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TESTAMENTO DE JUDAS 2018
Published sábado, 31 março, 2018 Afin , Afro-Afin , Amazonas , Brasil , Corrupção , Democracia , Educação , Eleições , Governo Federal , Justiça , Política , Testamento , Testamento de Judas Leave a CommentTags:Afin, Amazonas, Brasil, Cidade, Corrupção, Cultura, Debate, Economia, Educação, Eleições, Governo Federal, Justiça, Manaus, Mídia, Não-Cidade..., Religião, Teatro
PÂNICO DA JOVEM PAN FAZ DUO DE SABERES COM MARA MARAVILHA
Published terça-feira, 20 outubro, 2009 Cultura , Humor , Midiotização , Notícia , Televisao Leave a CommentTags:Cultura, Mídia, Notícia
A ex-cantora e apresentadora de televisão laica – ou profana? -, concorrente da Xuxa na cacocomunicação infantilizada – paralisia cognitiva da infância -, no momento cantora gospel, Mara Maravilha, em entrevista ao programa pânico de hoje, dia 20, fez duo de saberes com a equipe de Emílio, o apresentador-mor da edição.
Em clima de total descontração musical e intelectual, o duo foi contagiante em harmonia de saberes. Todavia, o programa não fez jus ao seu nome: Pânico. Não causou pânico, apenas se mostrou como realmente é: previsível. Mesmo com toda contribuição dada pela sagrada entrevistada.
Mara Maravilha, entre redenção e lucro, comentou que com tantos discos lançados jamais antes fora premiada. Pontuou sua transição da música laica para a gospel e sua descoberta de Deus. O quanto Ele lhe mostrou o caminho do amor, da paz e da solidariedade. Disse que continua amando as crianças, que fazem parte do objetivo de suas canções teológicas.
Com tanta harmonia pânica, chegou o momento da catarse do programa. Mara Maravilha, maravilhada com seus iguais, deu-se ao luxo de conjecturar origens, gêneses, como falou. Entre névoas diabólicas, afirmou que quem criara a música fora “Lúcifer, o grande regente”. O anjo mais belo na hierarquia de Deus, e que cobiçava seu lugar. Segundo Mara, Lúcifer regia para seduzir as almas e levá-las para o inferno, onde havia “caído”, de acordo com a vontade de Deus.
PARA MARA E PÂNICO, GUTENBERG INVENTOU A ESCRITA
Mas o melhor estava para acontecer. Mara se fez professora de História do Jornalismo. Afirmou que quem inventou a escrita fora Gutenberg. “Quem estudou jornalismo sabe disso”, afirmou convicta, acompanhada por seu backing-vocal. Disse que, a partir da invenção da escrita por Gutenberg, a palavra de Deus pode ser levada até o povo; antes só os governantes, sacerdotes e profetas conheciam. Também com a escrita foi possível a arte de Lúcifer, a música, ser divulgada com o objetivo de seduzir as almas. Assim, é possível divulgar músicas que fazem apologia às “lésbicas, homossexuais”. E o backing vocal sem pânico, só em harmonia, com seu “humor” tira broncas da limitação intelectual.
Ao contrário do que possa imaginar o purista, a questão não é ser sábio da cultura inútil. Saber que Johann Gutenberg inventou a prensa lá para as bandas dos 1450, aurora das novas subjetividades nos discursos renascentista, iluminista, reformista, capitalista, “morte de Deus”. E que, se a escrita tivesse sido inventada no século XV, não haveriam as filosofias antigas e muito menos a Bíblia, livro sagrado da Mara/Pânico. E, de quebra, tudo que os sumérios, mesopotâmicos, egípcios, gregos e romanos escreveram também não existiriam. A questão é que a Mara e o Pânico podem influir no resultado da avaliação de alguns estudantes que vão participar do Enem. Vai que eles faltaram a aula de História Geral sobre o conteúdo “Transformação do Mundo Ocidental a partir de Gutenberg”, e apareça na prova a pergunta: “Quem inventou a escrita?” E eles, como escutaram o Pânico/Maravilha, vão responder: “Gutenberg”. Resultado: Bomba, meu! Quantos a menos nas universidades públicas?
Ouvintes do Pânico não suspeitam que o humor apresentado na Jovem Pan é o mesmo do Caceta: sem vigor. Sustentado por discriminações, preconceitos, culpas, ressentimentos, rancores, a re-cognição da “besta loura”, como afirma Nietzsche. Como também não suspeitam que a tentativa de caricaturar Lula, com o personagem “Molusco”, é um recurso próprio de quem esconde sua limitação intelectiva. Pior ainda, não suspeitam que o Emílio, comandante do Pânico não é o Emílio, educando, do filósofo Rousseau. Também nada a ver com o cantor Emílio Santiago. Assim, de insuspeita em insuspeita, estes ouvintes, crentes do Pânico/Mara, estão pebados no Enem.
Nesta cacopedagogia do purista, a cultura inútil não serve para nada. Saber que Gutenberg inventou a prensa e não inventou a escrita, obra dos sumérios, não move o mundo. Só move a masturbação do professor que goza ao reprovar um aluno que não respondeu certo sua pergunta inútil. No mais, o Pânico foi previsível em duo com Mara. “Palmas para dar IBOPE” (Ednardo)!
OBSCENATÓRIO DA IMPRENSA
Published quarta-feira, 3 dezembro, 2008 Midiotização , Obscenatório da Imprensa Leave a CommentTags:Imprensa, Mídia
UMA SACADA FORA (OB) DA CENA (SCENUS) DO LUGAR DA AÇÃO (TORIUS) DA IMPRENSA
–> A FOLHA DE SÃO PAULO NÃO SABE O QUE É DEMOCRACIA.
“TV de Lula Faz Um Ano Sem Conteúdo”. A manchete é de notícia da FSP do último dia 24. O objetivo da matéria era mostrar que a TV Brasil, estatal criada no governo Lula, ainda não produz 100% de sua programação (aproveita programas da TVE), não chega a todo o país e não aparece nas estatísticas do IBOPE. Observações do jornal paulista que mostra ainda pulsar a veia pró-ditadura que lhe valeu a liberdade de se tornar, na época da ditadura militar, um dos jornais de maior circulação na cidade de São Paulo. Primeiro, as acusações de que a TV seria usada como bunker de propaganda governamental foram à pique mesmo antes da tevê entrar no ar. Como os programas e políticas públicas do governo são afetivamente aplicados no plano coletivo, a tevê “do Lula” acaba fazendo o papel informativo de levar à população aquilo que está sendo feito pelo governo. E cabe à população discernir se concorda ou não com aquilo que está sendo informado. Papel que caberia aos outros meios de comunicação, caso estes não estivessem enredados nas tramas do capital. Quanto à programação, o que a TV Brasil tem apresentado configura-se, no âmbito brasileiro, como o novo, já que a programação de TODAS as outras emissoras segue o mesmo padrão do entretenimento esvaziado e redundante dos clichês da sociedade de consumo. Daí, por tabela, não ser capturado pelo índice do consumo televisivo: o IBOPE. Como lhe é impossível discernir que o aprendizado e o informar-se se dá numa transação cognitivo-epistemológica que requer o movimento intensivo de afectos e perceptos, o colunista da FSP apenas reverbera aquilo que o galo cantou alhures em sua coluna, aliás, desnecessária justamente por isso. Quanto à TV Brasil, que não é de Lula, como também não o é o Bolsa Família, no pouquíssimo (em termos de número) que produziu até agora, já superou todas as outras emissoras, que não produzem nada.
–> A PRESTIDIGITAÇÃO DROMOLÓGICA DA IMPRENSA
O filósofo Paul Virilio, em seus estudos sobre a sociedade atual, afirma que um dos grandes trunfos que a mídia televisiva, radiofônica, escrita e internética utilizam para re-formar sem in-formar. A Dromologia de Virilio propõe a investigação do processo de aceleração do tempo, que elimina o espaço e o próprio tempo, impedindo assim o exercício cognitivo-reflexivo: a tomada de consciência do mundo em que vivemos. Exemplo disto é a situação dos navios petroleiros e cargueiros retidos na costa da Somália. A imprensa mundial em massa (equivocadamente chamada de massa) utiliza a palavra “PIRATA” para se referir aos somalis que abordam os navios e cobram somas vultosas de dinheiro para liberá-los. O Estado de São Paulo, reeditando uma notícia de agências internacionais, vai na mesma onda e repete o erro. Ocorre que a nenhuma agência calhou ouvir os supostos piratas, e sequer investigar no dicionário o que quer dizer a palavra pirata, que é aquele que se apossa ilegalmente e por meio de violência da carga e dos pertences de outro em meio hídrico. Nenhum somali roubou nem uma gota do petróleo transportado, nem abriu sequer um contâiner da carga levada pelos navios retidos. Um representante dos somalis afirmou que não considera a atividade um crime, mas apenas a cobrança de pedágio, já que o país não tem um governo centralizado que possa patrulhar as águas sob sua jurisdição. A informação “produzida” pelos meios de comunicação em massa tem menos como foco a veracidade que a velocidade. Desaparecimento do tempo. Ao utilizar a palavra “piratas” sem evocar outros acontecimentos em que a pirataria esteve presente, a mídia oculta – ou supõe ocultar – outras ligações da pitararia no mundo: a pirataria que europeus, estadunidenses, japoneses e outros bem-nascidos fazem na Amazônia, com ou sem consentimento dos governos locais, com suas mochilas lotadas de animais, sementes e frutas que só existem aqui, ou xeretando via satélite a vida dos povos nativos. Outros: a pirataria européia, responsável pelo “descobrimento” do Brasil e do continente americano, a pirataria inglesa (os corsários), sem os quais a Inglaterra jamais poderia se tornar o império que foi. A pirataria violentadora dos povos africanos, que resultou em séculos de parasitismo econômico e deixou como herança as pseudo-democracias, dentre as quais a Somália, que hoje se pirataria fizesse – e não o faz – apenas imitaria o que aprendeu com seus algozes. E se algum programa televisivo quisesse ir mais longe, como bem lembra o blogueiro Georges Bourdoukan, teria que viajar até o Egito antigo e à Palestina, eterna vítima de saques e de pirataria terrestre, desde os tempos do alucinado Moisés. Sem esse solo histórico-epistemológico, resta ao espectador-ledor-videota conformar-se com a versão midiótica dos fatos. Desaparecimento do espaço. A técnica que transforma os somalis em malvados piratas é a mesma que transforma os catarinenses isolados pelas águas, e que têm que pagar 200 reais em um garrafão de água, quando tomam produtos de supermercados ilhados, em saqueadores. Voilá!
–> A CONDENAÇÃO DE DANTAS E O PAVOR MIDIÓTICO.
Daniel Dantas tem ao seu redor toda uma trama midiótica, que vai desde as principais revistas semanais e a maior parte dos alcunhados articulistas destas revistas em seu bolso, até telejornais, passando por economistas, profissionais do Executivo, Legislativo e Judiciário. Com a condenação de DanDan pela justiça (não pelo juiz De Sanctis, como afirma a mídia, desonestamente confundindo o agente com a instituição), muitos deles começam a se desesperar. Cômica, a reação, por exemplo, d’O Estado de São Paulo, que deu uma matéria inteira que, a um leitor desatento, pode achar que Nélio Machado é articulista do jornal, já que mais de 75% do texto é “ditado” por ele. No blogue do jornalista Luis Nassif, mil outros exemplos de articulistas, comentaristas, jornalistas e outros “istas” que vendem a garganta e a pena a favor dos favores de Dan Dan, que conta até com assessoria especial do STF. Como já dito neste bloguinho a respeito de outra condenação histórica, não se trata da condenação, da prisão, da punição que, de resto, já se mostrou ineficaz como método de recuperação moral, mas de fazer funcionar, talvez como nunca na história deste país, uma instituição para aquilo que ela foi criada: garantir a igualdade entre os cidadãos. Expõe, portanto, a quem queira e possa ver, a nulidade de todos os agentes que se prestam ao papel de subserviência aos interesses do capital, em detrimento da socialidade. Na midiose, na (in)justiça, nas instâncias governamentais…
OBSCENATÓRIO DA IMPRENSA
Published terça-feira, 21 outubro, 2008 Enunciado de Violência , Midiotização , Obscenatório da Imprensa Leave a CommentTags:Mídia
UMA SACADA FORA (OB) DA CENA (SCENUS) DO LUGAR DA AÇÃO (TORIUS) DA IMPRENSA
–> HOMOFOBIA SELETIVA: O “CU” DE GABEIRA
Se a imprensa paulista (e a nacional a reboque) aproveitou a marcada da campanha de Marta Suplicy, que não foi homofóbica, mas apelou ao senso de moralismo xenofóbico dos eleitores paulistas, e fez contracampanha, inoculando uma sentença judicativa de suposta homofobia, o que dizer do silêncio midiático diante da fala, esta sim, claramente homofóbica do candidato Gabeira, no Rio, na última quinta-feira? Ao ser interpelado por gritos de “viado, viado”, respondeu a homofobia com discriminação: “se sou viado ou não, o problema é meu. Sou casado e pai de dois filhos. Vou trabalhar com a cabeça e não com o cu!”. A notícia é do site Mix Brasil. Sentença que permite extrair do candidato dois entendimentos que ele expressa: um, a redução do homoerotismo ao cu, perigosa redução epistemológica para alguém que precisa fazer a leitura do social e atuar como prefeito. Como será a política de saúde para os homos, no governo Gabeira? Só contemplará a parte da urologia? Outro: a insinuação de que um homo jamais poderá ser prefeito de uma cidade ou exercer atividade intelectual, já que “trabalha com o cu”. Equívocos anais à parte, nenhum pio da imprensa, nem mesmo a imprensa LGBT, que continua massacrando Marta Suplicy, e até aplaudiu a iniciativa de Gabeira. Interesse partidário ou incapacidade de compreender o insulto? Acreditamos no segundo caso.
–> O (DES)ENTENDIMENTO SOBRE DEUS NA IMPRENSA NECRÓFAGA
São comuns as analogias entre a forma como a imprensa se aproveita dos acontecimentos e produz as notícias e a maneira como o urubu se aproveita de ações alheias para se alimentar da carniça. No entanto, a comparação urubulina só vale no reino da fantasia, já que ao urubu não interessa o que seja a imprensa ou a carniça, contanto que a última não lhe falte. Se a notícia é a narrativa do fato, e deve servir ao interesse público, então a imprensa, pela lógica, inexiste. Um acontecimento jornalístico: anos atrás, na cobertura de uma festa religiosa, o repórter pergunta à uma senhora, recém saída da procissão, se ela já teria alcançado muitas graças com a santa do dia. Ela respondeu que já alcançou tantas graças, que até “Deus duvida”. Nem desconfiou o repórter do assassinato de Deus realizado pela gentil senhora, que inverte a ordem hierárquica da teologia cristã, que diz que o santo intercede junto a Deus para conseguir a graça ao fiel, e de quebra, ainda elimina a onipresença e onipotência do Divino. Outro acontecimento: nos rescaldos do caso da adolescente sequestrada pelo ex-namorado, a tevê Globo, irmã siamesa em rapinagem necrológica da Record, acompanha o coração da jovem falecida, num “conto de fadas” jornalístico, onde o Bem prevalecerá sobre o Mal. A irmã da pessoa que recebeu o coração de Eloá, na imperativa necessidade de justificar o fato banal e corriqueiro de receber um órgão transplantado diante do mar de microfones e câmeras, afirmou que a irmã teria dito que o coração foi um “presente de Deus” recebido no dia de seu aniversário. Pergunta-se: terá sido a mão de Deus quem guiou o revólver na mão do apassionatto ex-namorado e puxou o gatilho, para beneficiar uma filha mais querida? À mídia, só importou o fantasioso, o gracioso de um happy end. Pela lógica aplicada, Deus inexiste, nas duas sentenças. A imprensa também.
–> A NEUTRALIDADE E A CREDIBILIDADE DA IMPRENSA ‘SHOW BIZZ’
Em seu cinema engajado “O Quarto Poder”, o grego Costa-Gavras abordou o modus operandi da mídia quando a questão é lucrar com o sofrimento alheio. E extraiu algumas conclusões. Uma delas é a de que a noção de neutralidade é necessária ao pacto necrológico entre canal de comunicação, empresa anunciante e telespectador-consumidor. Quanto mais o canal de comunicação alardeia neutralidade e não-envolvimento nos fatos, mais oferece ao espectador-consumidor a ilusão da credibilidade, que é também aproveitada pelos anunciantes de produtos. No caso do sequestro das adolescentes paulistas, foram expostas as “letras miúdas” do contrato necrológico: a mídia não mais ocultou a necessidade de ser não mais observador, mas protagonista do espetáculo da vida cotidiana. Em meio a rumores de que um repórter da Record foi solicitado pelo próprio namorado rejeitado para “resolver a situação”, a apresentadora de programa explorador do exibicionismo infantilizado, Sônia Abrão, entrevista o sequestrador, e parece não se importar com as complicações psicológicas decorrentes da inclusão de novos agentes na negociação (outros jornais, da Globo e Record, também entrevistaram). Para esta mídia, não há diferença entre noticiar e ser a notícia. Desde que venda. E no crime perfeito da chamada pós-modernidade, todos são ao mesmo tempo vítimas e assassinos, incluindo a mídia e os telespectadores.
–> A NUDEZ INTELECTUAL DO GLOBAL PEDRO CARDOSO
O ator globístico Pedro Cardoso lançou manifesto contra a nudez televisiva, minutos antes de uma exibição do filme “Todo Mundo Tem Problemas Sexuais”, de Domingos de Oliveira. Cardoso é produtor, e sua namorada, a também atriz globística Graziella Moretto, participa do filme. Segundo o ator globístico, a nudez impede o ato de representar, pois sempre quem fica nu é o ator, e nunca o personagem. Entendimento do qual podem-se extrair algumas enunciações: como ficam as séries e novelas globísticas, das quais Cardoso é tributário, diante da lógica “apelativa” da nudez? Que ator é este que acredita na corporeidade do ator, mas não acredita no corpo da personagem? Brecht, que não cria na composição metafísica das personagens, trabalhava em suas peças a nudez: nudez da signagem capitalística, des-decalcando dos corpos os elementos materiais e imateriais da exploração da mão-de-obra pelo capital. O que é o efeito de Distanciamento (efeito V) senão um desnudamento das relações perversas entre as pessoas, engendrada pelo capitalismo? Mas Cardoso parece preocupado com uma objetização/comercialização da nudez, da qual a sua patroa, a rede Globo, é campeã. Quantos nus reais ele vê na telinha cinematográfica e televisiva nacionais? Nenhum, exceto o simulacro do nu, corpos cobertos por signos subjetivadores. Há em um corpo nu tudo o que se pode imaginar, menos a nudez. Cardoso não corre o risco de perder o emprego.
Leitores Intempestivos