo e a porca, O auto da compadecida etc, passa bem.

Sendo um dos nomes mais importantes da cultura popular em pernambuco, as obras de Suassuna deram origem a um movimento sociocultural nos anos 70, quando foram formados o Quinteto Armorial (de onde surgiram Antônio Nóbrega e Antônio Madureira) a Orquestra Armorial do maestro Cussy de Almeida, que por sua vez deu origem ao Orquestra de Cordas Dedilhadas de Pernambuco.

De acordo com o boletim médico do Real Hospital Português em Recife, o escritor e teatrólogo amante da vida está “clinicamente estável e seguindo protocolo clínico de rotina [com um] comprometimento cardíaco de pequenas proporções”.

De acordo com os responsáveis, o produtivo artista que conta com uma existência cronológica de 86 anos está “consciente, conversando com a família e bem-humorado”. Atualmente, o artista Suassuna vem realizando uma série de “aulas-espetáculo” por todo o país, já tendo passado por Recife, Fortaleza, entre outros lugares.

TEATRO MAQUÍNICO AFINADO ENUNCIA BRECHT EM UMA APRESENTAÇÃO NA UFAM

IMG_3575A peça didática “A Exceção e a Regra” do teatrólogo, poeta, filosofo alemão Bertolt Brecht trabalha sobre o capitalismo, que em sua desumanidade, além de explorar a mão de obra do trabalhador, expor as diferenças de classe, ainda cria formas perversas de relações pautadas na dominação, humilhação e violação dos direitos do homem.

Porém quando se trata do poder judiciário que deveria julgar as ações que prejudicam o bem comum, a falsa justiça está sempre junta do lado mais forte, com mais dinheiro. Na história brechtiana, um comerciante, um carregador e um guia fazem uma viagem em busca do petróleo para que o comerciante possa ganhar uma concessão. A concessão será dada ao grupo que chegar primeiro, e por isto o comerciante, que está na frente, explora de todas formas possíveis os trabalhadores para buscar seu lucro. Quando o comerciante viola a lei cometendo um homicídio, será levado ao julgamento, para que haja apenas uma confirmação dos valores capitalistas levados pela justiça burguesa.


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A Afin levou este vetor teatral ao auditório Rio Negro da UFAM na última quarta-feira, onde o público era formado por algumas turmas do curso de Serviço Social da mesma universidade. Este curso como sempre demonstrou seu posicionamento engajado perante a realidade que se acredita não estática. Assim, os acadêmicos não vêm simplesmente uma sociedade fruto de seu tempo e de sua história, mas busca entender suas contradições e apreender formas de transforma-la.

Na montagem da Afin, há a presença de três comerciantes, o que mostra que independente da sua “individualidade genética” os três comerciantes são apenas um, que seguem a mesma forma de exploração. Como já é de costume do teatro dialético de Brecht, entre cada quadro há a passagem de uma placa antecipando os acontecimentos. As placas foram mostradas pelos acadêmicos de Serviço Social, que aproveitaram seu talento, para participar da peça. Após a apresentação, como sempre ocorre no teatro maquínico afinado há uma discussão com a plateia sobre os entendimentos e vivências ocorridas através do texto do espetáculo.

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A apresentação das peças ocorrem sempre de graça, o que não tem nenhuma graça pro capitalismo, nos locais onde a Afin for convidada. Caso alguém tenha interesse de levar a peça a sua escola, faculdade, sindicato, igreja, terreiros, centros religiosos, é só entrar em contato para  marcar apresentações nos telefones 3234-3799 (Marcos José) e 9190-1949 (Lucicleia) ou através de comentário em nossos blogs, ou ainda pelo e-mail afinsophiaitin@yahoo.com.br

A Exceção e a regra

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Ficha Técnica

Texto: Bertolt Brecht

Encenação e música: Marcos José

Contra-Regra: Hayssa Madureira

Grupo de estudo filosófico-político-social sobre o tema: Alci Madureira, Ana Nogueira, Anderson Littaif, Edmilson Lima, Larissa Alencar, Marcos José, Melyse Cordeiro, Vinicius Padilla, Solange Botelho, Miguel Oliveira, Lucicléia Lopes

Miguel Oliveira: Comerciante , Juiz
Alci Madureira:  Guia, Comerciante
Vinicius Padilla: Carregador, Condutor da segunda caravana, Estalajadeiro
Lucicléia Lopes: PolíciaI, Mulher do Carregador
Marcos José: Comerciante

BOCA NO MUNDO: Querem Criminalizar a Liberdade Total

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Do Blog do Zé Celso

Pois é. Acabo de receber esta intimação policial como “Ilmo. Sr. Diretor da Associação Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona, para fazer comparecer no 23º DISTRITO POLICIAL DE PERDIZES, dia 11 de junho, um dos nossos tecno-artistas associados para elucidar os fatos, e mais: reconhecer os atores de teatro em fotos ou vídeos postadas na web sob o título “Decapitação do Papa na PUC”, na “Ocupação da PUC pela Democracia”.

Achei o documento francamente delicado, educado, mais ainda, até afetusoso. Mas… o fato é que estamos sendo precessados mais uma vez pelos que devíamos processar pelo desrespeito ao Teatro e ao Estado Laico Brasileiro: os “Fundamentalistas Católicos Apostólicos ROMANOS”, que consideram a atuação teatral farsesca mais desrespeitosa do que o próprio ato destes Fundamentalistas de violar o espaço até então livremente sagrado da Universidade Católica.

Os alunos e muitos professores ocuparam a Universidade em virtude da nomeação para a Reitoria de uma candidata que pegou 3º lugar na eleição, mas foi a escolhida antidemocraticamente pelos representantes do Vaticano no Brasil por estar de acordo em transformar a PUC num “Recinto de Pregação Fundamentalista ROMANA”.

Estamos pasmos de ver todo dia e toda noite as epidemias mundiais assassinas na violência praticada pelos Monoteísmos Fundamentalistas de todos que se consideram donos de “Uma Verdade Absoluta” e “Um só Caminho”.

Ratzinger, antes de ser Bento XVI, já tinha castrado o movimento da Teologia da Libertação, de importância imensa para a vida cultural, religiosa e social do Brasil.
No ano passado, quando sua fé como Papa já estava se perdendo, o representante de Deus na Terra quis tornar a PUC o que era no seu início.

Eu fiz dois anos de Filosofia na PUC nesta fase inicial, antes dos anos 60, ao mesmo tempo que fazia Direito na São Francisco.
Desisti porque, entre outros, nosso professor Alexandre Correia, por exemplo, explicava com argumentos na matéria que lecionava, Lógica, a transubstanciação da Eucaristia em Corpo de Cristo… Vocês acreditam?
O Livro de Filosofia adotado no curso era um Catecismo trans-medíocre do Padre Leonel Franco.
Mas depois a PUC evoluiu de acordo com a evolução da Igreja nos anos 60,70 e 80 e tornou-se mesmo um reduto das mais decisivas lutas para derrubar a Ditadura Militar no Brasil.
O velho fundamentalismo do ensino havia sido superado e a Universidade Católica de Perdizes tornou-se Exemplar no Brasil e no Mundo pela sua prática da Liberdade Criadora nos Ensinos da Ciência, das Tecnologias e das Artes.

No ano passado estudantes da PUC foram nos procurar quando estávamos fazendo a peça “Acordes”, de Bertolt Brecht, chamando-nos outra vez à luta pela Liberdade do Ensino Laico no Estado Brasileiro Laico, na PUC agora ameaçada pela regressão à uma Universidade Fundamentalista Católica Apostólica ROMANA.
Os estudantes tinham ocupado a PUC e não permitiam a entrada da reitora imposta pelos representantes do Papa em São Paulo.
Na peça “Acordes” havia um Bonecão que representava o Capitalismo e que era despedaçado por dois Palhaços numa Cena de Circo de Horrores, no estilo tradicional teatral de “Gran Guignol”.
Então adaptamos o texto para a situação que a PUC estava sofrendo e apresentamos esta cena clássica do “Circo-Teatro” de Todos os Tempos: a Desmontagem, a DesParamentação, a retirada de uma Máscara Papal,tal como o próprio Ratzinger que acabou, ele mesmo, safando-se, saindo dela.

Será que a Bruxaria Teatral tem este poder? Libertou Ratzinger da própria Estrutura de sua Fantasia Papal?

O Teatro tem este poder: o de mostrar o ser humano mortal Paramentado com as vestes que lhe conferem Autoridade, muitas vezes destruindo a própria humanidade dos que se Paramentam, que passam a agir como Aparelhos, pois a Mascara se colou à pele

Jean Genet, em sua Obra Prima “O Balcão”, mostra um Bordel onde os clientes vestem as máscaras sociais de Papa, de Juiz, de Rainha, de General, de Polícia, etc… para transar seu “p(h)oder” com as putas que fingem acreditar em suas representações.
Na peça há uma Revolução e estas Máscaras das Autoridades são depostas, mas os partidários anti–revolucionários que restam vão ao Bordel e pedem que os clientes que frequentavam o Puteiro apareçam no Balcão do Palácio do Governador com suas Fantasias para conter a humanidade revoltosa com elas: suas Máscaras de Poder.

Bertolt Brecht tem em “Galileu Galilei” uma das mais belas cenas de teatro: mostra um Cardeal a favor da liberdade da Ciência, amigo de Galileu que vai se tornar Papa, mas à medida que vai se paramentando de Cardeal da Santa Inquisição, passa a argumentar a favor da prisão e tortura do grande físico Galileu porque ele afirma que a Terra gira.
No final da Paramentação, quando recebe a Mitra, o Cardeal Libertário concorda com a intimação do seu ídolo: o físico GG, para as salas de Tortura da Polícia da Inquisição.

Querer incriminar os artistas de Teat(r)o por esta cena é um atentado à liberdade de expressão do ator, isto é, ao “Anarquista Coroado”, como Artaud, um dos maiores sacerdotes Xamãs do Teatro afirma.

O Teatro é realmente o lugar onde tudo que é humano, transumano, subumano, animal, vegetal, mineral, pode ser vivido em forma de Máscaras de Dionísios, seu deus.
É o espaço da Liberdade Total. Nós das Artes, que lutamos contribuindo para abolir a Censura no Brasil durante a Ditadura Militar e ganhamos esta conquista não podemos recuar e aceitar a CENSURA à nossa atividade.

Esta criminalização da etherna atividade teatral à Liberdade de “rir corrigindo os costumes” demonstra que quem nos processa quer criminosamente o retorno do “Imperialismo Romano Católico Apostólico”, intrometendo-se no Estado Democrático e Laico brasileiro em forma de Criminalização Inquisitorial.

O Brasil é um país de maior número de católicos no mundo. Eu mesmo sou batizado, fiz 1ª Comunhão, mas por ter uma educação religiosa fundamentalista tirei o meu Corpo deste campo minado de Perversões.
Os brasileiros católicos não são romanos, são católicos antropófagos – frequentam o espiritismo, a Macumba, o Candomblé, a Umbanda, o Budismo – trepam com camisinha, portanto não somente para fabricar filhos, mas pelo prazer desta prática sagrada que é o ato sexual em si – um ato de amor, de criação e procriação quando há consentimento das partes.
Se casam, como os gays de hoje. Se a mulher que é mulher sabe o que quer e quiser abortar, aborta e depois confessa e comunga.
Sou vizinho de um lugar onde de 15 em 15 dias se encontram casais católicos carismáticos que passam os sábados e domingos dançando ao som do Tambor com toques até de Mãe Menininha.

Há, como diz Oswald de Andrade, um sentimento religioso “órfico” em todos nós, diante do Mistério da Vida no Cosmos.

Nossos ancestrais – minha avó paterna era índia – eram antropófagos, comiam carne humana tanto do inimigo mais forte para lhe adquirir as qualidades quanto dos entes queridos, filhos, irmãos, pais, avós, mulheres e maridos.
Era uma Cerimônia não para matar a fome, mas religiosa como a Eucaristia Católica que é uma sublimação da Antropofagia.
Talvez por isso no Brasil o catolicismo popular da maioria não tem a rigidez de outras religiões.

O Fundamentalismo é imposto pela religião do Hemisfério Norte, que antropofagiou o Império Romano e seus cristãos entregues aos leões, e tornou-se a Religião Católica Apostólica do Império Romano com ambições colonialistas e imperiais no mundo todo.

Esse tempo passou.

Vivemos de acordo com o que desejamos para nós mesmos e para todos, de mais gostoso.

A submissão a podres poderes é um assunto que está querendo retornar pelos que se sentem inseguros diante das revoluções que vem trazendo outros ares aos nossos tempos, desde 1967.

Por isso diante desta intimação delicada, que tem por traz dela os fundamentalistas que querem nos criminalizar, ponho a BOCA NO MUNDO.

José Celso Martinez Corrêa

orgulhosamente

Presidente da Associação Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona

Paz Humor Amor e Muito Mais

BERTOLT BRECHT E A EXISTÊNCIA DESPROVIDA DE TEMPORALIDADE CRONOLÓGICA

Hoje,  domingo gordo de carnaval, dia 10 de fevereiro  de idos 1898, nascia em Ausburgo, nas negras florestas da Alemanha o dramaturgo, poeta, filósofo e afinado  Bertolt Brecht. E ele está conosco. Nunca nos abandonou e nem nós o abandonamos quando os nazistas e os capitalistas americanos o perseguiram. Bert nasceu  Alemanha do período industrial. Numa Alemanha que na época despontava como uma potência e se sobressaia na Europa.

O modo de produção capitalista estava consolidado. De um lado, os donos dos meios de produção. Os patrões. Os exploradores. Do outro lado, os trabalhadores. Os explorados, donos da força de trabalho. Produtores da riqueza, porém pobres, miseráveis.

Bertolt Brecht resolveu através da ciência e da arte desenvolver um trabalho. O teatro como diversão. Só que diversão diferente dos modelos de teatro gastronômico, comum nos palcos desta  não cidade e de muitas outras Terra afora. Diversão com reflexão. O espectador como co-participante do jogo teatral. Foi a partir disso que ele desenvolveu o efeito distanciamento. Uma técnica que faz um fato óbvio tornar-se inesperado, que chama a atenção.

Nestes 115 anos conosco, Bertolt Brecht é um dos personagens que está na nossa itinerância. Já foi nosso entrevistado e encenado pelo pessoal da Barca nos anos 90  (Lux in Tenebris), já foi assunto especial no nosso jornal atemporal PHYLUM e neste intempetivo blog.  Nosso teatro maquínico  utiliza o método épico/didático criado por ele em todas nossas peças. Bertolt Brecht esteve  também, antes da Barca, com o pessoal  do GRUTA. A moçada daquela época encenou “A Exceção e a Regra.” Na Afin montamos e apresentamos “Quanto Custo o Ferro”. E agora, senhores e senhoras, respeitável público,  está no teatro popular que são ruas, centros comunitários, escolas, terreiros, quintais  a peça  “Exceção e a regra”.

O capitalismo, o jogo de interesse, a competição, desligamento de culpa, mistificação estarão sendo mostrados e com isso iremos tecendo nesta não cidade de Manaus novas formas de dizeres e viveres.

Bertolt Brecht está completando 115 anos e neste dia majestoso, dia de festa, dia de carnaval, com a Bandinha do Outro Lado saindo da Rua Rio Jaú, nº 6 , às 17 h. no Novo Aleixo, comemoraremos seu aniversário  com  festa dionisíaca, pulando, brincando, cantando a vida, o vinho e a alegria do convívio com o teatrólogo da floresta negra e  com todas as crianças afinadas que compartilham olhares e dizeres kinemazóficos dominicais nesta não cidade maravilhosa.        

  

Quando a arte engajada encontra o modismo industrial: Gangnam Style teatro oficina uzyna uzona

“POBRE DO POVO QUE PRECISA DE HERÓI (BRECHT)”

Na peça Galileu Galilei do teatrólogo, poeta, cinegrafista, articulista, ativista, alemão Brecht que narra a confirmação astrofísica do sábio Galileu de que a Terra não é o centro do universo, teoria defendida pela Igreja Católica para poder melhor oprimir o povo, mas sim o Sol, há uma cena em que Galileu é obrigado pelo Tribunal da Santa Inquisição a negar a verdade que descobrira, caso contrário seria executado na fogueira da dogmática-cristã-paulínea.

Galileu entre a angústia da execução e a defesa da verdade, conversa com seu secretário Andreas. Andreas, no entusiasmo de sua juventude, quer que o sábio Galileu não ceda aos inquisidores, mas Galileu, mais sereno e racional, sabe que morrendo ou não morrendo, a verdade da Teoria Heliocêntrica, o sol o centro do universo, jamais poderá ser negada. A História se encarregou de oferecer a Galileu sua verdade-social. Apesar de toda brutalidade da Igreja contra os que pensavam contrário a dogmático, como ocorreu com Giordano Bruno.

Andreas entende que a morte de Galileu o fará um herói, o que seria a grande homenagem para um homem como o sábio. E ainda mais, a morte de Galileu poderia levar o povo à rebelião. Percebendo que Galileu não cede aos seus argumentos, Andreas, brada:

– Pobre do povo que não tem herói!

Ao que Galileu, sabiamente, rebate:

– Não, Andreas! Pobre do povo que precisa de herói.

O FRACASSO DO HERÓI E A DOR DE QUEM O QUER

Todo herói é um fantasma de si mesmo, alimentado pela dor de seus desejantes, os que lhe querem herói. O herói nasce em si por uma negação de si mesmo. O homem que se quer herói cria um duplo de si, porque não suporta ser ontologicamente ele mesmo. Pode-se dizer que ele é um covarde existencial. Recorre ao subterfúgio. Desta forma, ele é uma existência malograda, como diria o filósofo Sartre. Mas como ele não pode suportar o malogro, ele passa a viver seu duplo como fantasia salvadora. Esse duplo é o herói para o outro que por sua vez também não pode autenticar sua existência. Outro malogro ontológico. Forma-se então a simbiose. O herói como duplo, fantasia de si mesmo, satisfaz o herói do outro. O simulacro da duplicação.

A lógica da fuga tanto do herói como do outro que o heroiciza, é simples. O herói se alimenta do que o outro diz e pede dele. O outro, que precisa do herói, se alimenta do que ele lhe oferece. Mais é aí que essa simplicidade é terrivelmente implacável para ambos. Para satisfazer o outro o herói cria um personagem para si que ao invés de lhe confortar faz de sua existência um tormento, porque o herói nem é ele e nem é essa representação. O herói é uma insuportável nadificação. E essa nadificação é o tormento do outro que precisa de herói. Mas que por ironia, lhe gratifica. De vazio.

Para um fácil entendimento, basta compreender que todo homem que se quer herói tem um grande pavor da existência, quase sempre herdada como culpa transferida por seus país. Uma obra do inconsciente psicótico dos adultos que a criança luta para escapar, como dizem os filósofos Deleuze e Guattari. O que “precisa de herói” também teme a existência, por isso ele nomeia alguém como seu herói para realizar seus anseios fóbicos. Ele também quando criança lutou para escapar dos pais, mas não conseguiu. Daí sua inautenticidade ontológica.

E como já foi entendido, tanto o homem como herói duplicado para outro, assim como o outro que absorve a duplicação, jamais se encontram, visto que convivem com fantasma. Daí que todas as faculdades humanas que são produtoras de existências reais ontologicamente, serem capturadas pelo fantasma impedindo que elas se manifestem no herói e no outro. Cognição, imaginação, memória, sentido, sexo, todas são perturbadas por essa aliança fantasmagórica.

 Como a heroicização  é uma falha ontológica, corre que alguns períodos da história são eficientes em servir como berço do herói. Por isso existem heróis em quase todas as culturas e de todos os matizes. Onde houver o medo e existência anemizada, lá está o herói. Em sociedades pobres de espírito, principalmente, é comum surgir um herói. Bastou a vontade e o instinto coletivo arrefecer, lá aparece o herói.

É por isso que Brecht, através de seu Galileu, diz, “pobre do povo que precisa de herói”. É que ele sabe, que quando um povo precisa de herói é porque ele ainda é escravo da tirania do medo e da ignorância. É um povo que ainda não construiu sua obra beatífica: a liberdade. E sob o julgo do herói, esse povo jamais será livre, visto que o próprio herói é um escravo.

Como Andreas, embora auxiliar de Galileu, não entende essa potência beatífica, ele, o exorta, dizendo, “pobre do povo que não tem herói”. Andreas não sabe que a liberdade é uma produção coletiva, uma multitudo poieticamente criadora da democracia.

Portanto, todo aquele que precisa de herói não sabe que “o herói não “libera” os acontecimentos nem as forças históricas, nem constrói uma história. Encadeia as figuras do mito e da lenda; é por isso que nem a Revolução nem a Democracia têm necessidade de um herói”, como afirma o filósofo Baudrillard.

PREFEITO DE MANAUS PROCURA ATENDIMENTO MÉDICO EM SÃO PAULO ENQUANTO O POVO PASSA A NOITE NA FILA PARA NÃO SER ATENDIDO NO DIA SEGUINTE NO FHAJ

“SAÚDE, DOUTOR!”

No final dos anos 90, ainda no Teatro Cabocão, apresentamos na cidade de Manaus a peça  “Saúde, Doutor!” que tratava de atendimento médico-hospitalar. Ali pacientes na fila, alguns moradores do lugar, como o Joca, mais conhecido como perna de Valsa, com as mais diversas enfermidades aguardavam atendimento médico. Numa das cenas marcantes o atendente anuncia que os pacientes serão atendidos pelo homem de branco. Ao ver o homem de branco um deles se emociona, pois nunca havia visto um médico, cai e morre. Só que mesmo morto, não viu o médico. O homem de branco que o atenderia era um estagiário.

ENQUANTO ISSO NA FUNDAÇÃO HOSPITAL “ADRIANO JORGE”

Esse quadro retratado pela arte daquela época pra cá continua degradante. Pacientes da Fundação Hospital “Adriano Jorge”, no bairro da Cachoeirinha, em Manaus, passam a noite na fila para atendimento. Quando amanhece que inicia o atendimento, se o sistema de internet estiver funcionando mesmo assim ficam aguardando. Lá pelas 10 horas, quando chega de um por um no guichê para falar com a atendente ela diz que o médico, Doutor Marlon,  não atende mais na unidade e que tem que aguardar novo agendamento para o dia 30 de agosto de 2012. As pessoa que precisavam desse atendimento  sofrem com hérnia de disco, problemas de coluna e hortopédicos dos mais diversos.

A confusão ocorrida na manhã do dia 21/08/2012 foi tão grande nesse hospital que idosos na fila de prioridades foram às vias de fato por uma vaga.

O deputado José Ricardo, do PT e seus assessores estiveram no local e registram com fotografias as filas.

Para a realização de exames de raio X só são distribuídas 10  senhas.

PREFEITO CASSADO DEIXA PREFEITURA E BUSCA CURA EM SAMPA

Enquanto o povo sofre com esse sistema precário de atendimento médico-hospitalar, um dos principais responsáveis por esse caos, que já governou este Estado por três mandados e está na prefeitura cassado, doente, afasta-se da prefeitura da não cidade de Manaus e ruma para São Paulo para ser atendido nos melhores hospitais daquela cidade. Ficam aqui os pobres, os conveniados do Manausmed que cancelou todos os convêncios com os cirurgiões e especialistas.

O SUS com todos os problemas enfrentados ainda é um programa de socialização do atendimento para o povo. Entretanto, governos antipopulares são responsáveis pelo péssimo atendimento.

ARTUR NETO, CADÊ A CPMF?

E não podemos deixar de mencionar que o candidato Artur Neto, do PSDB, quando senador da República junto com os outros reacionários políticos votaram contra a CPMF que dava uma grande contribuição para a saúde do Brasil. E agora isso deve ser evocado, porque o povo sofre, muitos estão doentes e aquele dinheiro ajudava a manter o sistema de saúde no Brasil funcinando. Como tinham inveja do Lula, para atingi-lo não aprovaram a contribuição. Mas o povo eleitor foi atingido e eis que chegou a hora de novo.

OS MÉDICOS ESTÃO PRIVATIZADOS

Outro entrave que vemos no atendimento médico no Estado do Amazonas é que todos os hospitais estão entregues para as cooperativas. São poucos os médicos estatutários, funcionários públicos. A privatização da saúde é resultado da política neoliberal do PSDB comandada pelo senhor Fernando Henrique Cardoso e acompanhada pelo surrador de presidente, Artur Neto do reacionário partido que entra neste momento no STF contra o governo do Estado do Amazonas por causa de uma ADIN que alegam lhes causar prejuízo.

Os atendentes e os médicos não devem reagir contra a população, claro, que numa situação que mereça legítima defesa o instinto é instinto.

ENTÃO, MORRA!

Como resultado disso, o povo deve através de meios legais, denunciar essa violência para que a  SUSAM , o governo do Estado, a Prefeitura de Manaus evitem que esse povo não morra, apesar disso já ter sido pronunciado por alguém contra uma paraense e que agora busca cura fora desta cidade, pois deve ter  muito medo de morrer.  Então, prefeito cassado, NÃO MORRA!

    

PEÇA DE TEATRO “O CANDIDATO QUE SAIU DO POVO” DA AFIN É PROIBIDA DE SER APRESENTADA EM ESCOLAS DA REDE ESTADUAL DE ENSINO DO ESTADO DO AMAZONAS

“Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras”. (Artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos)

Nossas fronteiras esbarraram nos portões da Escola Estadual Desembargador André Vidal de Araújo, que tem como gestor, Kepler Evanovich Leitão, que já foi diretor das Estaduais Milton Bandeira e José Bernardino Lindoso. Exatamente numa escola que leva o nome de um agente da justiça, a peça de teatro da AFIN, “O Candidato que Saiu do Povo” foi censurada, proibida de ser apresentada no dia 19 de julho às 19:30 h a partir de ilações, calúnia e delação.

A Associação Filosofia Itinerante possui muitos professores como membros, simpatizantes e sócios. Na Escola citada, ministra aulas de língua portuguesa, no turno vespertino e noturno o professor Carlos Alberto Sampaio que é um incentivador de encontros estéticos-éticos da AFIN e que já intermediou noutros anos  apresentações de peças nessa escola e este ano propôs ao gestor que a peça “O Candidato que saiu do Povo” fosse encenada no horário da noite.

DITO-DIRETOR ILALA E DELALA

O Dito-dela-diretor alegou que precisaria ter autorização da Coordenação Distrital 06 que compreende as 28 escolas da Cidade Nova. Só que quando o dito-diretor Kepler Evanovich Leitão foi conversar com a Coordenadora Chefa da CD 06, Professora Emília,  numa atitude própria de dito-deduração, disse que a peça já havia sido apresentada na Escola Estadual Engenheiro Artur Soares Amorim e que o texto da peça falava mal do governador.

AFIN REAGE

A diretoria da AFIN ao tomar conhecimento dessa atitude antidemocrática, anticonstitucional, de comportamento ditatorial e de proibição à liberdade de expressão, através de seus membros e do seu  presidente procuraram obter mais informações sobre a censura e este  não podendo falar com a Coordenadora chefa, professora Emília, que  encontrava-se numa reunião com  gestores , o presidente da AFIN conversou  com a Assessora Terezinha que informou que a coordenadoria tomou conhecimento do fato e que para a peça ser apresentada nas escolas da rede estadual a AFIN  deveria submeter à coordenação um projeto e o respectivo texto da peça, bem como isso deveria ser providenciado também para os outros distritos da SEDUC-AM.  A proibição e a censura transpunham-se dos portões da Escola André Vidal de Araújo para outras fronteiras. Estamos proibidos de apresentar a peça nas Escolas Estaduais do Amazonas.

O distrito tomou essa decisão arbitrária, condenável, pois só vimos isso na época da ditadura militar no Brasil pós 1964, a partir de ilações, calúnias de quem não assistiu a peça, porque se tivesse assistido, como muitos alunos do Artur Soares Amorim, professores, comunitários convidados, nenhum  deles viu no texto qualquer menção à pessoa do governador ou qualquer autoridade constituída  do estado, pois trata-se de um texto artítistico, poético ficcional, que trata sim, de política a partir da Filosofia Spinoziana, e principalmente do projeto de lei popular denominado Ficha Limpa do qual fomos incentivadores, apoiadores e nessa luta pela moralização política do Brasil, somos parceiros do Tribunal Superior Eleitoral fazendo esse trabalho de orientação, reflexão para que tenhamos um país livre da corrupção, da compra de votos e de políticos ficha suja.

No momento que o dito-diretor, Kepler Evanovich Leitão  e a CD 06 censuram, proíbem a apresentação da peça, percebe-se o porquê da educação escolar no Amazonas apresentar índices negativos.

O teatro é arte e a arte que trabalhamos tem como base e referência o método do Verfrfremdunggseffekt (distanciamento) de Bertolt Brecht, isto é, a “plateia deve ser desencorajada no sentido de qualquer perda de seu afastamento crítico da identificação com um ou mais personagens: o oposto da identificação é a preservação de uma existência independente, a ser mantida separada, alheia, estranha – consequentemente o diretor deve lutar para produzir, por todos os meios ao seu dispor, efeitos que manterão a plateia separada, afastada, alienada da ação.”  (Martin Esslin, Brecht: dos males, o menor). E neste caso, como já mencionamos, essa peça trabalha a questão política no sentido de elucidar pedagogicamente o ficha limpa, assim como também é um texto constituído de quatro quadros: Na Praça, Sem Terra o Homem não fica em pé, Poesia Não Rima com Grilagem e o Povo é a Democracia. O teatro começa com um jornaleiro gritanto a manchete daquele dia: “Poderá não haver eleição ano que vem.” A história nesse quadro destaca o projeto ficha limpa. No segundo e terceiro quadro a abordagem é sobre invasões e grilagem de terra e no último, sem candidatos para participarem da eleição, pois até os partidos políticos por possuirem candidatos ficha suja não podem lançar candidatos,  surge como único candidato que é ficha limpíssima, o Povo.  “Eu quero um candidato que saia do povo/Que tenha alegria produção do novo/Composto democrático/afeto razão/Potências que libertam o povo da exclusão.”

ENCONTRO CENSURADO

E na noite do dia 19 de julho de 2012 quando o professor Carlos Sampaio e a AFIN proporcionariam um encontro diferente, de leitura além dos códigos estabelecidos, eis que uma subjetividade danosa, em pleno momento em que a Comissão da Verdade apura a deduração, a tortura, as mortes da ditadura, a escuridão,  o cerceamento abateu-se sobre uma escola, porque nessa escola o seu dito-diretor não leu e nunca lerá que “é de toda arte que seria preciso dizer: o artista é mostrador de afectos, inventor de afectos, criador de afectos, em relação com os perceptos ou as visões que nos dá. Não é somente em sua obra que ele os cria, ele os dá para nós e nos faz transformar-nos com eles, ele nos apanha no composto. (Deleuze e Guattari)

E nesse processual, de não submetermos à violência, essa atitude será propagada para políticos, sites, blogs, formadores de opiniões do Brasil e dos mais diversos países que nos acompanham pela internet, porque a AFIN é uma ONG que trás na sua trajetória criadora de novas formas de dizeres e fazeres a seguinte caminhada.

UMA ITINERÂNCIA DE CONSTRUÇÃO DE NOVOS DIZERES E FAZERES AFINADOS

A Associação Filosofia Itinerante – AFIN, entidade fundada em 04 de julho de 2001 e que desenvolve um trabalho com os fluxos comunitários filosóficos, buscando promover encontros ético-estético-afetivo-políticos para discussão da existência das pessoas no mundo, ai compreendendo sua rua, bairro, cidade, estado, país para além do cotidiano constituído e codificado. A entidade tem como aliados nesse devir filosófico intemporal os filósofos Nietzsche, Espinosa, Bergson, Deleuze, Sartre, Simone de Beauvoir, Foucault, Guattari, Toni Negri, dentre outros.

Além desses filósofos a Associação tem uma parceria com órgãos do governo federal como Petrobrás, Ministério da Saúde, Ministério da Cultura com quem em 2008 firmou um convênio de cooperação 119/2008 para apresentação do teatro maquínico “À procura de um candidato” que foi apresentado em escolas estaduais, municipais, associações comunitárias, terreiros, ruas e quintais, como também  auxilia na divulgação de campanhas desses órgãos em benefício das pessoas e do povo brasileiro.

A Associação possui vários vetores de atuação tais como o teatro, o kinemasófico, bibliosofia que preenche um vácuo de atividades artístico-culturais em Manaus, principalmente nos bairros periféricos e em escolas.

Isso é facilitado porque a Associação conta com um número grande de membros como professores, pedagogos, filósofos,  psicólogos, religiosos, estudantes, médicos, advogados, artistas, atores dentre outros profissionais  que com suas atuações tornam visível e permitem uma rede de relações que engendram e potencializam a inteligência Coletiva.

No teatro, por exemplo, temos membros remanescentes da década de 60 com o Grupo  Universitário de Teatro do Amazonas –GRUTA, que encenou o “Natal na Praça de Henri Gheon, “Pés Descalços no Asfalto Quente” de Marcos José, “O Troco” de Domingos Pellegrini, “O Novo Otelo” de Joaquim Manuel de Macedo, “A Exceção e a Regra” de Bertolt Brecht dentre outros;   passando pelo pessoal da BARCA, com “O Auto do Inferno” de Gil Vicente, “ Lux in Tenebris” , de Bertolt Brecht, “Rabo pra que te Quero” de Marcos José; Teatro Cabocão, “Saúde, Doutor!”  e “Doutor a Justiça é Cega”   e atualmente a AFIN  encenou nestes 11 anos as seguintes peças teatrais: “ Pequeno Conto de Natal” (2001), “O Filósofo Fernando que não  Era Só Pessoa” (2001), a partir de poemas de Fernando Pessoa, “O Político”(2002), “Quanto Custa o Ferro” (2002), de Bertolt Brecht, “A maldição do Boi Babão” (2003), “Para criar um candidato” (2004), “O Candidato Mais Ético” (2006), “Boizinho Rizoma nas Tramas da Zona Franca Verde” (2007).

Pra finalizar este artigo-denúncia contra um atentado à vida, ao artigo 19 da Declaração Universal dos direitos do Homem e do Cidadão, informamos que recorreremos contra essa atitude arbitrária, ditatorial, junto aos órgãos competentes, pois atitudes como essas, que proíbe o teatro numa escola, que independente de um programa pode-se a qualquer hora ser apresentado, pois é algo diferente, novo e de grande serventia, pois caso contrário, diretores como o aqui mencionado pode contribuir para tenhamos como personagem o do poema abaixo de Bertolt Brecht.

MEU ESPECTADOR

Recentemente encontrei meu espectador.

Na rua poeirenta

Ele segurava nas mãos uma máquina britadeira.

Por um segundo

Levantou o olhar. Então abri rapidamente meu teatro

Entre as casas. Ele

Olhou expectante.

Na cantina

Encontrei-o de novo. De pé no balcão.

Coberto de suor, bebia. Na mão

Uma fatia de pão. Abri rapidamente meu teatro. Ele

Olhou maravilhado.

Hoje

Tive novamente a sorte. Diante da estação

Eu o vi, empurrado por coronhas de fuzis

Sob o som de tambores, para a guerra.

No meio da multidão

Abri meu teatro. Sobre os ombros

Ele olhou:

Acenou com a cabeça.

Bertolt Brecht. Poemas 1913-1956,

 

      

 

O CANDIDATO QUE SAIU DO POVO EM MAIS UMA APRESENTAÇÃO NA ESCOLA E. ARTHUR SOARES AMORIM

O Teatro Maquínico da Afin é um vetor que carrega um tema a ser discutido com a encenação de uma peça e que após esta encenação abre espaço para uma conversa para que através inteligência coletiva haja a construção de novos saberes coletivos. A cada dois anos, no ano da eleição, a Afin produz seu vetor teatral e apresenta onde for convidado, animando as discussões democráticas por onde passa. Assim como todas outras atividades da Associação, as apresentações são gratuitas e são levadas aonde houver público interessado nas discussões seja em escolas, centros comunitários, igrejas, centros espíritas, associações, sindicatos, entre outros.

Este ano o Teatro Maquínico traz o vetor teatral “O candidato que saiu do povo” que desde junho vem produzindo em vários espaços racionais de discussão sobre as eleições e mais especificamente sobre a Lei do Ficha Limpa. Esta lei é um dos maiores avanços da nossa democracia, já que nasceu da vontade popular em impedir que a corrupção e impunidade continuem existindo em nosso país. O avanço ético produzido a partir da população irá produzir cada vez mais eleições voltadas para o bem comum e impedir que a subjetividade maculada que envolve Demóstenes Torres, José Dirceu, José Serra, Bolsonaro,e tantos outros continue se propagando.

APRESENTAÇÃO DO VETOR TEATRAL NA ESCOLA ESTADUAL ENG. ARTHUR SOARES AMORIM

Na última semana o vetor “O candidato que saiu do povo” esteve presente com mais uma apresentação no bairro da Cidade Nova 3, Núcleo 16 na Escola Arthur Soares Amorim onde os estudantes, professores e membros da comunidade puderam se envolver com o tema do ficha limpa e debater sua implicação sociopolítica nas eleições deste ano.

A produção afinada “O candidato que saiu do povo”possui três quadros. O primeiro quadro “Na Praça” um diálogo entre vários personagens de uma praça por causa de uma manchete de jornal. Assim discute entre outras coisas a mídia e participação popular.

O segundo quadro “Sem terra o homem não fica em pé” expõe a desigualdade social a partirda questão da terra onde ajustiça e os políticos partidarios sempre buscam se aproveitar da situação contra a produção democrática que representa o povo.

O último quadro da peça expõe a realidade dos candidatos ficha suja que foram impedidos de se eleger devido a sua condição anti-democrática. Neste quadro há diversos casos em que coencidem com a realidade como os apresentadores de programas exploradores da miséria humana, radialistas, pastores, entre outros, em que o uso eleitoral de suas funções os envolvem com a corrupção.

A peça apresenta ainda uma ampliação na lei do ficha limpa, onde além dos candidatos, os partidos que tiver em seu quadro qualquer pessoa condenada e envolvida em corrupção fica impossibilidado de lançar qualquer candidatura. Após a apresentação do tema do ficha limpa o público protagonizou a discussão a cerca do tema.

Desta forma esta lei que nasceu da vontade popular, através do vetor teatral “O candidato que saiu do povo” constroi sua práxis além de um documento legal impresso, pois envolve a população nas discussões e faz que ela crie em si a potência da mudança e da limpeza dos cargos públicos através de seu voto na eleição.

Hoje logo mais às 19 horas na Escola Municipal Dom Jackson Damasceno localizada no Valparaíso (próximo a 4a etapa do Jorge Teixeira) haverá mais uma apresentação maquínica do “O Candidato que saiu do povo”.

Teatro Bibi Ferreira e Teatro Brigadeiro

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MALHAÇÃO AFINADA DE JUDAS 2012

No último domingo o bairro do Novo Aleixo em Manaus se reuniu afinadamente mais uma vez em sua produção do afeto criança. Desta vez não foi voltado ao cinema Kinemasófico, mas a uma festa especial ao grande companheiro Judas Iscariot.

Acusado injustamente de ser o algoz de Jesus, é sabido do povo que Judas sempre foi um amigo de Jesus e quem assassinou Jesus foi o Império Romano e os judeus que queriam ele para rei. E neste ano não foi diferente. Judas foi chegando diretamente da Palestina, distribuindo seus bens no testamento, promovendo um encontro alegre e deixando o seu corpo fazer parte da festa e comunhão.

Antes da tradicional malhação de Judas as crianças participaram de uma série de atividades, brincadeiras e produções, sendo que a primeira delas foi a leitura dos bens de Judas que foram criados pelas crianças e dados aos amigos de Judas da forma: Ao meu amigo____, deixo como lembrança______…

Logo depois foi a hora de se tirar a foto com o amigo Judas que veio de tão longe para passar algumas horas com a criançada. E como o Judas de cada ano é um novo Judas, sempre as crianças podem ser outras também.

E a festa não pode parar. Depois de várias poses e fotos, o Judas colocou todo mundo em cena para que não se deixem ser colocado de lado de suas história e passem a serem atuantes em seu tempo e seu espaço, assim como não conseguiram apagar o Judas e seu evangelho.

ATUAÇÕES CENICAS JUDASAFIN

A criançada entrou em cena nas mais diversas representações. Primeiro delas que o palestino Judas sugeri foi de um dialogo onde um dos atores representaria ele, Judas, enquanto outro faria seu amigo Jesus. A dupla Vizinho e Tiago mostraram que assim como bons de break e de pião são também ótimos atores criando a conversa na hora… Quem é bom….

Outra encenação que Judas desafio era quem fazia a melhor cruz. Mas não podia ser uma cruz enterrada pela tristeza milenar criada a partir da dívida de Jesus levado a cruz por nós. A cruz de Judas tinha que ser criadora,uma cruz que se movimente e transforme.

E Judas decidiu tirar um sarro com os que acreditam na sua culpa e pediu pras crianças enforcar toda esta estória. E em cena os atores mandaram ver.

Por fim Judas pediu que fizessem a última encenação para ver quem era bom mesmo. E a cena tinha que sair divina e de uma criação poderosa, já que a cena é Jesus conversando com Deus nas montanhas.

MALHAÇÃO DE JUDAS

Por fim Judas deixou seu corpo cheio de muitos bombons e alegrias para a renovação pascoal e chamou para vir a si as criancinhas, primeiro…. E os pequeninos conseguiram tirar os braços e pegar vários bombons deixados por Judas.

Daí o Judas pode ser por fim disseminado e deixar toda sua alegria entre todas as crianças e renovar a festa em que ele e Jesus foram mortos. E seu amigo Jesus também continua sendo lembrado como o revolucionário que buscou condenar todos os homens a liberdade.

Por fim chegou a hora da distribuição do matabroca do Judas, que este ano veio da Palestina especial trazendo o bolo da resistência, a pipoca cristiana de todas as horas e o chocolate temperado pascoalmente que se multiplica e constroi em cada dia.

O TEATRO POLÍTICO DE FERNANDO PEIXOTO

Toda forma de teatro é política. Até o mais alienado besterol apresentado pelos amestrados canastrões da TV Globo quando sobem ao palco para se imiscuírem na trupe do teatro-presença com objetivo de mostrarem que são sérios e não se limitam apenas aos quadros da TV.

Esse teatro é político, porque carrega em si a tese da cena burguesa com seus valores niilistas, que coloca a barriga acima da moral expulsando os sentidos e a razão. Esse entretenimento burguês, alienante, emasculado na criação e na ação, serve de motivo ao teatro político, engajado de Piscator, Brecht, Sartre e outros.

Um teatro onde a condição do homem não termina nas miríades do capital. Um teatro que tem na dialética o método de apropria-se da matéria burguesa em seus pormenores, analisar suas formas de desenvolvimento irracional, para encontra seus elos fetichistas internos na forma do valor-capital, e tentar pacientemente um mundo onde o homem possa humano e não um ente coisificado.

Esse o teatro político que o engajado ativista-comunista, membro do Partido Comunista Brasileiro, PCBão, Fernando Peixoto movimentou durante seus 74 anos de comprometimento ontológico, como sujeito histórico. O sujeito da práxis da construção do mundo da sociedade racional que escapa da força opressiva do delírio paranóico do capital.

Fernando trabalhou – no sentido marxista – como um construtor de cenas e sínteses concretas necessárias a existência social. Cenas que escapam as formas fantasiosas do que é oferecido como necessário pela indústria excludente do capital. Fosse como membro do Teatro Oficina, junto a José Celso Martinez, como ator de teatro propriamente, de cinema, diretor e tradutor estes gestus-sociais não lhe escapavam. Aprendeu, com Brecht, a necessidade de transformar a arte teatral em um instrumento científico. Distanciar para vê melhor. Sem as falsas percepções e sentidos do ideal da sociedade burguesa. Colocar a razão para arquitetar uma sociedade fora da narcose da semiótica da sociedade de consumo. Encontrada em todos os corpos materiais e imateriais da sociedade industrial massificadora.

Esse exercício de dialetizar a fictícia sociedade burguesa, Fernando, realizou constantemente junto à obra de Brecht que além de experimentador de seu método do teatro dialético, o teatro pedagógico, foi seu tradutor – entre outras traduções de outros autores- na coleção dirigida por ele na Editora Paz e Terra. Uma das maiores contribuições para os estudiosos do teatrólogo da Floresta Negra.

Fernando também foi responsável, além da obra O Teatro Completo de Brecht, pela criação e execução, junto com seu camarada, João das Neves, do projeto Brecht no Brasil. Um estudo que mostra as encenações feitas das obras do poeta alemão no Brasil.

Como a existência é esteticamente e ontologicamente uma teatralidade comprometida como história, Fernando Peixoto, desempenhou seu papel histórico com talento ontológico, sempre como estética revolucionária.

SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO E EDITORA VALER DISTRIBUEM LIVRO COM ERRO

A Secretaria de Estado de Educação do Amazonas (Seduc-AM) – tendo sempre à frente, seja com o ex-governador Eduardo Braga, seja com o atual Omar Aziz, como secretário, o professor Gideão Timóteo Amorim -, em convênio com a Editora Valer, distribuíram nas escolas municipais os livros da série Comunicação & Arte para ser adotado como material didático pelos professores junto aos alunos. A edição da série Comunicação & Arte, que vai da 5ª Série até a 8ª Série do Ensino Fundamental, apresenta alguns tópicos que, pelo que se deduz de quem se encontra envolvido em um projeto desta magna responsabilidade, seus editores e autores acreditam ser fundamental para os estudantes aprenderem como conteúdos necessários às suas existências.

Ou seja, seus editores e autores, juntamente com a Seduc, ao assumirem tamanha responsabilidade com os saberes e viveres das crianças e adolescentes, visto que saberes e viveres implicam revolução sensorial e epistemológica, transformação do presente, como pensou Marx, acreditam carregar em suas existências, vivências históricas, pedagógicas, políticas, econômicas, sociais, antropológicas, éticas, culturais e estéticas, capazes de servir como potência disjuntiva de uma saber supérfluo para produção de um saber que vivifica ontologicamente a vida, como pronunciou o filósofo Nietzsche.

Mas não é o que se compõe no volume da 8ª Série, no tópico sobre arte, especificamente sobre teatro. O escritor, que de acordo com o que postou como realidade histórica, apresenta um texto, além de manifestar o ranço do conceito de história como mera narrativa, com erro deplorável de datas referentes aos personagens que atuaram no teatro amazonense.

Seu autor erra – não se equivoca – ao fazer uso de um texto desértico, apresentando o teatro amazonense sem qualquer crítica. Um erro porque torna o fato somenos. Posto que seria essencial ao educando, já que nessa idade ele carrega os instrumentos epistemológicos auxiliares no exame do princípio de realidade, como pensou o filósofo Vygotsky, a objetividade do sistema em que se encontra inserido – não por sua vontade. Um sistema perverso que foi dissecado na década de 70 pelos artistas do Grupo Universitário de Teatro do Amazonas – Gruta – hoje, pelo Teatro Maquínico da Associação Filosofia Itinerantes – AFIN –, principalmente com o uso do Teatro Dialético do alemão Brecht.

O autor do texto apresenta um erro banal de atenção – não precisava paranoia. Ele faz desfilar na década de 80 nomes de personagens que foram atuantes já nas décadas de 60 e 70. Como são os casos de Marcos José, Márcio Souza, Álvaro Braga, entre outros, além de citar nomes de diretores de teatro de São Paulo e Rio de Janeiro que surgiram também na década de 70.

O erro histórico em si não é perturbante. A história não serve para nada, como dizia Nietzsche através do filósofo Deleuze: “A história não é experimentação; é apenas o conjunto das condições quase negativas que possibilita a experimentação de algo que escapa à história”. Mas o que implica é que vai que um dia essa questão cai no vestibular. E aí o estudante responde que o Marcito teve seu nome projetado em 80, quando foi em 70. Um estudante – um não, vários – será reprovado porque errou a resposta por ter sido induzido ao erro cronológico – o tempo pulsado da paranoia capitalista – pelo autor, a Secretaria de Estado de Educação e a Editora Valer, cujo proprietário prima por seu nome, visto que foi mais um estrangeiro que deu certo no Amazonas em parceria com os governos.

Tirando o caso do vestibular, que implica um dos editores que é professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), o autor do erro pode até ser compreendido sem implicações maiores quanto à crítica sobre o teatro amazonense. O que ele teria para criticar, marxistamente, na história do teatro amazonense, de acordo com o processual ontológico e histórico da estética teatral, como diz o filósofo Marcuse? Pouco. Ele iria só tratar do GRUTA, que foi o único grupo de teatro que na época da ditadura era engajado politicamente não só em suas encenações, mas nas posições de seus representantes, como o filósofo social Rui Brito. Mas alguém pode questionar: “E o TESC ?” As montagens do TESC só iam até onde os diretores do SESC permitiam, coadjuvado pela classe média ignara de Manaus.

Outros personagens – tirando o jornalista Mário Freire, com seu Grupo Chaminé, e o artesão Nato, com a Companhia Vitória Régia – se confundem na névoa do teatro fabulação de Sérgio Cardoso e Francisco Cardoso. Nada que sirva à crítica marxista que escapa da consciência alienada. Nesse caso, o autor encontra-se certo.

BOIZINHO RIZOMA FAZ TREMER O BOI DE PLÁSTICO E A ZONA FRANCA VERDE. URRA, MEU BOI!

Se achegue, meu povo!, que a festança vai começar. Não é boi de plástico, cocanestlelizado, não é boi de canga, desses que trabalham pra político. É boi de raça, vindo lá do Maranhão, e nele ninguém põe sela. É Rizominha, meu boi! Êêêêêêêê booooooi!!!

O urro de Rizominha, que faz mais uma vez faz desmoronar a Zona Franca Verde, esse espectro do Governo do Estado, vai ecoar amanhã, às 19:30h, na noite de São Pedro, lá na rua 72, quadra 149, no bairro Nova Cidade, final da Av. Nepal, na zona Leste de Manaus, no casuá de Dona Lucicléia Lopes, onde fica um dos núcleos da Associação Filosofia Itinerante – AFIN. Para quem quiser ir de ônibus, é ir para o Terminal 3 e lá tomar o 045, o 058 ou 446.

Apareça para dançar com a Catirina, o Diretor dos Índios, Pai Francisco, Amo do Boi, Vaqueiro, Cazumbá, Rapaz do Amo, Gavião Real e tantos outros personagens do folguedo mais animado que a inteligência coletiva do povo já inventou nesse mundão.

A quem fizer chegança no terreiro com Rizoma, o boizinho filosofante, terá direito ao mungunzá, aquele mingau de banana e outras delícias mais. E para já ir incorporando o espírito dionisíaco liberador de todas as potências do corpo, fica aí a mais nova toada de Rizominha… Aê, meu boi!

Rizominha, sangue puro

O meu boi Rizoma é sangue puro
Vindo de acolá do Maranhão
Não permite que lhe ponham canga
Porque sangue puro é só ação

O meu boi Rizoma é afeto alegre
Como a própria vida, produção
Quando urra reúne o povo
Em canto de festa e criação

O meu boi rizoma é um canto de democracia
Com ele se alegra só quem faz cidadania
O meu boi Rizoma é intensidade
Urrando o Novo em liberdade

Marcos José

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Leia também:

BOIZINHO RIZOMA NAS TRAMAS DA ZONA FRANC VERDE

TEATRO OFICINA É TRANSFORMADO EM PATRIMÔNIO HISTÓRICO

A decisão de hoje é histórica, mas a briga continua. Saí de um ensaio e vim para cá, fiquei sem dormir, mas vale a pena”, afirmou emocionado com o tombamento ocorrido nessa quinta-feira passada, dia 24, o líder e diretor do Teatro Oficina, José Celso Martinez Correa. O diretor do Oficina está há mais de dez anos em peleja contra o empresário Silvio Santos, que pretende construir empreendimentos imobiliários nos terrenos vizinhos.

O prédio do Teatro Oficina, que fica no bairro do Bexiga, na região central de São Paulo, é uma obra arquitetônica de criação da arquiteta Lina Bo Bardi. O teatro já havia sido tombado pelo governos estadual, entretanto o tombamento realizado pelo governo federal, através do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), irá permitir ampliar a área protegida no entorno do teatro.

Para o presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, depois da avaliação do Iphan junto com os órgãos municipais e estaduais, a área protegida poderá ser ampliada.

O tombamento foi decidido tanto pelo valor histórico quanto arquitetônico do prédio. Quanto ao entorno, vamos decidir a área a ser protegida e o que pode ser alterado”, disse Luiz Fernando Almeida.

O MUNDO COMO TU NUNCA VISTE

Por Mário Freire

Entramos por acaso na sala 4 do FITO (Festival Internacional de Teatro de Objetos), no Studio 5, para ver a peça “A Criação”. Eu e Fernanda tínhamos perdido a hora para “O Avarento” (imagina a peça do Molière só com objetos, feita por um grupo espanhol) e a única opção era essa do grupo francês La Balestra. De repente, entram os três criadores – velhos demais para o teatro, jovens demais para a vida, ou seria o contrário – brandindo umas folhas de zinco como recurso sonoro. Do nada, começam a criar o mundo. O sopro de deus sobre uma lona azul surrada. A plataforma, uma tábua de passar caindo aos pedaços, as pernas amarradas para não desabar. Tudo, aliás, é precário. E começa a aventura humana sobre a terra – literalmente, o mundo é criado a partir de um balde de terra despejado sobre o zinco, sobre a tábua. Os criadores falam uma língua humana que ninguém seria capaz de traduzir para qualquer idioma mas que todo mundo entende. Surge o primeiro casal, do gênesis. São dois palitos de fósforo, ele e ela, que acabam consumidos no fogo do amor. E, a terra vai sendo ocupada numa rapidez impressionante pelos filhos do primeiro casal. Os palitos-homens tentam viver harmoniosamente, mas aí descobrem o meio de autodestruição mais eficaz e a guerra passa a ser o principal passatempo. Exércitos de palito marchando para serem queimados, sepultados, chorados, novamente erguidos até o apocalipse. Ao som da cavalgada das valquírias do Wagner, numa cena extraída do Apocalipse Now, bombas, helicópteros, rajadas de metralhadoras. No final, a Terra arde em chamas enquanto a luz baixa em resistência.

Durante os 25 minutos da peça, os três atores de aparência inusitada contam a história da humanidade usando basicamente palitos de fósforos. E sem uma palavra reconhecível seguraram a atenção da plateia – a maioria crianças no colo dos pais – numa sessão de 21h, depois de uma espera de 40 minutos em pé na fila. Só o teatro pode nos dar essa mágica.

Para saber mais sobre o FITO:
http://www.fitofestival.com.br/


USAR O CONTROLE REMOTO É UM ATO DEMOCRÁTICO!

EXPERIMENTE CONTRA A TV GLOBO! Você sabe que um canal de televisão não é uma empresa privada. É uma concessão pública concedida pelo governo federal com tempo determinado de uso. Como meio de comunicação, em uma democracia, tem como compromisso estimular a educação, as artes e o entretenimento como seu conteúdo. O que o torna socialmente um serviço público e eticamente uma disciplina cívica. Sendo assim, é um forte instrumento de realização continua da democracia. Mas nem todo canal de televisão tem esse sentido democrático da comunicação. A TV Globo (TVG), por exemplo. Ela, além de manter um monopólio midiático no Brasil, e abocanhar a maior fatia da publicidade oficial, conspira perigosamente contra a democracia, principalmente, tentando atingir maleficamente os governos populares. Notadamente em seu JN. Isso tudo, amparada por uma grade de programação que é um verdadeiro atentado as faculdades sensorial e cognitiva dos telespectadores. Para quem duvida, basta apenas observar a sua maldição dos três Fs dominical: Futebol, Faustão e Fantástico. Um escravagismo-televisivo- depressivo que só é tratado com o controle remoto transfigurador. Se você conhece essa proposição-comunicacional desdobre-a com outros. Porque mudanças só ocorrem como potência coletiva, como disse o filósofo Spinoza.

Acesse esquizofia.wordpress.com

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CAMPANHA AFINADA CONTRA O

VIRTUALIZAÇÕES DESEJANTES DA AFIN

Este é um espaço virtual (virtus=potência) criado pela Associação Filosofia Itinerante, que atua desde 2001 na cidade de Manaus-Am, e, a partir da Inteligência Coletiva das pessoas e dos dizeres de filósofos como Epicuro, Lucrécio, Spinoza, Marx, Nietzsche, Bergson, Félix Guattari, Gilles Deleuze, Clément Rosset, Michael Hardt, Antônio Negri..., agencia trabalhos filosóficos-políticos- estéticos na tentativa de uma construção prática de cidadania e da realização da potência ativa dos corpos no mundo. Agora, com este blog, lança uma alternativa de encontro para discussões sociais, éticas, educacionais e outros temas que dizem respeito à comunidade de Manaus e outros espaços por onde passa em movimento intensivo o cometa errante da AFIN.

"Um filósofo: é um homem que experimenta, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente coisas extraordinárias; que é atingido pelos próprios pensamentos como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, como por uma espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele pode ser alvo; que é talvez, ele próprio, uma trovoada prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal, em torno do qual sempre ribomba e rola e rebenta e se passam coisas inquietantes” (Friedrich Nietzsche).

Daí que um filósofo não é necessariamente alguém que cursou uma faculdade de filosofia. Pode até ser. Mas um filósofo é alguém que em seus percursos carrega devires alegres que aumentam a potência democrática de agir.

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